Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

terça-feira, 25 de julho de 2017

quinta-feira, 1 de junho de 2017

It was fifty years ago today...

Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
Faz hoje 50 anos. Precisamente no dia 1 de Junho de 1967 foi editado o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles (conhecidos em sua casa como The Beatles). É considerado pela revista Rolling Stone como the most important rock & roll album ever made. Para além deste, os Beatles têm, na referida lista, mais três álbuns nos dez primeiros lugares:  Revolver (1966 - 3º), Rubber Soul (1965 - 5º) e The Beatles (Álbum branco - 1968 - 10º).

Não sei se é o melhor álbum de sempre (não os ouvi todos como devem calcular), mas não me custa aceitar que seja um dos mais importantes na história desta coisa a que chamam "Pop-rock" e que engloba coisas tão diferentes e difíceis de comparar entre si. Marca sem dúvida uma mudança na maneira de gravar, produzir e compor música, no que respeita a este tipo de música, embora já antes houvesse vários sinais de que essa mudança estava a acontecer, nomeadamente em Revolver, dos mesmos Beatles ou em Pet Sounds, dos Beach Boys (ambos de 1966), para nomear apenas os mais falados.

Ora, não sendo eu, por natureza, de grandes comemorações, em vez de deitar aqui uns foguetes ou fazer uma qualquer pirueta espectacular para vos deixar de boca aberta de espanto, resolvi assinalar a data de maneira simples e, espero eu, útil, deixando-vos ali na página das cifras os acordes de "With A Little Help From My Friends", segunda canção do lado A de "Sgt. Pepper's". Está no tom original, para poderem acompanhar em tempo real o desempenho vocal de Ringo Starr, numa das poucas vezes em que teve licença para cantar, durante o tempo de duração da banda.

Os links estão em cima, mas ficam também aqui:

Cifras
"With A Little Help From My Friends"

Não sei quanto mais tempo me sentirei em modo de comemoração, mas pode ser que apareça por ali mais uma ou outra música dos "Quatro de Liverpool". Aceitam-se sugestões, assim eu tenha "estofo" para a coisa. Divirtam-se!

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Vicissitudes do "directo"... e da falta de trabalho de casa.





Segunda feira passada, no programa "Prós e Contras", da RTP:

Miguel Araújo: (…) Não me posso queixar, porque a minha música passa muito na rádio (risos). Mas é um facto que ouve-se muito mais música estrangeira em Portugal do que portuguesa.

Fátima Campos Ferreira: E é por isso que também gosta de cantar em inglês? É porque passa melhor em inglês?

M. A.: Não, eu canto em português.

F. C. F.: Mas também canta em inglês, não canta?

M. A.: Não. (risos)

F. C. F.: Não?

M. A.: É o que eu digo: eu canto o que escrevo e o que eu escrevo é em português. Não canto músicas de outros. É mais ao contrário. Faço é músicas para outros cantarem: o António (Zambujo), a Ana Moura... (...)


Infelizmente, e apesar de se ter reunido um bom grupo de músicos e produtores, perdeu-se mais uma oportunidade de se falar de Música Portuguesa com consequência. Ficaram de fora os investigadores (que os há, cada vez mais), as instituições, outros tipos de música e o público. E ficou a faltar, principalmente, alguém que soubesse um mínimo daquilo que se estava a falar, para poder conduzir um debate sério e construtivo. Que alguém na RTP perceba que "nem todo o pau faz uma boa colher".



sábado, 6 de maio de 2017

Que tal o original? (4)

Retomando mais um dos temas aqui do blog, aqui fica o original de uma canção usualmente atribuída à cantora Björk, chamada "It's Oh So Quiet".

Ora, a cançãozita foi composta por dois senhores chamados Bert Reisfeld e Hans Lang e editada em 1951, cantada pela actriz e cantora de Jazz Betty Hutton, no lado B do Single Murder, He Says" (RCA Victor 47-417).

Cá está:





terça-feira, 4 de abril de 2017

No Ar... Ar puro a horas mortas!

