Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Olha!!! Já lá vão quatro!

Reparei há bocado que o Mug Music fez ontem quatro aninhos!

Estas coisas comemoram-se?

La Radio

Gosto de ouvir rádio!

Gosto, faço questão de ouvir rádio a caminho do trabalho quando podia já ter arranjado uma maneira de pôr o leitor de mp3 ligado ao auto-rádio e de, quase todos os dias, me desiludir mais um pouco (pelas razões que já tenho apontado aqui ao longo do tempo). Sim, há trinta anos já havia programas que passavam quase todos os dias a mesma música, é verdade que hoje ainda se encontram aqui e ali alguns programas de autor interessantes mas a verdade é que já não sinto que a Rádio "Entra em minha casa e me fala directamente", como cantava o Finardi. Eles falar, falam... e falam muito, Mas não para mim. Acho mesmo que a maior parte não fala mesmo é para ninguém. Será por isso que os programas da manhã das rádios "de massas" nunca são feitos só por uma pessoa?

Quanto ao Eugenio Finardi e à música que fica aí uns dias a passar, conheci-os em casa do meu amigo P. já lá vão os tais trinta anos, por alturas do famoso "Ano Propedêutico". Foi um bom ano. Fazia-se tudo menos ver as aulinhas na TV. O Propedêutico acabou por se resolver nas vésperas dos exames e a minha cultura musical saiu bastante reforçada com sessões regulares de música em casa dos amigos e muito tempo para ouvir rádio, boa rádio, rádio "libera, ma libera veramente".

Do Finardi conheci pouco mais do que o álbum "Sugo", mas ficou-me esta e mais uma ou duas. Lembrei-me hoje porque a rádio estava muito mázinha, mesmo.



La radio
(Eugenio Finardi)

Quando sono solo in casa e solo devo restare
per finire un lavoro o perché ho il raffreddore
c'è qualcosa di molto facile che io posso fare
accendere la radio e mettermi ad ascoltare

Amo la radio perché arriva dalla gente
entra nelle case e ci parla direttamente
se una radio è libera ma libera veramente
piace anche di più perché libera la mente

Con la radio si può scrivere leggere o cucinare
non c'è da stare immobili seduti a guardare
forse è proprio quello che me la fa preferire
è che con la radio non si smette di pensare

Amo la radio perché arriva dalla gente
entra nelle case e ci parla direttamente
se una radio è libera ma libera veramente
piace anche di più perché libera la mente



"La Radio"
Artista: Eugenio Finardi
Álbum: Sugo



terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A Boca do lobo a morder na nuca do povo...

Estava eu a olhar ali para a caixinha das radiações quando vi o anúncio que nos desafiava a votar nas canções candidatas ao festival RTP deste ano.

Esta agora! Então já não bastava a final e o eurofestival serem em televoto, agora ainda arranjaram uma votação do público na pré-selecção? Pensei cá para comigo que o pessoal da RTP não estava bem a ver no que se ía meter e, vai daí, fui lá ver o que se passava.

Eu só não adivinho coisas que dêem lucro. Quando lá cheguei, já estava a tenda armada. Desistências por despeito, suspeitas de favorecimento, votações supostamente fraudulentas, anulação de votos de modo arbitrário pela organização que geram desistências dos próprios concorrentes, pedidos de exclusão de músicas por, supostamente, não serem inéditas, isto para além das habituais dissertações sobre o que é uma "canção de festival" e dos também já costumeiros insultos a comentadores por terem... outra opinião. Quanto às músicas... não votei em nenhuma. Em 24!!!

É um facto que hoje em dia o Festival perdeu a importância que teve em tempos. Mas também é verdade que, nesses tempos de que se fala (anos 60 e 70) também não havia muito mais para ver e ouvir. Diz-se (e é verdade) que, nessa altura, passaram boas músicas pelo festival. Isto a passagem dos anos "lava" um bocado a coisa porque também houve muita música muito má a passar por aqueles palcos. E ponham má nisso.

