Este é o único disco completo que vai figurar nesta lista. Depois da "Menina dos olhos tristes", fica aqui agora a "Pedra Filosofal". Lado B e lado A.
As imagens que publico são do mesmo disco onde ouvi estas canções pela primeira vez. A parte da frente tem uma imagem esquisita de que não sei a autoria, mas sempre achei que os riscos eram cabelos e as bolinhas eram a cabeça a pensar, como nos livros do Patinhas.
Na contracapa vinha o poema da Pedra Filosofal que eu seguia enquanto o Manuel Freire cantava, mas que, a certa altura, apresentava um problema: é que o Manel cantava aquilo muito bem, mas o poema tinha um verso a mais, que o Manel não cantava, mas que também não tinha espaço na música, para se cantar. Vi-me pois obrigado a exercer uma espécie de censura poética desse verso, uma vez que era rejeitado até pelo próprio cantor. Vai daí, risquei-o com lápis (embora não azul).
Sei que li e reli este poema ao mesmo tempo que ouvia a música, mas as imagens que tenho na memória são principalmente de jogos, brinquedos e brincadeiras ao ar livre, misturadas com pessoas mais
crescidas a cantar o lá lá lá do fim, algumas a sorrir, outras a chorar.
Hoje, que já levo mais de 60 anos de sonhos, ainda tenho muitos por cumprir. Uns sozinho, outros nem por isso, outros com o Mundo todo, mas são só meus e não vou contá-los aqui. Então, isto não é sobre mim. É sobre as minhas canções de Abril.
#14. Manuel Freire - "Pedra Filosofal"
(Letra: António Gedeão; Música: Manuel Freire)
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