Terminou no fim do mês de Março mais uma temporada da série "No Ar", programa feito para a Antena 3 e RTP2, que apresenta gravações ao vivo, em estúdios de Lisboa e Porto, de bandas e músicos a solo de várias áreas da música popular em Portugal (e também, pelo menos uma, do Brasil).

Como de costume nos programas de música nacional, a hora de exibição na televisão era já de madrugada, nas noites de quinta para sexta feira. Com as novas possibilidades das "boxes" da televisão por cabo, lá fui conseguindo ver a maioria dos programas e, apesar desta constante discriminação de que a boa música portuguesa continua a ser alvo por parte dos directores de programas das televisões (incluindo a pública), este é (espero que não tenha acabado de vez) um excelente programa de música e a prova de que há muitas e boas bandas e artistas a solo no panorama da chamada música moderna portuguesa. Ao fim de cerca de 50 episódios, ainda há muita música para se ouvir. Música tocada em directo, com excelentes condições de som e imagem, e com direito a dizer o que têm a dizer sobre a música que fazem. Uma boa ideia. Diria mesmo muito boa!

Como disse, espero que não acabe por aqui.

Sinopse no site da RTP:

Adotando o modelo ao vivo em estúdio, a Antena 3 em associação com a RTP2, produziram o programa No Ar. Semanalmente, bandas e artistas são convidados a tocar ao vivo as suas canções e a participar numa entrevista focada nas suas ideias. A ação decorre em dois estúdios localizados em Lisboa e no Porto e tem realização assinada por Paulo Prazeres e André Tentugal. O programa tem versão radiofónica disponível na Antena 3.

Fica aí o último episódio desta série:




Se perderam a série, podem ver a maior parte dos episódios:

RTP Play:

No Ar I
No Ar II

YouTube:

Canal Antena 3



sábado, 25 de março de 2017

Versões... Andar à egipcia?!

Recuperando mais uma secção, aqui fica uma versão bastante boa de "Walk Like an Egiptian", escrita por Liam Sternberg e interpretada pelas Bangles, aqui tocada por "Minta & the Brook Trout":




Minta & the Brook Trout é uma banda portuguesa formada em 2006 e é composta pelos seguintes elementos:

Francisca Cortesão – Voz, guitarra
Mariana Ricardo – Voz, baixo, ukulele, percussão
Bruno Pernadas – Guitarra eléctrica
Margarida Campelo – Voz, rhodes, teclados, percussão
Tomás Sousa – Bateria e percussão, voz

Links:


quinta-feira, 23 de março de 2017

Nós por cá... Manifesto!

Recuperando uma rúbrica "adormecida" há quase 7 anos (xi... como ele passa), apresento hoje os Manifesto.


Formados por quatro músicos vindos de várias bandas "Punk Rock" dos arredores de Lisboa, os Manifesto são dignos representantes do género, com relação directa a bandas como Censurados e Tara Perdida e raízes mais antigas como os primeiros tempos dos UHF ou os Xutos & Pontapés.

Conhecendo pouco da música dos Manifesto, estive por aí a ouvir umas canções e a ver uns vídeos. Gostei razoavelmente da maior parte do que vi e ouvi e achei que valia a pena divulgar. Acho mesmo que nos está a faltar mais bandas deste género, a ver se o pessoal arrebita um bocado.

Nota de imprensa na página da banda:

Em 2011, quatro resistentes do panorama musical nacional decidiram reunir-se para tocar um rock despretensioso e directo, cantado em português. Uma declaração de princípios e emoções que só poderia ter um nome que reflectisse este estado de espírito… MANIFESTO.

A primeira música, uma homenagem ao maestro Fernando Lopes Graça e ao poeta José Gomes Ferreira, “Acordai”, partiu do tema original do maestro e autonomizou-se rumo a uma abordagem rock surpreendente, tal a aparente distância entre a música coral e o poema da primeira metade do seculo XX, resgatando uma mensagem que nos dias de hoje permanece tão actual quanto necessária.

