Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

segunda-feira, 30 de março de 2009

Vamos lá a acordar, pessoal!!!

É verdade que eu próprio também não tenho estado muito activo por aqui, que eu não sou mocinho que se esquive às suas responsabilidades, mas os meus amigos também não andam muito "prolíficos" no que a comentários diz respeito.

Assim sendo, e para ver se começamos a acordar (para isto e para o mais que seja, digo eu), aqui fica uma banda de gente que "tocava que se fartava".

Composta (nesta altura, em 1971) por:

John McLaughlin - Guitarra
Jerry Goodman - Violino
Jan Hammer - Órgão e Sintetizador
Rick Laird - Baixo
Billy Cobham - Bateria

Senhoras e senhores, a Mahavishnu Orchestra (que também não é "bem Jazz")



"Awakening"
Artista: Mahavishnu Orchestra
Álbum: The Inner Mounting Flame




Quem é o cromo? (20)

Ora cá está mais um. Não será dos mais fáceis mas parece-me que há por aí gente capaz de chegar ao nome deste cromito. Ei-lo:






Podem começar a licitar. (Não, não é a Ilha do Rato).



Ora, mais uma vez o Nuno chegou, despachou o assunto e já vai com 8 pontos.


Trata-se de facto da Regina Spektor, como podem observar pela gravura junta:







quinta-feira, 26 de março de 2009

Pequena "entrevista" #29... Roda de Choro de Lisboa

É verdade que não sou grande fã de "Chorinho" (geralmente farto-me ao fim de um quarto de hora, mais ou menos), o que não me impede de achar que este grupo Luso-brasileiro tem muita qualidade, facto a que não deve ser alheia a grande quantidade de concertos que vão dando por aí, principalmente na Fábrica Braço de Prata e no Lusitano Clube. Se gostam, não percam que eles tocam mesmo muito bem.

As respostas à entrevista aí estão entregues pelo Nuno Gamboa:


1 - Qual o principal requisito para se vencer na música em Portugal?

- Um curso de música
- Um curso de marketing
- Um curso de Inglês
- Um curso de modelo
- Uma grande "lata"

Resposta: São vários. uma boa formação musical o mais ecléctica possivel e sem duvida pensar em fazer alguma coisa que tenha a ver com o que te envolve e seja original.


2 - Qual o melhor ambiente para se evoluir musicalmente?

- O conservatório
- Uma escola de Jazz
- A garagem
- Um grupo de amigos que goste de ouvir todos os tipos de música
- Frequentar a maior quantidade de concertos possível

Resposta: Ter um sentido crítico muito apurado, conseguir trabalhar com bons músicos e acima de tudo ter bom gosto.


3 - Quando é que se consegue ir tocar às estações de televisão sendo pago por isso?

- A partir da edição do primeiro disco
- Depois do primeiro disco de ouro
- Quando lá arranjas um amigo
- Quando consegues "meter" uma música na banda sonora de uma novela
- Quando já não precisas da televisão para nada

Resposta: No presente só em galas ou afins.. nos anos 80, 90 sim era pago. Se todos os músicos que fossem convidados para TV pedissem um cachet, a situação seria diferente. TV hoje é essencialmente promoção.


4 - Se os músicos que cantam em português têm sucesso no estrangeiro, porque é que os que cantam em Inglês não têm?

- Tem a ver com a música que se faz e não com a língua em que se canta
- Porque no segundo caso os estrangeiros conseguem perceber as letras
- Porque a música é igual à deles, mas com pior pronúncia
- É uma questão de atracção pelo "exótico"
- Porque os que cantam em Português são melhores músicos

Resposta: Preferia que se discutisse antes lusofonia versus anglofonia em Portugal e no estrangeiro. Acho que as letras serem em inglês ou português pouco importa... vender um conteúdo pop rock português em Londres ou NY é muito complicado, com certeza.


5 - E porque é que nem uns nem outros têm sucesso em Portugal?

- Porque os CDs dos portugueses são mais caros
- Porque o que vem de fora é mais bem promovido
- Porque o mercado é pequeno e só consegue vender o que é bom
- Porque na televisão só há música estrangeira
- Porque os media estão comprados pelo grande capital das multinacionais

Resposta: O que vem de fora é melhor promovido, simplesmente porque a promoção já vem feita do poster à t-shirt, aqui só têm de destribuir e promover nos media. Dá menos trabalho e o lucro está garantido.


6 - De quem é a culpa da falta de visibilidade da música portuguesa?

