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domingo, 29 de janeiro de 2012

Coincidências

Acontece de vez em quando. Sais de casa para fazer uma coisa que gostas e pelo meio acabas por gostar mais de outra qualquer. São os dias bons.

Aconteceu hoje: "acostei" no Cascais Shopping para uma tarde de cinema (que concretizei com o novo do Clooney "Os Descendentes") mas acabei por ganhar o dia cerca de hora e meia antes, quando disse aos amigos que me acompanhavam numa visita à FNAC "só para fazer tempo": vai haver ali um concerto, vou dar uma vista de olhos, depois apanhem-me por lá.

O concerto era o "showcase" de lançamento do novo álbum dos MazeLab, "Evolution". Só não comprei o álbum porque estamos em crise, mas lá chegarei. Para já mostro-vos uma grande banda que conheci hoje, no vídeo que aí fica:


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Springsteen, novo álbum!

O novo álbum de Bruce Springsteen, "Wrecking Ball" é posto à venda no próximo dia 6 de Março. Só por si, a notícia já justifica menção. Mas o que vos trago aqui é mesmo o primeiro avanço fornecido para consumo geral: o single "We take care of our own", disponível já a seguir.



Springsteen chega com a mesma atitude política dos últimos anos e traz a mesma preocupação com um país cujo povo sente desanimado, deprimido, de braços caídos. Bruce tenta animar as hostes com um slogan militar, um pouco como já tinha feito em "Born in the USA". Se a receita costuma resultar nos Estados Unidos, por cá Springsteen ainda não se conseguiu libertar de todos os equívocos que a frase que dava título àquele álbum de 1984 provocou. Musicalmente, o novo single não acrescenta muito ao que Bruce Springsteen já fez, mesmo nos últimos tempos, antes pelo contrário. Veremos o que nos reserva o restante.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Curtas

Novo disco d' "A Naifa" já tem nome. Vai chamar-se "Não Se Deitam Comigo Corações Obedientes".

Só o nome, já promete!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Há raiva na boa esperança. É Rock 'n' Roll!














"O tempo passa, eu também!"

No fim de 2011 saiu o novo dos Trabalhadores do Comércio, "Das Turmêntas hà Boua Isperansa" que, por razões "logísticas", me chegou neste início de 2012. Curiosamente vi-me com mais tempo para estas andanças da "crítica musical" (por oposição a outras agora mais paradas) e achei, perante a imponência da coisa, que não ia daqui sem uma palavrinha ou duas.

Para começo de conversa, tenho a dizer que nunca vi até hoje nada, em termos de edições musicais portuguesas, que se chegue à qualidade desta nova obra dos Trabalhadores do Comércio. Pelo preço de um CD (e nem é dos caros) temos acesso, não só ao propriamente dito, mas também a um livro que conta, numa envolvente gráfica muito bem conseguida, entre imagens de antologia e documentos de inegável interesse histórico para a compreensão daquilo a que se convencionou chamar o "Boom" do Rock Português no início dos anos 80, a história dos Trabalhadores do Comércio. Entre episódios mais corriqueiros e outros mais escabrosos, a escrita de Sérgio Castro dá a sequência devida ao tempo e à gente que passou pela banda. Muita informação. Tanta que, não tendo ainda chagado ao fim da leitura, achei que já era mais do que tempo de fazer a divulgação.

Eis-nos então chegados à música do novo CD dos Trabalhadores do Comércio. Preparado para mais uma barrigada de boa disposição, a primeira audição reservava-me uma pequena surpresa: sim, as letras continuam mordazes mas, comparado com a atitude trocista e irónica de quase todo o anterior "Iblussom", este novo álbum traz mais raiva do que festa, mais política do que costumes e mais nomes nos bois (ou boys?). Mas sempre, como sempre, com muito boa música. Se as letras reflectem o espírito de quem as escreve (mais arrevezado João Médicis, mais directo Sérgio Castro), a música estende-se, como é hábito, por vários estilos musicais unificados, como já acontecia em "Iblussom", pelo reconhecível e distinto som "à Trabalhadores". Começando no épico prog-cinéfilo "Hino à Desanexassom" e terminando no exercício tecno-político "Fantuxada Mix" (com participação especial de ex-ministro e tudo), a barca da "isperansa" navega por entre ondas Funky, Rock e Blues com espuma Country, Doo-wop ou mesmo Surf-Rock à Beach Boys (terei sentido lá atrás um balanço Arte & Ofício?), tudo "compactado" pela boa tecnologia do século XXI.

Se não há maus momentos? Bom, será talvez uma questão de gosto mas eu teria dispensado a nova versão em jeito de "Bolero" de "A Cansão Quiu Abô Minsinou". De facto não gostei da nova roupagem mas há que dizer que, das músicas dos primeiros tempos dos Trabs, esta seria talvez a minha preferida e continuo a achar um achado aquele balanço "Reggae-fadunxo" do original. Tirando isto, apenas o pequeno erro da troca de ordem no disco entre "Dálhe cordÓ Cucu" e "Abestruzurbana", que se torna chato para um tipo picuinhas como eu.

"Das Turmêntas hà Boua Isperansa" é, então, um disco menos bem disposto do que o seu antecessor mas, em todo o caso, um excelente trabalho. Ao fim de 30 anos a formação está unida e estabilizada num colectivo de excelentes músicos. A banda é grande? Bom, já não é o trio de antigamente mas eu diria que não há ninguém a mais. E isto inclui os convidados!

"hà Boua Isperansa"! Se o próximo for uma festa será bom sinal... ou velhice?

Fica aí a tocar:

"Gladiador"
Artista: Trabalhadores do Comércio (letra de António Garcez)
Álbum: "Das Turmêntas hà Boua Isperansa"


Nova descoberta: Brutus

No futuro tentarei trazer mais informação. Por agora fica a formação:

Francisco Abreu - Guitarra
José Salgueiro - Bateria
Miguel Amado - Baixo