Em 2014 é editado o primeiro CD de originais da banda. "Homónimo" foi gravado nos estúdios BEBOP com produção, gravação e mistura de Cajó (Xutos & Pontapés, Censurados, Tara Perdida, etc.). 

Membros da banda: 

Paulo Lima - Voz e Guitarra
Augusto Figueira - Guitarra e coros
Bidgi Marciano - Baixo e coros
Nuno Justo - Bateria e coros

O próximo concerto dos Manifesto é amanhã no Titanic Sur Mer, apartir das 21h, em conjunto com os PISTA.



Deixo aqui dois vídeos para mostrar um bocado do que fazem os Manifesto:







Links:

http://manifestorock.net/

https://www.youtube.com/user/ManifestoPortugal

sexta-feira, 17 de março de 2017

Ainda as masters... Orfeu

Serve a presente para deixar mais uma achega sobre a súbita preocupação relativa ao eventual destino das "masters" (vem de "master-tape") dos discos de José Afonso, sobre a qual escrevi aqui


Na referida mensagem, dizia eu a certa altura: "Não se trata só das masters do José Afonso, mas da maioria dos "cantautores" (como se diz agora) de antes do 25 de Abril e de muita da música portuguesa dos anos 70 e do "boom" do rock no início dos anos 80.".

Na verdade, entre a Orfeu, a Rádio Triunfo, a Alvorada e os outros rótulos e sub-rótulos que Arnaldo Trindade utilizou para editar discos portugueses, figuram literalmente centenas de artistas (uns mais artistas que outros), cujas gravações podem estar na tal lista de "masters" de que não se sabe o paradeiro. Numa pesquisa necessariamente rápida, encontrei para cima de 200 nomes de artistas mais e menos conhecidos, mais e menos importantes no panorama musical português.

Com outros meios poderia, talvez, chegar mais perto do verdadeiro número de gravações originais em risco de se perderem para sempre nalgum armazém privado onde qualquer pesquisa ou publicação serão impossíveis, se é que não estão já enfiadas nalgum canto a apodrecer, a caminho de deixarem, pura e simplesmente, de existir.

Com o desejo de que haja alguma solução para este grave problema que afecta grande parte da música portuguesa dos últimos 50 anos (e não apenas a obra de José Afonso, por muito importante que ela seja, e é!), deixo aqui uma lista de 100 artistas que foram gravados nas várias editoras de Arnaldo Trindade (com evidente enfoque na Orfeu). Mais importantes, menos importantes, todos os nomes serão conhecidos de alguma parte dos que me lêem:
 


    • Adriano Correia de Oliveira
    • Albatroz
    • Almanaque
    • Amália Rodrigues
    • Ana Faria
    • Anar Band
    • Anita Guerreiro
    • António Calvário
    • António Chainho
    • António Pinto Basto
    • Aquilino Ribeiro
    • Arte & Oficio
    • Artur Paredes
    • Beatnicks
    • Camané
    • Carlos Alberto Vidal
    • Carlos do Carmo
    • Carlos Mendes
    • Carlos Paredes
    • Carlos Zel
    • Cidália Moreira
    • Conjunto António Mafra
    • Daniel Bacelar
    • Duarte Mendes
    • Duo Ouro Negro
    • Ermelinda Duarte
    • Eunice Muñoz
    • Fausto
    • Fernando Farinha
    • Fernando Girão
    • Fernando Tordo
    • Francisco Fanhais
    • Hermínia Silva
    • Janita Salomé
        • João Braga
        • João Villaret
        • Jorge Lima Barreto
        • Jorge Palma
        • José Afonso
        • José Barata Moura
        • José Calvário
        • José Campos e Sousa
        • José Cid
        • José Jorge Letria
        • José Mário Branco
        • José Niza
        • Júlio Pereira
        • Luís Cília
        • Luís Piçarra
        • Luiz Goes
        • Madalena Iglésias
        • Maria da Fé
        • Maria de Lurdes Resende
        • Mário Mata
        • Mário Viegas
        • Miguel Graça Moura
        • Miguel Torga
        • Nicolau Breyner
        • Os Charruas
        • Os Claves
        • Os Ekos
        • Os Plutónicos
        • Os Rebeldes
        • Parodiantes de Lisboa
        • Paulo de Carvalho
        • Pedro Barroso
        • Pedro Caldeira Cabral
        • Pedro Osório
          • Pop Five Music Incorporated
          • Psico
          • Quinteto Académico
          • Quinteto Maria João
          • Raizes
          • Rão Kyao
          • Raul Nery
          • Raul Solnado
          • Rodrigo
          • Ronda dos Quatro Caminhos
          • Roquivários
          • Roxigénio
          • Ruy de Carvalho
          • Samuel
          • Sérgio Godinho
          • Shegundo Galarza
          • Simone de Oliveira
          • Teresa Silva Carvalho
          • Teresa Tarouca
          • Terra a Terra
          • TNT
          • Tonicha
          • Tony de Matos
          • Trio Odemira
          • Tristão da Silva
          • UHF
          • Vai de Roda
          • Vasco Rafael
          • Vicente da Câmara
          • Vítor Rua
          • Vitorino
          • Zeca do Rock