- Dos músicos
- Das editoras
- Dos media
- Dos promotores de concertos e agentes
- Do governo

Resposta: Dos músicos em grande parte, do sistema viciado e também dos promotores que apostam muitas vezes no mais fácil.


7 - Como é que o problema se resolve?

- Com uma lei mais severa
- Com mais debates na televisão
- Com mais salas para concertos
- Com mais trabalho por parte dos músicos
- Com a ASAE a apreender tudo o que é música estrangeira nas feiras

Resposta: Aumentando a formação e informação do público e acima de tudo os media não lhes venderem gato por lebre.


8 - Os discos "sacados" na net prejudicam os músicos?

- Sim, porque são discos que o público deixa de comprar
- Não, porque fazem chegar a música a mais gente e ajuda a aumentar as vendas X
- Não, porque a maior divulgação leva mais gente aos concertos
- Sim, porque as editoras, ao vender menos, apostam menos.
- No fim das contas, é "ela-por-ela"

Resposta: Os discos sacados na net prejudicam basicamente as editoras. Em plena sociedade da informação não podemos pensar que estamos nos anos 80. A partilha é uma realidade e acredito fará com q existam músicos melhores e público mais bem informado a médio prazo.


9 - Qual foi o último disco que adquiriste/adquiriram?

Resposta: Macaréu / Gaiteiros de Lisboa


10 - Qual foi a tua/vossa última descoberta musical?

Resposta: Kumpania Algazarra






sábado, 21 de março de 2009

Versões (24)

No meio do ruído mediático produzido à volta do último álbum dos U2 e enquanto aguardo que a música do mesmo me conquiste de alguma maneira (até agora, o que ouvi não me suscitou mais do que um "esta até é gira..."), deixo-vos aqui uma canção que, por estar inserida num disco menos, digamos assim, "mediatizado", alguns de vocês podem ainda não ter ouvido.

Pois aqui ficam os U2 a cantar... Ramones!



"Beat On The Brat"
Artista: U2
Álbum: We're A Happy Family - A Tribute To Ramones



sexta-feira, 20 de março de 2009

Mas afinal, que raio é "um clássico"?

Hoje de manhã, na Antena 3, alguém dizia: "A seguir os Youth Group com uma cover do clássico dos Alphaville, Forever Young".

Pois o "Youth Group" é mais um grupeco que conseguiu enfiar uma música num anúncio (não me lembro de quê), música essa que, por sinal, é uma versão (cover? Cobrir o quê???) muito fraquinha duma canção muito má de um grupo que, em qualquer outra década que não a de oitenta, não chegaria muito longe.

Daí a pergunta:

- Mas afinal, que raio é um clássico?

Ora, segundo o Priberam Online, Clássico quer dizer o seguinte:

do Lat. classicu

adj.,
usado nas aulas; utilizado como modelo na literatura ou em belas-letras; relativo à literatura grega ou latina; autorizado pelos clássicos; antigo; inveterado; tradicional;

s. m.,
autor de obra clássica, especialmente escritor grego ou latino;
aquele que segue o classicismo.


Bom...
Será que existe algum professor que usa o Forever Young nas aulas? Ora aí estaria uma explicação para o aumento de agressões a professores por parte dos alunos, mas não me parece que aconteça.

Some are like water, some are like the heat
Some are a melody and some are the beat
Sooner or later they all will be gone
Why dont they stay young


Humm... será que alguém vai usar isto como modelo das belas-letras?... Naaa!

Também não é Grego nem Latim.

Quem são os clássicos que autorizam um clássico? Os Gregos e os Romanos? Ou os Italianos e os Austríacos?

25 anos é antigo? Sim, para quem tem 5!!!

Inveterado??? Só se for alguém que ouviu aquilo e resolveu beber para esquecer... para o resto da vida.

Tradicional?... Bom, se desse para meter um acordeão e ritmo de vira, o Emanuel até era capaz de a ter feito, lá isso é verdade.

Finalmente, ouvindo a melodia base da coisa, é evidente que esta música "segue o classicismo". A sorte dele (o classicismo) é correr bem e os Alphaville serem de facto "uma cambada de coxos". Será por isso que lhe chamam um clássico?

E pronto! Fiquei na mesma! Não faço ideia das razões que levam as pessoas a chamar "clássico" seja ao que for, muito menos no caso de coisas tão mázinhas.

Por outro lado, continuo a constatar que estamos sujeitos a ser massacrados por qualquer bosta desde que apareça numa novela ou numa campanha publicitária.