Um dos festivais de que tenho mais memórias é o de 1975, até porque (modernices...) o meu pai o registou num gravador de bobines (uma maravilha da portabilidade com alguns dez quilos que ele usava no trabalho para gravar reuniões...) e ainda o ouvimos umas quantas vezes enquanto o aparelho funcionou. Sendo o primeiro pós-Abril, por alturas do 11 de Março e a caminho do "Verão Quente", aquilo foi, digamos assim, uma festa. Meteu Zé Mário a cantar uma já conhecida canção de luta (acho que da UDP), Jorge Palma e Fernando Girão, ambos com grandes "trunfas", um "Capitão de Abril" (que ganhou, pois claro) e os próprios autores das canções como juri. Um autêntico Festival do PREC!

E o que se curtiu a ouvir aquilo!

Bom, por muito de emoção e mesmo alguma boa música que por ali tenha passado (pelo menos diferente do que se tinha ouvido até então) hoje tenho de reconhecer que havia para ali coisas que, aos ouvidos de hoje, terão de se qualificar muito mázinhas. Eis um exemplo que costumo dar, esta que pode mesmo (não garanto, porque não conheço todas) ter sido a pior canção que o Sérgio godinho escreveu na vida, cantada no festival pelo Carlos Cavalheiro, vocalista dos Xarhanga:





E no entanto...
A boca do lobo continua a morder na nuca do povo!


domingo, 25 de janeiro de 2009

Nós por cá (ou por lá)... Sara Serpa

Esta coisa de andar à procura de coisas novas tem as suas dificuldades. Ou uma pessoa passa a vida a escarafunchar na net (actividade para a qual me vai faltando o tempo) ou então conserva-se atento e vai aproveitando as "dicas". O estranho, neste caso, é a "dica" ter chegado do estrangeiro ou seja numa entrevista de Esperanza Spalding ao blogue Jazz No País do Improviso em que a cantora/contrabaixista americana se referia a uma cantora portuguesa, neste momento a viver, estudar e trabalhar nos Estados Unidos, chamada Sara Serpa como sendo uma cantora espantosa. Claro que fui à procura e lá a encontrei pelo MySpace, onde parece estar quase toda a gente que faz música por esse mundo fora. O bocadinho que por lá ouvi não será muito mas justifica plenamente a vontade de ouvir mais e a menção aqui no blogue, juntamente com o desafio que vos deixo para lhe fazerem também uma visitinha.

Se ainda forem a tempo, parece que hoje na Antena 2 o disco "Praia", precisamente da Sara Serpa, é um dos que Manuel Jorge Veloso destaca no seu programa "Um Toque de Jazz". Por volta das 23:20.





Vocês não querem lá ver que os músicos estão a seguir o mesmo caminho que os cientistas?


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Aguardela: o músico parou, a música não.


Imagem: http://anaifa.blogspot.com/

João Aguardela é principalmente conhecido por ter sido o vocalista dos Sitiados. Muita gente não sabia que ele era um dos mentores d'A Naifa e ainda mais gente nunca chegou a saber de experiências como Megafone ou Linha da Frente.

A carreira de Aguardela estava ainda em crescendo quando foi interrompida. A música, essa está feita, fica por cá e terá certamente a continuação que se deseja.


sábado, 17 de janeiro de 2009

Dose dupla de João, meia-dose de Ogre

Nunca vi um mau concerto da Maria João. Isto é ponto assente.
No anos que levo (pronto, muitos) de espectador assíduo dos concertos da rapariga, nunca vi uma situação dificil de que ela não conseguisse sair, muitas vezes airosamente, outras tantas mesmo com ganhos no resultado final e isto nos mais variados contextos e formatos de concerto. Quinta-feira no CCB, Maria João voltou a sair muito bem de uma situação complicada.

Por esta altura já estão a pensar: "com uma introdução destas, vem aí bomba pela certa".

Não. O que se passou foi, muito simplesmente, a apresentação do roteiro de uma "viagem" (O projecto "Ogre" protagonizado pelos dois músicos) ainda por concretizar, ou seja, já se vê onde o projecto quer ir, percebe-se o caminho que quer tomar, mas falta terminar a construção do veículo.