            quarta-feira, 15 de março de 2017

            "Para Perto" (Samuel Úria e Golden Slumbers) - os acordes.

            Golden Slumbers

             Bom... Já que estou com a mão na massa...


            Das canções que participaram no Festival da Canção 2017 há várias que não ficarão para a posteridade. Umas porque não eram boas e foram justamente eliminadas na semifinal; outras até mereciam ter passado à final mas o júri e o público não as escolheram; outras ainda, fossem melhores ou piores, não passaram à final porque algo correu mal na prestação da semifinal (arranjos, som de palco, interpretação...).

            No caso da canção "Para Perto", composta por Samuel Úria para a voz das Golden Slumbers, a interpretação foi claramente prejudicada por alguma falta de experiência do duo de cantoras ao cantar em português (costumam fazê-lo em inglês) sobre uma trilha gravada em televisão. A canção em si, não sendo excepcional, era até bastante boa, se nos concentrarmos exclusivamente na letra, na música e no arranjo. A mim agrada-me também o estilo e ambiente "folky" a que o Samuel Úria nos vem habituando de há uns anos para cá.

            Samuel Úria
            O facto de não ter chegado à final vai certamente provocar o rápido esquecimento de "Para Perto". Por ter sido eliminada deixará de ser falada e nem sequer aparecerá futuramente nas repetições da RTP Memória. Não sei se o Samuel Úria ou as Golden Slumbers estarão a pensar incluí-la nos seus próximos álbuns, ou mesmo se estarão a considerar cantá-la ao vivo nos seus concertos. Por mim, acho que não deveriam deixar que se perca. Para isso, decidi dar a minha pequena contribuição, tirando os acordes e publicando-os aqui, na página das "Cifras".

            Para já, serei pelo menos o primeiro blogue a fazê-lo, se não mesmo o único, caso a dura possibilidade de esquecimento se confirme. Nesse caso, estarei mesmo a fazer, de alguma forma, um serviço público. Afinal de contas, quem se lembra ainda da canção "Olá Cega Rega", que Paulo de Carvalho escreveu para Lena D'Água levar ao festival em 1980 e que, tal como esta, não passou da semifinal? Se calhar nem a própria!...


            terça-feira, 14 de março de 2017

            "Amar pelos dois" - os acordes (versão revista e melhorada)

            Pois nestas coisas não há como fazer pesquisa, estudar e tentar melhorar.



            O Salvador e a Luísa Sobral estiveram no programa "Agora Nós" da RTP e voltaram a interpretar a canção em modo acústico. Desta vez consegui perceber mais dois ou três acordes que me tinham escapado nas anteriores audições (mais o penúltimo, que só apareceu nesta última versão mas eu acho que fica muito bem) e achei que valia a pena publicar uma segunda versão.

            Não é que a primeira versão não funcione. Dá para acompanhar e até tem acordes mais simples. Mas, para quem é perfeccionista, a segunda versão está melhor.