Pois... é o Mercado, meninos, é o Mercado!


segunda-feira, 16 de março de 2009

Pequena "entrevista" #28... Drill

Os Drill são uma banda de Lisboa e tocam Rock mesmo! Daquilo que ouvi no MySpace fiquei com a ideia de que a energia está lá mas o som som ainda tem margem para melhorar, talvez diversificando um pouco o tipo de efeitos de guitarra utilizados ou melhorando a produção (sim, estou sempre a dizer o mesmo, eu sei).
No geral, gosto principalmente da componente "Hard Rock" com pitadas de "prog" e das memórias que me traz. Há mesmo coisas que fazem lembrar o som de algumas bandas que havia por esse Poertugal nos idos de setenta. É verdade que os tempos são outros mas, revivalismo por revivalismo, que se vá às décadas de sessenta e setenta, que já não tenho pacchorra para os sintetizadorezinhos dos oitentas.

Décadas à parte, aqui trata-se de entrevistas (estou atrasado, eu sei, e peço desculpa) e, por isso, aí ficam as respostas do Manel Portugal dos Drill:


1 - Qual o principal requisito para se vencer na música em Portugal?

- Um curso de música
- Um curso de marketing
- Um curso de Inglês
- Um curso de modelo
- Uma grande "lata"

Resposta: Não sei se vai lá com cursos, mas todos ele ajudarão com certeza. Essencial será muita vontade e sorte. Vontade para passar pelos sacrifícios, sorte para estar no sitio certo à hora certa.


2 - Qual o melhor ambiente para se evoluir musicalmente?

- O conservatório
- Uma escola de Jazz
- A garagem
- Um grupo de amigos que goste de ouvir todos os tipos de música
- Frequentar a maior quantidade de concertos possível

Resposta: Seja onde for, tocar muito e ouvir muita musica.


3 - Quando é que se consegue ir tocar às estações de televisão sendo pago por isso?

- A partir da edição do primeiro disco
- Depois do primeiro disco de ouro
- Quando lá arranjas um amigo
- Quando consegues "meter" uma música na banda sonora de uma novela
- Quando já não precisas da televisão para nada

Resposta: Nunca me questionei muito sobre isso, a televisão, pelo menos nos moldes em que é apresentada em Portugal, não é um sitio a que deseje ir tocar, se acontecer aproveitarei para divulgar a nossa musica. Não é comparável a um concerto com gente à tua frente a sentir o teu som...


4 - Se os músicos que cantam em português têm sucesso no estrangeiro, porque é que os que cantam em Inglês não têm?

- Tem a ver com a música que se faz e não com a língua em que se canta
- Porque no segundo caso os estrangeiros conseguem perceber as letras
- Porque a música é igual à deles, mas com pior pronúncia
- É uma questão de atracção pelo "exótico"
- Porque os que cantam em Português são melhores músicos

Resposta: Não sei é assim tão evidente que os que cantam em inglês não têm sucesso, em primeiro lugar acredito no valor da musica pela musica, sem língua e aí vencem os melhores...


5 - E porque é que nem uns nem outros têm sucesso em Portugal?

- Porque os CDs dos portugueses são mais caros
- Porque o que vem de fora é mais bem promovido
- Porque o mercado é pequeno e só consegue vender o que é bom
- Porque na televisão só há música estrangeira
- Porque os media estão comprados pelo grande capital das multinacionais

Resposta: Todas as respostas atrás estão certas, falta falar no publico que vai pouco aos pequenos/médios concertos, não há essa cultura em Portugal. O pessoal ou vai aos festivais, ou aos coliseus, ou aos estádios, agora as pequenas colectividades, os bares, as pequenas salas, nada. Ou é porque a entrada é 3€ ou porque é 5€ (!?), ou porque é durante a semana, ou porque é no fim-de-semana, ou porque é na capital, ou porque é longe. Ide aos concertos malta! Vão se surpreender com a oferta e qualidade das bandas que andam por aí.


6 - De quem é a culpa da falta de visibilidade da música portuguesa?

- Dos músicos
- Das editoras
- Dos media
- Dos promotores de concertos e agentes
- Do governo

Resposta: De todos um pouco, de qualquer modo não partilho da toada negativa da pergunta. Há música portuguesa que se mexe muito bem. Há alguma que até tem visibilidade a mais. Há algumas bandas que entram na moda e passam em tudo o que é rádio sem se perceber muito bem porquê.


7 - Como é que o problema se resolve?