João Farinha traz uma abordagem diferente à música que Maria João canta, quanto a isso não há dúvidas. Há, de facto, uma direcção diferente, boas ideias de aplicação da tecnologia ao pulsar tradicionalmente acústico do Jazz mas falta ainda alcançar, em certas alturas, o "ponto de fusão". As possibilidades são imensas mas nota-se alguma contenção, compreensivel se pensarmos que, talvez paradoxalmente (ou não, sei lá eu...), a chamada "Música da Liberdade" (sim, o Jazz) tem mais regras que o Código Civil e muito mais guardiões dessas regras do que se poderia pensar. Basta lembrar o que a prória Maria João já enfrentou de críticas a esse respeito pela carreira fora. O lado bom é que já está habituada. Dito isto, e pelas pistas avançadas, estou bastante interessado em perceber qual será o resultado final de coisas como as ensaiadas em Parrots and Lions ou Dancing in The Dark (sim, a do Springsteen) que, nitidamente, ainda não resultam em pleno. Já as abordagens diferentes das que já lhe tinha ouvido a outras músicas (como o Old Man do Neil Young) resultaram bem melhor.

Bom, agora estão talvez confusos: "então mas o concerto foi bom ou não foi?".

Foi.
O que levou tantas linhas a explicar aí em cima resulta, no fim, da percepção de pequenos momentos, muitas vezes laterais ao próprio concerto e ao que passa do palco para a plateia e aí não há praticamente nada onde encontrar defeitos. João e João encontram-se a caminho do entendimento perfeito (nota-se ainda em João Farinha alguma "reverência para com a Diva" mas isso passa) e a Maria João tratou de demonstrar em directo porque é que não chega ouvir os discos para se gostar da sua música. Não sei bem explicar, mas "aquilo ao vivo é que é"!

Na verdade, o que me leva a dizer que este não foi dos melhores concertos que vi da Maria João (pois, do João Farinha nunca tinha visto nenhum) prende-se principalmente, tal como na semana passada, com as condições do "auditório", demasiado pequeno para um número de assistentes potenciado pela circunstância "borla" (mesmo assim melhor que no Casino Estoril - no CCB não se ouvem Slot-machines em fundo), as evidentes deficiências da monição de palco que levaram, por exemplo, Maria João a cantar completamente fora do "sample" de orquestra em "When You Wish Upon a Star" e uma ou outra "intervenção" extemporânea de facções do público, diria eu, em "estados de adoração patológica".


Pequena "entrevista" #25... Luiz e a Lata

Sejamos francos: o tipo de música que Luiz e Lata tocam não é dos meu preferidos e acho o nome escolhido particularmente infeliz. Isso não me impede, no entanto, de admitir que os músicos que compõem a banda são muito bons e que a música está muito bem feita. Tenho mesmo a convicção de que, bem divulgada, a música de Luiz e a Lata tem potencial para agradar a muito, mesmo muita gente. Embora não a ache por aí além inovadora (quem disse que tinha de ser?), há ali pormenores muito bem trabalhados que lhe dão um um ar fresco e diferente da maior parte das coisas que se ouvem por aí. As canções estão muito bem compostas e a produção é cuidada, o que vai sendo cada vez mais raro por cá. A inclusão de instrumentos em contextos diferentes do habitual e as colaborações exteriores escolhidas a dedo e utilizadas a preceito só ajudam a um bom resultado final.

No fim disto tudo, dá para perceber que, mesmo não sendo adepto do estilo, já ouvi várias vezes o que está a tocar no MySpace da banda e que não o fiz sem tirar prazer do facto, que eu posso ter muitos defeitos mas um deles não é a mania de andar às cabeçadas à parede. Vão lá ouvir. Há aí alguns de vocês que vão gostar, de certeza.

Entretanto, enquanto vão e não vão, podem ler aqui as respostas do Luiz Caracol às perguntas do costume:


1 - Qual o principal requisito para se vencer na música em Portugal?