            Decidi deixar as duas. Assim há opções para diferentes níveis de aprendizagem. Ainda poderia pôr a tal versão em "ré" com o transpositor no terceiro traste, mas aí já eram versões a mais, acho. Mesmo assim, se acharem estas difíceis, peçam.

            Como habitual, se ainda houver alguma correcção que queiram fazer, não se acanhem (eu não vi os acordes todos, eh eh).

            Acordes de "Amar Pelos Dois" (versão 2)
            Página "Cifras

            sábado, 11 de março de 2017

            "Amar pelos dois" (Luísa e Salvador Sobral) - os acordes

            Não sou, de facto, conhecido por ser um "bloguer" que anda "na crista da onda".
            Porquê, então, esta rapidez na publicação dos acordes da chamada "canção do momento"?

            Por várias razões:
            • Porque gosto da canção.
            • Porque muito se tem dito sobre ela (muito de bom, mas muito de mau, também)
            • Porque me desafiaram a "tirar" os acordes.
            • Porque não é assim tão difícil de tocar e pode dar jeito a alguém.
            • Porque ainda não os vi publicados em nenhum dos sites de cifras.
            • E sim, porque até pode trazer um ou outro novos visitantes ao blogue.

            Não me vou debruçar novamente sobre a problemática dos Festivais, nem comentar o que tem sido dito pelas redes sociais, visto que há muito ruído, muita má língua e mau jornalismo, já para não falar na tradicional falta de educação dos frequentadores destas redes. Prefiro ficar-me pela música, que é o que realmente interessa, no caso os acordes para guitarra (viola).
              A coisa foi feita de maneira a dar jeito a quem toca guitarra acústica. Assim, a introdução foi tirada da versão acústica tocada pela Luísa Sobral na RFM (vídeo abaixo) mas, como o instrumental do meio nesta versão está um pouco confuso, decidi usar o da versão orquestral (vídeo ainda mais abaixo).

              Sei que há aqui uma ou outra diferença dos acordes usados pela Luísa mas creio que dá para acompanhar a canção com um mínimo de acerto e conforto. Como sempre, aceito achegas e correcções. É deixarem aí nos comentários ou mandarem por mensagem privada ou e-mail. Divirtam-se.










              PS: Em alternativa, para quem não gosta de tantas barras, poderei ainda colocar aqui uma versão em ré (transpositor no 3º traste). Se acharem que vale a pena, peçam.

              Acordes de "Amar Pelos Dois" (versão 1)
              Acordes de "Amar Pelos Dois" (versão melhorada) - Adicionada a 14-03-2017.
              Página "Cifras"

              terça-feira, 7 de março de 2017

              First Breath After Coma nomeados para "Álbum do ano".

              O álbum "Drifter" da banda portuguesa "First Breath After Coma" figura na lista de 25 finalistas para o prémio "Best Independent Album Of The Year in Europe" para 2016, atribuido pela IMPALA (Independent Music Companies Association).


              Enquanto, nas redes sociais, se discute se a música que ganhou o Festival RTP da Canção tem ou não hipóteses de fazer "boa figura" no mediático festival da Eurovisão, há uma banda portuguesa (os First Breath After Coma) nomeada para "Álbum do Ano" da pela associação europeia de editoras independentes.



              A lista de álbuns finalistas é a seguinte:

              • Agnes Obel - Citizen of Glass ([PIAS])
              • Bisse – Højlandet (Showbisse Inc.)
              • Blood Orange - Freetown Sound (Domino Records)
              • Boef - Gewoon Boef (Zonamo Entertainment)
              • Claudio Capéo - Claudio Capéo (Jo and Co)
              • Danny Brown - Atrocity Exhibition (Warp)
              • Dubioza Kolektiv - Happy Machine ([PIAS])
              • First Breath After Coma – Drifter (Omnichord Records)
              • Hangutazók - Indulj El (RNC Music / Egység Média)
              • Highasakite – Camp Echo (Propeller Recordings)
              • Jolly Mare – Mechanics (42 Records/Don't Panic)
              • Kase.O - El Círculo (BOA)
              • Klaus Johann Grobe - Spagat der Liebe (Cargo Records)
              • Lost Frequencies - Less Is More (Lost & Cie)
              • LUH - Spiritual Songs for Lovers to Sing (Mute Records)
              • Mark Ernestus' NDAGGA RHYTHM FORCE – Yermande (Ndagga)
              • Meshuggah - The Violent Sleep Of Reason (Nuclear Blast)
              • Mikko Joensuu - Amen 1 (Svart Record)
              • One Sentence. Supervisor - Temporär Musik 1-13 (Oh, Sister Records)
              • Oscar - Cut And Paste (Wichita Recordings)
              • The Radio Dept. - Running Out of Love (Labrador)
              • Radiohead - A Moon Shaped Pool (XL Recordings)
              • Sara Renar – Tišina (Aquarius Records)
              • Škrtice - Škrtice (Lampshade Media)
              • Židrūns - Židrūns un tas, ko nevar nest (I Love You Records)
              Para quem ainda não conhece os First Breath After Coma, aqui fica o vídeo de uma das canções do álbum, esta com a colaboração do Noiserv:





              Links:

              14º Portalegre JazzFest 2017

              Nota de apresentação do 14º Portalegre JazzFest 2017, a realizar entre 24 de Março e 1 de Abril de 2017:

              Na sua 14ª edição, o Portalegre JazzFest volta a abrir o seu programa à diversidade do jazz dos nossos dias, tendo como único denominador comum dos vários projectos apresentados precisamente a sua contemporaneidade. São muitas as pontes estabelecidas pelas formações que vão actuar no CAEP – do jazz com a sua própria história e com uma ideia de futuro, do jazz com a pop, a folk, a música clássica contemporânea, a música livremente improvisada, o rock e o mais que venha a propósito ou mesmo a despropósito, sem tabus. Se o segundo fim-de-semana do festival é dedicado à cena norueguesa, com projectos fortes como Ballrogg e Friends & Neighbors, o jazz nacional marca igualmente uma relevante presença. A parceria entre João Hasselberg e Pedro Branco tem levantado algumas consideráveis ondas por onde passa e a que junta Pedro Sousa e Gabriel Ferrandini vai fazer-se sentir nas próprias ruas de Portalegre, pois irá tocar para os transeuntes, sem se fazer anunciar. Como é de tradição, com todo este jazz chegam provas de vinhos e produtos regionais, na ideia de que alimentar os ouvidos funciona melhor quando também há uns petiscos para o estômago e uma boa pinga do Alentejo.

              (em www.facebook.com/CAEdePortalegre/)



              Programa das festas:


              24 MAR. SEX. 21.30H, Grande Auditório
              Shelter

              NATE WOOLEY Trompete
              KEN VANDERMARK Saxofones tenor e barítono, clarinete
              JASPER STADHOUDERS Baixo eléctrico e guitarra
              STEVE HEATHER Bateria



              25 MAR. SÁB. 21.30H,
              Grande Auditório 
              João Hasselberg & Pedro Branco

              JOÃO HASSELBERG Contrabaixo e baixo eléctrico
              PEDRO BRANCO Guitarra
              AFONSO CABRAL Voz
              ALBERT CIRERA saxofone
              JOÃO PAULO ESTEVES DA SILVA Piano
              JOÃO LENCASTRE Bateria



              24 e 25 MAR. SEX e SÁB. 23.30H, Bar Gémeos
              PeterGabriel

              PEDRO SOUSA Saxofone tenor
              GABRIEL FERRANDINI Bateria


              31 MAR. SEX. 21.30H, Grande Auditório
              BALLROGG

              KLAUS ELLERHUSEN HOLM Saxofones, clarinete & field recordings
              ROGER ARNTZEN Contrabaixo
              DAVID STACKENÄS Guitarra


              31 MAR e 1 ABR. SEX e SÁB. 23.30H, Bar Clube Lounge 
              Party Knüllers

              FRED LONBERG-HOLM Violoncelo, guitarra, eletrónica
              STÅLE LIAVIK Bateria



