Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

domingo, 25 de maio de 2008

Mais um pequeno mistério (a solução)

Visto que mais ninguém (a não ser a Laura, que é uma "mecinha" que não se excusa) se habilita a solucionar o mistério que aqui deixei, cá estou para deixar a solução.

Pois a musiquinha pertence a um disco que eu "persegui" (sem muita esperança de o apanhar, diga-se) durante quase trinta anos e que consegui finalmente comprar, graças à recente politica de reedições da Valentim de Carvalho que nos tem trazido de volta alguma pérolas da nossa música (em breve falarei delas mais em detalhe).



"Labirinto"
Artista: Jorge Palma
Álbum: Com Uma Viagem Na Palma Da Mão



PS: Eh pá, é que nem o nosso amigo "Maçã" tentou... pôças!!!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Vídeo do mês

Ora cá está o videozito deste mês.

Não vou pô-lo aqui porque não está no "tubo" (foi retirado) mas se seguirem o link ali em baixo podem vê-lo.

Trata-se de um músico que todos conhecemos, numa altura em que ninguém o conhecia a tocar algo que não se sabia que ele sabia tocar, até porque não era suposto que alguém o tocasse... o melhor mesmo é verem. O link vem aí em baixo:

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Mais um pequeno mistério

Ora cá estou eu com mais uma daquelas perguntinhas da treta:

- Alguém me diz qual é a música que está a tocar ali ao lado?


Três ajudas:

- É produto nacional.
- É o único tema totalmente instrumental do disco.
- Já tem uns anitos.

Têm até ao fim da semana para responder.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

As vantagens de querer espreitar um pouco mais à frente.

A fazer as vezes de bónus do concerto da Maria João, "ganhei" mais uma grande canção e, por acréscimo, mais uma bela voz. À segunda canção, Maria João arranca uma versão de uma canção chamada "Hit the Ground" que, embora me soasse a algo de familiar, só me fazia lembrar a "velhinha" Joan Armatrading à qual, no entanto, não conseguia juntar aquela canção em particular. Com esta malfadada curiosidade musical que me rouba horas de vida, lá fui à procura e encontrei... Lizz Wright!

Acho que nunca tinha ouvido a senhora mas continuo com esta de já conhecer a música antes. Enfim... às vezes acontece... e fica aí para vocês "ouverem".





Três dias, dois concertos, vinte canções e um poema (toma lá, ó Pablo!)


Imagem: http://www.mariajoao.org/

Depois do Mário no domingo, terça foi a vez da Maria João responder a um desafio. Ao vivo, no S. Luís, Maria João "deu voz" a "Vinte Canções de Amor e um Poema Deseperado", acompanhada por Mário Delgado (guitarra e direcção musical), Eleonor Picas (harpa) e Vicky (percussão).

Por vezes, depois de se ver muito alguém ao vivo (e eu já vi a João um bom par de vezes) há a tendência para se pensar que um artista já não tem surpresas para nós. Mesmo no caso da Maria João, que se reinventa um pouco em cada disco, não posso dizer que nunca tenha pensado nisso. Daí a importância destes desafios que "obrigam" os músicos a sair um pouco do que normalmente fazem. Desde o princípio do concerto começaram a aparecer as surpresas, experimentámos o prazer de ouvir algo que, não estando no sítio habitual, encaixa perfeitamente, canções antigas com arranjos novos, versões de canções dos músicos mais improváveis (já alguém tinha ouvido a João cantar Neil Young?) e sentiu-se, transmitida do palco para a plateia, a "pancada" da adrenalina que vem associada à sensação de risco e de incerteza quanto à reacção do público. Não tenham dúvidas de que os músicos chegaram ao fim "esgotadinhos" (alguns até lesionados), mas felizes. Nós também, mas bastante menos cansados.


terça-feira, 13 de maio de 2008

Trimurti... mas afinal eram quatro.



Mário Laginha (Portugal) - piano
Nguyen Lê (Vietname) - guitarras
Prabhu Edouard (Índia) – tablas
Joji Hirota (Japão) – tambores taiko e shakuhachi (nr: é assim uma espécie de flauta)

Acerca do nome deste projecto – “Trimurti” – foi-me sugerido por uma professora de música (etnomusicóloga) que me explicou que esta palavra em sânscrito significa Triumvirate – a triologia que existe em várias religiões. Também significa a Trindade que se auto-recria permanentemente, sempre tentando alcançar um nível superior no campo espiritual e está relacionado com a vida e o mito. Também, nós, na música estamos sempre a tentar recrearmo-nos, tentando fazer o nosso melhor para alcançar um objectivo – que neste caso é a melhor música que conseguimos fazer juntos. É por tudo isto que acho que “Trimurti” pode ser um bom nome. O som da palavra “Trimurti” em português é muito bonito e isso também é importante.

(Mário Laginha no site do Museu do Oriente)



Se não foram, a esta hora também já não vão poder ir. Nem saber o que perderam, a não ser que a Fundação do Oriente se decida a editar os concertos (que por acaso até foram gravados). Já agora, um bocadinho de "coacção": "vá lá... editem lá... não se esqueçam dos amigos... da música".

Ainda andei a pensar o que é que havia de escrever aqui sobre o concerto e sobre a música composta propositadamente para o efeito. E sobre os músicos. E sobre a cumplicidade em palco. E sobre aqueles pequenos momentos que nos ficam na memória e nos ouvidos...