Resposta: Acho que é um conjunto de talento, trabalho e alguma sorte.


2 - Qual o melhor ambiente para se evoluir musicalmente?

Resposta: Acho que é um misto entre o estudo, o estúdio e a estrada.


3 - Quando é que se consegue ir tocar às estações de televisão sendo pago por isso?

Resposta: A questão é que as tv's já pagaram aos artistas para que eles fossem aos seus programas, agora é que dizem que lhes estão a oferecer promoção e visibilidade, e que isso por si só é suficiente para que os artistas lá vão e queiram continuar a ir… E como os artistas e as editoras aceitam, duvido que voltarão a pagar algum dia...


4 - Se os músicos que cantam em português têm sucesso no estrangeiro, porque é que os que cantam em Inglês não têm?

Resposta: Acho que isso também depende da área e do estilo em que se canta.
A grande maioria da música cantada em português que tem sucesso lá fora, é cariz tradicional ou com alguma influência de música de raiz portuguesa.
Em outras áreas mais pop, mais rock, ou sem qualquer ligação à cultura de raiz nacional, se calhar é mais fácil cantar-se em inglês para que chegue além fronteiras... Mas isso também não quer dizer que se chegue…



5 - E porque é que nem uns nem outros têm sucesso em Portugal?

Resposta: Não sei se é bem assim...
Alguns até têm algum sucesso por cá, apesar do mercado ser pequeno.
Noutros casos pode ter a ver com vários factores, como a falta de divulgação e promoção da música em questão, ou ainda porque não conseguiram atingir um numero suficiente de pessoas para que pudessem ser sucesso, não querendo isso dizer que não tenham ou façam música com qualidade para o ser.



6 - De quem é a culpa da falta de visibilidade da música portuguesa?

Resposta: Talvez seja um pouco de todos os intervenientes, apesar de achar que grande parte da culpa ainda é o governo que a tem, pela falta de importância e apoio que dá à música e cultura nacionais.


7 - Como é que o problema se resolve?

Resposta: Se calhar com uma lei de protecção à música e cultura nacionais, como têm os espanhóis e os franceses, e aí se calhar já teríamos mais visibilidade e reconhecimento.


8 - Os discos "sacados" na net prejudicam os músicos?

Resposta: Sim e não.
Se forem “sacados” de forma legal só ajudam.
Se for de forma ilegal, não tanto, apesar da divulgação que possam ter, e de isso ajudar a que haja mais gente nos concertos e a conhecer os projectos.



9 - Qual foi o último disco que adquiriste/adquiriram?

Resposta: O álbum “Bairro” da fadista Raquel Tavares.


10 - Qual foi a tua/vossa última descoberta musical?

Resposta: Um grande canto/autor uruguaio, chamado Jorge Drexler.






sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Blues é festa? Ah pois é!

"E volto a pensar nas quantidades infinitas de boa música que perdemos ao longo das nossas vidas apenas porque há gente que acha que pode escolher pelos outros..."

Isto escrevia eu há mais de três anos ao tomar conhecimento da saída do álbum "À Bolina" do Rui Azul. De então para cá fui desafiado para vários concertos mas, curiosamente, de então para cá nunca fui ao Porto e o Rui nunca veio tocar a Lisboa, por isso nunca calhou.

Mas eis que, segundo o próprio, ao fim de 15 anos (!!!), o Rui Azul veio finalmente a Lisboa. Quinze anos... Ou temos um país grande demais ou passa-se algo de estranho na produção cultural em Portugal.

Aberrações culturais à parte, o convite chegou do CCB para o ciclo "Jazz em Dose Dupla" em que, às quintas-feiras, de Janeiro a Abril, um músico português e um estrangeiro se juntam para dar música ao pessoal. E ainda por cima à borla! Sim, algo escapou à aberração (é pena é terem de ser só dois, obviamente para sair mais barato, mas pronto...). Sendo que Rui Azul é o músico português (sim, pelo que se escreveu antes poderia existir a dúvida), o convidado estrangeiro (mas já quase meio-tuga) foi, compreensivelmente, Wolfram Minnemann, o companheiro de estrada de longa data, para uma sessão de Blues a voz, piano e sax.