              1 ABR. SÁB. 21.30H
              , Grande Auditório 
              Friends and Neighbors

              ANDRÉ ROLIGHETEN Saxofone tenor e clarinetes
              THOMAS JOHANSSON Trompete
              OSCAR GRÖNBERG Piano
              JON RUNE STRØM Contrabaixo
              TOLLEF ØSTVANG Bateria
               

                

              segunda-feira, 6 de março de 2017

              O "renovado" Festival RTP da Canção

              Depois de decorridas as longas e penosas quatro horas que demorou a "final" do Festival RTP da Canção 2017 tenho, como pessoa interessada por música portuguesa, que tecer algumas considerações sobre todo o processo a que alguns decidiram chamar a Renovação do Festival da Canção.


              O convite aos novos compositores e a escolha dos intérpretes:


              Quando comecei a ver aparecer a lista de compositores convidados pensei: sim, há aqui algo de diferente nos nomes, mas o processo é o mesmo. Compositores convidados pela produção para apresentarem músicas a concurso. Analisando mais ao pormenor, noto que, dos 16 (soube mais tarde que tinha havido convites a outros, que recusaram), apenas 11 eram realmente novos e que, desses 11, apenas sete ou oito se me afiguravam como podendo fazer algo que significasse uma verdadeira mudança no estilo musical do Festival. Ou seja, metade. Sensivelmente o número de finalistas. Arriscado.
              Veio a lista de intérpretes e percebi que, em metade dos casos, a aposta continuava a ser nos cantores saídos dos concursos de talentos, no resto em estreantes, com três "repetentes". Se não há aqui nada de mau à partida, a tal "renovação de conceitos" já se esfuma um pouco.


              A promoção, formato e apresentação do "novo" festival:


              Aqui começou a coisa a correr mal. Tudo se passava como nos anos anteriores: a promoção do evento como um grande acontecimento (que não é), o anúncio da escolha de "uma canção para a Europa" (desta vez é que ganhamos a Eurovisão), a mobilização de tudo o que é apresentador com supostas piadas para dizer e um desfiar de "palha" sem qualquer interesse para quem se que centrar apenas no que devia importar: a música. Correu mal nas semifinais, culminou na final com uma longa sessão de quatro horas, já que havia por força que juntar o Festival com a comemoração dos 60 Anos da RTP. Uma longa e penosa transmissão com os já costumeiros "flash backs" e ainda mais "medleys" de temas de anos passados do que era costume (afinal 60 anos é um número "redondo"), onde uma banda de fantásticos músicos (o núcleo dos Cais Sodré Funk Connection) se viu reduzida a debitar uns fragmentos de algumas das canções que já ouvimos mais de uma centena de vezes. Já não há paciência para este estilo. Se era para renovar, além de não o fazerem, ainda pioraram o que estava.


              As Canções:


              Chegados à primeira semifinal, cedo se viu que, também neste campo, o panorama não era maravilhoso, embora se tenham notado algumas melhoras em relação a anos anteriores, mas não tantas como seria de esperar, atendendo a alguns dos nomes presentes. Das oito canções a concurso, só três representavam reais mudanças em relação ao formato usual de "música" de festival e destas, a duas a interpretação não correu nada bem. Na minha opinião, salvou-se do lote a canção "Amar pelos dois" composta por Luísa Sobral e cantada pelo seu irmão Salvador.
              Na segunda semifinal, o panorama foi um pouco diferente: se havia mais canções diferentes do formato habitual, também é verdade que não eram, em geral, muito boas. Destaco aqui (porque merece) a prestação de Lena D'Água. Não entrando aqui na discussão de alguns comentários que li, tenho a dizer que, aos 60 anos, deve haver muito pouca gente neste país com a voz tão jovem e clara como Lena D'Água a tem neste momento. Tudo o resto que se possa ter dito tem muito pouco interesse. Ainda uma menção à canção "Gente Bestial" da dupla "Virgem Suta", embora não propriamente novidade no seu formato, a fazer lembrar algumas boas memórias bem dispostas de outrora como as prestações dos SARL ou Trabalhadores do Comércio, por exemplo.
              Não vou entrar mais a fundo na prestação dos intérpretes por achar que alguns foram traídos pela inexperiência, outros pela "falta de canção".