... Talvez mais à frente. Ou não. Talvez não tenha sido completamente perfeito mas por agora não consigo encontrar defeitos. E para quem me conhece... está tudo dito.


segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ainda brilha uma luz



Disso não há dúvidas!

De que Scorsese tem muito jeito para fazer filmes, também não. O problema está mais em mim, ou seja, na maior parte das vezes prefiro ouvir um disco a ver um concerto em DVD. Embora esteja mais bem filmado do que um normal concerto em DVD (e com alguns truques giros, que se vão tornando cansativos à medida que o filme avança), embora os Rolling Stones em palco sejam, ainda, algo digno de ser visto, embora se veja muito bem, embora o som e a imagem sejam muito bons... não deixa de ser a gravação de um concerto e pouco mais.

Comparando com "The Last Waltz", a roda viva que andava naquele palco e nos bastidores, a relativa "sujidade" da filmagem e a maior espontaneidade nos apontamentos que a rodeavam (e também, bem sei, a idade que eu tinha quando vi o filme pela primeira vez) fazem-me preferi-lo a este.

A luz brilha, mas não vejo necessidade de a acender muito mais vezes.
Talvez ao vivo, numa sala como aquela... aí não diria que não!

terça-feira, 6 de maio de 2008

"The Phantom" passou por aqui



Springsteen costumava apresentá-lo nos concertos como "the mysterious Dan Federici" ou "Phantom Dan - now you see him, now you don't". Chamava-se Danny Federici e morreu no dia 17 de Abril, aos 58 anos, devido a um melanoma, depois de 40 de colaboração com Bruce Springsteen. Mesmo doente, Federici apenas abandonou os concertos em Novembro de 2007.

Pois, chamaram-me a atenção, e com razão, que a notícia tinha passado um pouco (um muito) despercebida e que até eu, um aficionado da música do Springsteen, não tinha falado nisso. Pois é o que acontece quando se vive uma vida inteira discretamente e fora da máxima "Live fast, die Young and leave a good-looking corpse" (sendo que a última parte costuma ser a mais difícil). Fosse ele um puto malcriado, encharcado em drogas, com instintos suicidas e visitante semanal (com pernoita) de uma qualquer esquadra de polícia e haviam de aproveitar para lhe festejar a (má) vida.

Não tendo acesso aos dois discos que editou mas considerando os 40 que dedicou à E Street Band, aqui fica uma das músicas onde se ouve bem o "dedo" de Federici, no caso para o acordeão. Calminho, como era o senhor DF.


"4th Of July, Asbury Park (Sandy)"
Artista: Bruce Springsteen
Álbum: The Wild, The Innocent & The E Street Shuffle

Danny Federici: Acordeão


sábado, 3 de maio de 2008

Não seja por isso...

Pois então aqui fica a última canção do Bowie que fez levantar o cabelo ao guitarrista dos Rolling Stones (como se isso interessasse a alguém...), de oferta a uma amiguinha que gosta muito do Bowie e tem um "rebentinho" novo. ;)

"Changes"
Artista: David Bowie
Álbum: Hunky Dory

Uma questão capilar...

Segundo a prolífica secção de cusquices da revista Blitz, Keith Richards terá dito numa entrevista à revista Uncut, sobre David Bowie, «Não me consigo lembrar de nada que ele tenha gravado, para lá de "Changes", que me faça levantar o cabelo».

Pois é, senhor Richards!
Se tivesses lavado o cabelo uma vez nos últimos 35 anos, se calhar agora não dizias isso. Vá-se lá saber...

As revistas de música estão cada vez "mais interessantes", não acham?

Smith: O filme



E então ontem, depois de desafiado, lá me resolvi a ir ao Maria Matos levar com os "festivaleiros Indie" para ver o filme "Patti Smith Dream of Life" de Steven Sebring.

Depois de me abstrair das várias faunas "indies" presentes, desde os compenetrados aos "radicais" (quem será o totó que se lembra de ir ver um filme com uma crista de 20 cm acabada de fazer a regra e esquadro?), passando pelos "devotos" e de uma desastrosa tradução (não sei se feita à pressa ou com simples incompetência), lá consegui dispensar a atenção necessária ao filme. E o filme...

Bem, foi mais ou menos o que estava à espera que fosse: uma filmagem muito... como dizer?... "arty", cheia de planos desfocados, tremidos e descentrados, entre o preto e branco e a cor filtrada, entre a meia-luz e o alto contraste... não será muito o meu estilo preferido, mesmo num filme "rock'n'roll" mas, depois de se perceber o contexto em que foi feito, até acaba por encaixar. E o contexto acaba por ser o de um tipo aque filma uma amiga "rockeira" (e toda a desarrumação e lixo que vai por aquela casa) a espaços, durante mais de dez anos, e depois tenta transformar todo o material num filme de duas horas em que, por um lado, não se perca a coerência de um documentário mas em que, por outro, se faça transparecer a intimidade com alguém que "é da casa". E isso consegue-se fazendo todo o filme como se fosse "Patti por Patti". Narrado pela própria, em conversa com a prória, com poemas ditos e canções cantadas... pela própria. O tipo que filma, nem se dá por ele, o que é bom. foi giro.

Dito isto, imagino que alguém se sinta capaz de viver numa confusão daquelas. Para mim não serve. É que... pá! Ao menos arrumava os instrumentos e os discos, não?