Sem grande coisa para fazer (a zona do CCB a partir do fim da tarde é uma tristeza com "M" grande) cheguei bastante cedo e ainda cheguei a temer pelo êxito da iniciativa quando, a menos de trinta minutos da hora marcada, a sala se encontrava quase vazia mas acabei por perceber que eu é que estava um pouco fora. A verdade é que o "auditório" quase encheu em quinze minutos (e continuou a encher já com o concerto em andamento, não percebo esta gente... adiante...). Os músicos entraram com alguns cuidados (como que estudando o "adversário") mas, a pouco e pouco, foram construíndo um ambiente descontraído e casual ao jeito de "Blues-bar" e aumentando o passo até acabar em autêntica festa. Não fora o "encolhimento" do público (não sei se por ser lisboeta, se por ser "gente séria" ou pela percentagem de "debutantes"), com medo que "não fique muito bem" pedir mais, e aquilo não parava por ali.

Tudo bem. No fim os músicos estavam esgotados mas radiantes. O público desapareceu num ápice (por falar nisso, também o Minnemann...) mas o Rui Azul não se escusou a breves momentos de convívio, espalhando simplicidade e simpatia (e não só) por quem ficou por ali mais um pouco.

O ciclo "Jazz em Dose Dupla", parece estar calhado ao sucesso (e não só por ser à borla) mas alguns melhoramentos no "auditório" não cairiam mal. Uma outra disposição da "plateia" evitaria a necessidade de ter pessoas sentadas no chão gelado e a cobertura da janela por trás do palco daria com certeza muito maior conforto aos músicos. Quanto ao pessoal que vai lá fora ao cigarrito, olha... aguentem-se!


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Pequena "entrevista" #24... Mike Bramble

O Mike Bramble é um músico de Leiria (sim, aquilo tem por lá músicos que até ferve) em princípio de carreira, para contrastar um pouco com os "veteranos" que por aqui passaram nas últimas entrevistas. Segundo o próprio, o Mike encontra-se neste momento concentrado na composição de canções e na sua divulgação online, deixando as preocupações de produção e edição para quando a coisa se proporcionar. É uma opção como outra qualquer, pelo menos dá-lhe para já alguma visibilidade e acesso a críticas e aos sempre necessários elogios e incentivos. Não sendo o meu tipo de música favorito, encontra-se por ali alguma qualidade, para já mais audível no trabalho de guitarra e na própria composição das canções. Venha o necessário "polimento" de uma boa produção e parece-me um projecto com os atributos necessários para partir para uma boa carreira musical (dentro dos habituais condicionalismos do país, claro). Haja coragem e inspiração.

Eis as respostas do Mike Bramble:


1 - Qual o principal requisito para se vencer na música em Portugal?

- Um curso de música
- Um curso de marketing
- Um curso de Inglês
- Um curso de modelo
- Uma grande "lata"

Resposta: Penso que em qualquer área se deve ter bases mínimas para exercer a actividade com alguma coerência. Mas, curso de modelo!?!?!... não é preciso para nada no mundo da música.


2 - Qual o melhor ambiente para se evoluir musicalmente?

- O conservatório
- Uma escola de Jazz
- A garagem
- Um grupo de amigos que goste de ouvir todos os tipos de música
- Frequentar a maior quantidade de concertos possível

Resposta: Epa, geralmente as garagens são frias e escuras... Os conservatórios em Portugal também não têm muito melhores condições, mas faz-se por lá umas coisas giras... Uma escola de Jazz, isso soa a coisa moderna, há-de ser bom... Amigos, sempre... Concertos, Amigos e Chá de Cevada... Paciência, Dedicação e Muita Paixão pela Música.


3 - Quando é que se consegue ir tocar às estações de televisão sendo
pago por isso?