              O Vencedor:


              Se em muitas coisas nada mudou,  a grande novidade é o facto de ter ganho aquela que era talvez a melhor canção, cantada por um dos melhores intérpretes. Isto sim, é diferente do habitual e um bom sinal de mudança, apesar de parte da opinião pública continuar a apregoar "uma canção festivaleira para a Eurovisão". Esta justiça no resultado final, deve-se certamente à introdução de um júri regional, composto (na sua maioria) por músicos ou gente de alguma maneira ligada à música que, com a sua votação, impediu a vitória do mais votado pelo público (a tal canção "festivaleira" e muito, muito mal interpretada).


              Conclusão:


              Para além do pequeno (grande) sinal de esperança de que falei acima, embora se tenha notado algum esforço no que respeita aos nomes dos compositores convidados para este Festival, a verdade é que, nalguns casos, esses compositores sofreram da falta de experiência nestas andanças e, mais importante, a RTP não esteve verdadeiramente disposta a mudar o formato de todo o resto do programa, conseguindo ainda piorar o que já era mau. Espero que tenha sido apenas um primeiro ensaio de uma verdadeira renovação a efectuar em anos próximos. A não ser assim, continuaremos a ter um evento de canções que não reflecte verdadeiramente a música que se faz no país, antes serve de apresentação de produtos eventualmente passíveis de obter uma boa classificação num festival de má música, organizado por uma Eurovisão tão decadente como a Europa que diz representar. E assim não vale a pena.



               



              quinta-feira, 2 de março de 2017

              Cilclo de Jazz da Amadora

              Está a decorrer, desde dia 1, o 7º Ciclo de Jazz da Amadora, com o seguinte programa:

              Recreios da Amadora:

              Afonso Pais & Rita Maria - “Além das Horas”
              1 março | 21h30


              Orquestra Geração | GeraJazz
              2 março | 21h30

              Home
              3 março | 21h30


              Carlos Bica & João Paulo Esteves da Silva
              4 março | 21h30



              Cineteatro D. João V:

              Big Band do Hot Club de Portugal - “A Dança dos Pássaros”
              4 março | 17h00


              Para quem nunca ouviu falar dos "Home", que tocam amanhã, sexta-feira, dia 3, aqui fica um vídeo:

               

              Informação: CM Amadora

              quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

              Novo disco: Budda Power Blues & Maria João

              Para comemorar o regresso à escrita, fica aqui o primeiro single do novo disco de Budda Power Blues & Maria João, com concerto de apresentação já no próximo dia 2 de Março, no Pequeno Auditório do CCB.



              Budda Power Blues

              Ai ai ai... que se perde a música do Zeca

              Por acaso acho uma certa piada. De repente ficou toda a gente preocupada com as masters. O José Afonso morreu há 30 anos. O material da Orfeu foi vendido pelo Arnaldo Trindade nos anos 80 à Movieplay, que ficou também com o que sobrou da Rádio Triunfo. Não se trata só das masters do José Afonso, mas da maioria dos "cantautores" (como se diz agora) de antes do 25 de Abril e de muita da música portuguesa dos anos 70 e do "boom" do rock no início dos anos 80. A Movieplay enfrentou, durante anos, problemas financeiros, que toda a gente conhecia (até porque, segundo parece, o dono devia dinheiro a toda a gente). Durante todo este tempo ouvi falar várias vezes do problemas das masters do Arnaldo Trindade, mas nunca vi nenhum organismo chegar-se à frente para as adquirir ou, sequer, para as declarar património de interesse público, para que não pudessem ser vendidas sem consulta dos organismos oficiais. Agora fala-se que poderão ter sido vendidas para o estrangeiro? Olha, deixem-se de hipocrisia e aguentem-se. Tivessem trabalhado (sim, isto inclui os jornalistas que andam a "levantar a lebre").