- Com uma lei mais severa
- Com mais debates na televisão
- Com mais salas para concertos
- Com mais trabalho por parte dos músicos
- Com a ASAE a apreender tudo o que é música estrangeira nas feiras

Resposta: Bem, com debates na televisão não será de certeza. As salas pequenas fazem muita falta, rapidamente esgotas os 3/4 sítios pequenos que há em Lisboa, mas não tens capacidade para fazer um concerto de larga escala das grandes salas, ficas sem sítio para tocar. Acho também que é um problema cultural cíclico que importa combater. Já falei atrás disto, as pessoas saem pouco à rua para ver gigs em bares e pequenas salas... Se isto passasse a acontecer todo o movimento cresceria proporcionalmente, as salas apostariam mais nas suas condições para efectuar espectáculos porque teriam retorno, as editoras e promotoras apostariam mais nas bandas porque veriam mais e melhores concertos, poderiam analisar melhor o sucesso de uma banda num universo mais pequeno só que esse universo pequeno não existe...


8 - Os discos "sacados" na net prejudicam os músicos?

- Sim, porque são discos que o público deixa de comprar
- Não, porque fazem chegar a música a mais gente e ajuda a aumentar as vendas
- Não, porque a maior divulgação leva mais gente aos concertos
- Sim, porque as editoras, ao vender menos, apostam menos.
- No fim das contas, é "ela-por-ela"

Resposta: O processo equilibra-se, por um lado a divulgação é mais eficiente, por outro as editoras morrem, ou não apostam em gravações... Eu pessoalmente não troco ter um disco na mão, com capa, com tudo por um mp3 que nem sei de que disco é ou quem é toca ali...


9 - Qual foi o último disco que adquiriste/adquiriram?

Resposta: a ultima leva foi

Beatles - White Album
Brant Bjork - Somera Sol
Clash - London Calling
Black Keys - Attack and Release



10 - Qual foi a tua/vossa última descoberta musical?

Resposta: Valient Thorr - que bomba ao vivo, que lição de rock'n'Roll






quinta-feira, 12 de março de 2009

Levados, sim!

De Cabo Verde emigra-se para Portugal em busca de uma vida melhor.

O Primeiro Ministro de Portugal visita Cabo Verde acompanhado de um catálogo de ministros. Leva ajuda para vidas melhores?

- Não! Leva... o Magalhães!



Lavados Lavados Sim
(A. Pinho / N. Rodrigues)

Lá íamos mesmo não indo
Lá íamos mesmo não indo
Levados levados sim
Levados levados sim

Lá íamos mesmo não vindo
Lá íamos mesmo não vindo
Louvados louvados sim
Louvados louvados sim

Lá íamos mesmo nadando
Lá íamos mesmo não dando
Nadando nadando sim
Não dando não dando o sim.

Cá vamos agora sentindo
Cá vamos agora sentindo
Lavados

Cá vamos nós
Netos, filhos
Pais e avós
Cá vamos todos

Lá vai o rei
Os andarilhos vão
E é da lei
Também os bobos

Cá vamos nós
Bem juntinhos
Mudando a voz
Prendendo os lobos
Cá vamos nós



"Lavados Lavados Sim"
Artista: Banda do Casaco
Álbum: Dos Benefícios Dum Vendido No Reino Dos Bonifácios


terça-feira, 3 de março de 2009

Festival RTP da canção 2009

Comecei a escrever sobre a edição deste ano do "Festival".

Depois lembrei-me que, para comentar, tinha de ouvir as canções todas de novo.

Em pequeno consegui safar-me sem tomar óleo de rícino. Não ganhei resistência suficiente ao sacrifício.

Desisti!


domingo, 1 de março de 2009

As músicas das nossas vidas (13)



Esta foi a primeira música que ouvi dos Pentangle, numa bela manhã em que devia estar a ver as aulas do Propedêutico.

Por essa altura já conhecia alguma coisa do que se fazia desde os anos sessenta na área do Folk-Rock inglês mas estes Pentangle, que conheci com meia dúzia de anos de atraso marcaram mais um passo na minha educação musical. Esta mistura de Folk, Jazz e Rock Psicadélico (os críticos nunca conseguiram decidir se isto era Folk-Rock ou Folk-Jazz) soou-me estranhamente agradável e ainda hoje acho que esta foi uma das bandas que conseguiram a "formação perfeita", no tempo em que lá estiveram Jacqui McShee (voz), John Renbourn (guitarra), Bert Jansch (guitarra), Danny Thompson (contrabaixo) e Terry Cox (bateria).

Todos sabem da minha mania das guitarras acústicas e a dupla Renbourn/Jansch é uma das minhas favoritas mas, na altura, lembro-me que a minha primeira atenção foi para o contrabaixo de Danny Thompson, ainda hoje inconfundível. E vocês, que acham?


"Sally Free and Easy"
Artista: Pentangle
Álbum: Solomon's Seal