- A partir da edição do primeiro disco
- Depois do primeiro disco de ouro
- Quando lá arranjas um amigo
- Quando consegues "meter" uma música na banda sonora de uma novela
- Quando já não precisas da televisão para nada

Resposta: As novelas fazem autênticos milagres... Amigos, sempre... Quando não se precisa da televisão para nada vai-se ao Cash Converts, também dá uns trocos... Mas seguramente, quando mudares o apelido para Carreira.


4 - Se os músicos que cantam em português têm sucesso no estrangeiro,
porque é que os que cantam em Inglês não têm?

- Tem a ver com a música que se faz e não com a língua em que se canta
- Porque no segundo caso os estrangeiros conseguem perceber as letras
- Porque a música é igual à deles, mas com pior pronúncia
- É uma questão de atracção pelo "exótico"
- Porque os que cantam em Português são melhores músicos

Resposta: Tem a ver com a música "exótica" que se faz e não com a língua em que se canta.


5 - E porque é que nem uns nem outros têm sucesso em Portugal?

- Porque os CDs dos portugueses são mais caros
- Porque o que vem de fora é mais bem promovido
- Porque o mercado é pequeno e só consegue vender o que é bom
- Porque na televisão só há música estrangeira
- Porque os media estão comprados pelo grande capital das multinacionais

Resposta: O mercado é pequeno e só consegue vender o que for melhor promovido... mesmo não sendo bom. "Santos da terra não fazem milagres", ainda se pensa assim.


6 - De quem é a culpa da falta de visibilidade da música portuguesa?

- Dos músicos
- Das editoras
- Dos media
- Dos promotores de concertos e agentes
- Do governo

Resposta: Músicos e editoras, podemos pôr algumas culpas. Depois, é um pouco o "efeito bola de neve". Mas, se os músicos não desenvolverem um bom trabalho, as editoras pouco investem...e por ai fora.


7 - Como é que o problema se resolve?

- Com uma lei mais severa
- Com mais debates na televisão
- Com mais salas para concertos
- Com mais trabalho por parte dos músicos
- Com a ASAE a apreender tudo o que é música estrangeira nas feiras

Resposta: Com mais trabalho por parte dos músicos, sim.


8 - Os discos "sacados" na net prejudicam os músicos?

- Sim, porque são discos que o público deixa de comprar
- Não, porque fazem chegar a música a mais gente e ajuda a aumentar as vendas
- Não, porque a maior divulgação leva mais gente aos concertos
- Sim, porque as editoras, ao vender menos, apostam menos.
- No fim das contas, é "ela-por-ela"

Resposta: Sim, é muito por aí, é "ela-por-ela". A maior divulgação é quando abdicas um pouco do lucro e propocionas ao público um acesso mais fácil ao produto. E a maior divulgação leva mais gente aos concertos, isso é óbvio.


9 - Qual foi o último disco que adquiriste/adquiriram?

Resposta: Marvin Gaye - "Let's Get It On"(Deluxe Edition 1973)


10 - Qual foi a tua/vossa última descoberta musical?

Resposta: Slimmy.





domingo, 4 de janeiro de 2009

Quem é o cromo? (18)

Depois do habitual periodo de neura "festiva", este ano um pouco amenizada por alguns "stresses" laborais (nada que se compare com o que muita gente tem passado por esse país fora, felizmente para mim), cá estou eu de volta para retomar a actividade do blogue. Ainda há algumas entrevistas por publicar (peço desculpa pelo atraso aos entrevistados), há comentários e críticas a fazer, mais alguns passatempos por inventar... enfim, logo se vê onde isto vai dar (a vantagem é que, se por acaso abrir falência, não deixo ninguém no desemprego).

O primeiro cromo do ano pode ser muito fácil ou muito difícil. Tudo depende de como olharem para ele à primeira. Mas isso já não é novidade, como se tem vindo a perceber ao longo destes meses que o jogo já leva. Sendo assim, boa sorte e olhinhos (e já agora cabeças - salvo seja) bem abertos.






E mais uma vez o Nuno chegou aqui e limpou o ponto. Os outros que não desanimem, que ainda há muito para jogar.

E, para não haver dúvidas de que o senhor que aqui está é o Pedro Burmester, aqui fica a foto: