Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Que tal o original? (4)



Entre as muitas coisas que não entendo está a súbita adoração colectiva por um músico ou grupo, traduzida em horas e horas de air-play nas rádios (sempre a mesma música à vez), prémios de isto e mais aquilo, grandes elogios públicos e conversas sobre... principalmente quando, musicalmente, o artista em questão até nem me parece grande "espingarda".

É o caso com os Gnarls Barkley.
É verdade que só conheço três músicas do disco (se as rádios não passassem sempre a mesma decerto conheceria outras) mas nenhuma delas me inspira sentimentos muito mais profundos do que a indiferença, a não ser uma: a versão de "Gone Daddy Gone" dos Violent Femmes, muito aclamada como se fosse uma grande coisa além de uma quase-colagem ao original menos tudo o que nos Violent Femmes é melhor que nos GB.
Se é para substituir músicos do mais espontâneo e destravado que se tem visto por aí por sequenciadores ranhosos e mal programados sem acrescentar nada de realmente diferente, mais vale estar quieto. Se a isto juntarmos o facto de nunca ter achado grande piada ao "Crazy" e estar agora no ponto de mudar de posto quando aquilo começa a tocar, lá vou eu na direcção da estante buscar o primeiro dos Femmes, ouvi-lo duma ponta a outra (todas as músicas uma vez cada uma, que antiquado, não sou?) e deixar-vos aqui o original para que não esqueçam.

"Gone Daddy Gone"
Artista: Violent Femmes
Álbum: Violent Femmes


terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Pescadinha...

Foi finalmente descoberta a razão para todos os atrasos do (eterno) próximo álbum dos Guns & Roses, "Chinese Democracy".

Segundo parece, Axl Rose está à espera de fazer o lançamento em simultâneo com a "propriamente dita" (a democracia na China).

Resposta chinesa:
"Se o tipo instaurar a Democracia nos Guns & Roses até somos capazes de pensar no assunto"

Mundos muito pequenos



É uma verdade que todos temos tendência para sobrevalorizar as qualidades dos músicos de que gostamos, sejam elas de teor técnico no domínio dos instrumentos, ou outras como a inspiração, a capacidade de se renovar ao longo dos tempos, o carisma, etc.

Sei que caio algumas vezes nesse "pecado" (é inevitável quando se gosta da música) e posso, por isso, compreender o fenómeno, até certos limites, a partir dos quais a coisa passa, na minha opinião, a entrar no domínio da paranóia, do fanatismo ou... da ignorância.

Vem esta prosa a propósito de um comentário que li há dias no blog da Rádio Radar, em que alguém (certamente irado por outro comentador ter dito que os Joy Division não sabiam tocar) dizia que o ex-baixista dessa banda, depois músico dos New Order, Peter Hook, era um dos melhores baixistas do mundo.

Não me vou agora aqui pôr a avaliar a prestação técnica do senhor (nem é preciso, os discos dos New Order estão por aí para quem os quiser ouvir) mas, perante o ridiculo da afirmação proferida apenas me resta dizer que há pessoas que vivem em mundos muito pequeninos!

Para desenjoar deixo aqui um solo de baixo a sério. Nem vou aos Stanley Clarke's e Jako's Pastorius do costume. O baixista em questão chama-se Victor Wooten, faz parte dos Flecktones de Béla Fleck e toca como podem ver aí em cima.

É um dos melhores baixistas do mundo?
- Não sei, mas acredito que deve haver ainda melhores.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Dedadas

Chama-se assim o disco do Sexteto de Jazz de Mário Barreiros, saido há meia dúzia de dias e do qual ainda não ouvi uma nota.

aqui falei do Mário Barreiros, há cerca de um ano, por isso não vou voltar a exaltar as qualidades do músico (até ia parecer mal para quem me conhece) mas quem não teve curiosidade suficiente para ir "à caça" de música para ouvir, tem agora a oportunidade de comprar a primeira obra (quase) em nome próprio (a composição é dividida com Pedro Guedes e Mário Santos). Embora o nome possa induzir em erro, Sexteto não é uma vaca travesti com meia-dúzia de tetas mas sim um conjunto de seis músicos, sendo que neste disco são os seguintes:

Mário Santos - sax tenor e clarinete baixo
José Pedro Coelho - sax tenor e soprano
José Luís Rego - sax alto soprano e clarinete
Pedro Guedes - piano
Pedro Barreiros - contrabaixo
Mário Barreiros - bateria

Ora, curiosamente (ou não, que eu até admito que a curiosidade para estas coisas não seja assim muita), o tema que dá nome a este disco (não deve ser outro com o mesmo nome, visto que é do mesmo autor) já tinha sido editado há 8 anos num disco do Carlos Barretto chamado Olhar. Nesse trabalho tocavam, além de Carlos Barretto (bem, o disco era dele...) e Mário Barreiros (também podia ter emprestado o tema mas não, tocava mesmo), Bernardo Sassetti e Perico Sambeat em piano e saxofone (agora adivinhem quem em qual...).

Enquanto não saio por aí à procura do "Dedadas" fica aqui a gravação de 1999, tocada por quatro dos grandes músicos de Jazz que se movem aqui pelo "rectângulo" à beira mar plantado, no que respeita a Jazz.


"Dedadas"
Artista: Carlos Barretto
Autor: Mário Barreiros
Álbum: Olhar

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Testes na net...

Your 1996 Theme Song Is: 1979 by The Smashing Pumpkins

Shakedown 1979
Cool kids never have the time
On a live wire right up off the street
You and I should meet


Devo dizer que encontrei isto no blog de uma amiga minha que, por sua vez o encontrou no site onde vão ter se carregarem no link aí de cima.
Nada de muito interessante. apenas mais uma curiosidade e uma maneira de passar tempo.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Tem música, tem voto!

É impressionante o investimento que a RTP tem feito no programa "Grandes Portugueses" e no esforço "paquidérmico" de nos levar a votar num dos "candidatos".

A coisa mete documentários, debates, anuncios, cartazes por todo o lado, "personalidades" a fazer de "testemunha abonatória", políticos, comentadores...
ele é sim, ele é não...

Por mim, foi só ao ouvir um hino de campanha entoado em "pseuduníssono" por um grupo de jovens (com ar de serem de boas famílias) que me decidi.

Tem música, tem voto!
Não sei bem quem ele é mas todos falam dele e ainda por cima é o único que dizem que está vivo!

Está resolvido. Vou votar no Aborto!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Versões (16)



Esta mania de fazer versões de músicas do Leonard Cohen já pegou há muitos anos. Deve mesmo ser dos autores que mais versões têm das suas canções.
Poderá argumentar-se que há muitas versões porque as canções são boas. Pois pode muito bem ser essa a razão e é até a mais provável.
Mas... não sei porquê, há algo que me diz que, de dentro da alma dos artistas que se entregam a esta tarefa em específico (sim, fazer versões do Cohen) há uma vozinha que lhes diz ao ouvido: "Não me digas que não fazes melhor do que o gajo, pá!".

No caso da versão de Madeleine Peyroux para "Dance me to the end of love" descobrimos que afinal a letra não estava trocada e que a canção afinal era mesmo um sensual e enleante convite para uma dança eterna (ou talvez não).
Não sei porquê, nunca tinha conseguido ver as "meninas do coro" a dignarem-se a dar um passinho que fosse com o "coitadinho" que parecia convidá-las na versão original. Sempre tive a visão de um bêbado sentado a um canto do antigo Ritz Clube a dar uma lábia à menina que passase mais perto e a levar tampas a torto e a direito (todos temos direito ao nosso teledisco, certo?).

Ok, admito. O que eu gosto mais nesta versão é não ter meninas a cantar
lala
lala-lala-lala
lala-lala-lala
la-la-la.


"Dance Me To The End Of Love"
Artista: Madeleine Peyroux
Álbum: Careless Love


sábado, 3 de fevereiro de 2007

Nós por cá... "Feromona"

Nós por cá... porque há música por aí meio escondida e vale a pena estar atento.

Feromona, banda com 4 anitos que reclama, entre outras, influências desde GNR a Ornatos Violeta, passando por Jorge Palma e Taxi, quando se fala de música nacional.

Pois sim, se quiserem (também só ouvi quatro músicas), mas o que interessa é que vale a pena ouvir, quanto mais não seja para se formar uma opinião. Para começo de conversa, agrada-me.
Os rapazes estão de partida para o Japão mas em Março já têm cinco datas previstas para quem os quiser ver por cá.

Se quiserem conferir a música o endereço é http://www.myspace.com/feromona
Recomendo especialmente a "Manife"!

Um Djembé trés cool
Fazia dançar
A malta que ali estava para reclamar

Fiz que era mais um
Do contra também
Mas a pose, enfim, não enganou ninguém