Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Too Hot, I guess...


Imagem: JNPDI

O prédio que albergava o Hot Clube de Portugal foi esta noite gravemente danificado por um incêndio que deflagrou num dos andares de cima, há bastante tempo devoluto. A notícia é triste mas não me espanta tanto como isso. Há muitos anos que o edifício mostrava sinais de ruína e não parecia haver solução à vista. Da mesma maneira, o próprio espaço do Clube, embora com o ambiente a a carga histórica que lhe davam o encanto que ainda tinha, já não era suficiente para um funcionamento eficaz e, em dias de concerto, nem se via nem se ouvia (nem sequer se bebia) nada de jeito.

Falava-se há muito tempo em recuperar o prédio e na cedência do mesmo ao Hot. O estatuto de utilidade pública é mais do que justo e o Clube merece voltar à Praça da Alegria em breve, usufruindo desta vez de um espaço com as dimensões necessárias, não só para o bar e sala de concertos, mas também para a escola, hoje em dia um dos principais centros de formação dos bons músicos que se vão ouvindo por cá, e para um espaço museológico sobre a história do Jazz em Portugal e do próprio Clube, protagonista de um património com mais de 60 anos. Quanto ao dinheiro necessário... é de certeza bem menos do que aquilo que se desperdiça em incompetência todos os anos!

Talvez seja esta a oportunidade que se esperava!

Mais do que chorar desgraças, vamos todos exigir um novo Hot Clube de Portugal. Alinham?

Para ajudar à leitura, fica uma das boas músicas que ouvi ao vivo no Hot:


"3.4.7."
Artista: Suite da Terra (Carlos Barretto, Mário Delgado, José Salgueiro)
Álbum: Suite da Terra

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Notícias "na hora"?

Mais uma adição aqui ao blogue: uma barra que vai passando notícias de música aí em cima. Não liguem muito às datas, algumas notícias já têm uns dias. Tudo bem. Às vezes também dá jeito saber de coisas que se passaram sem nós sabermos, quanto mais não seja para ficarmos mais atentos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mudanças forçadas

Não, não se enganaram no blogue. Ainda é o mesmo, só mudou um pouco de aspecto.

A única grande mudança está nos comentários, que foram mesmo os causadores da alteração. Os senhores do Haloscan resolveram mudar o sistema e, já que estão com a mão na massa, toca de pedir dinheiro para fazer a "migração". Nem é tarde nem é cedo, os do Blogger ainda são à borla. A chatice é que os comentários já feitos deixaram de aparecer. Mas não se perderam. Estão todos aqui guardadinhos para eu ler de vez em quando. Entretanto, começa uma nova fase de comentários e até nem é má altura, visto que já há uns tempos que ninguém comentava nada (sim, eu sei que também não tenho escrito grande coisa).

Esta não é, para já, a versão final. Não se espantem se houver mais mudanças nos próximos dias.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Uma questão de frequência

Antes de mais tenho de admitir que pouco ou nada percebo do assunto e pode até haver uma ou mais explicações plausíveis para o facto, mas a verdade é que nunca percebi porque é que as rádios ditas "nacionais" têm tantas posições atribuídas no estreito espaço do FM. A primeira resposta que me vem à mente é a habitual: "porque as frequências vão variando ao longo do país e há áreas que apanham a emissão de várias zonas diferentes". Agora, alguém me explica como é que isto se justifica num país com o tamanho de Portugal? Se há essa distinção entre rádios "nacionais" e "locais" não seria lógico que às primeiras fosse atribuída uma única frequência ao longo de todo o país e as outras se distribuíssem pelo espaço livre das respectivas regiões?

Seguindo pela clássica teoria da conspiração poderíamos até conjecturar que isto está feito assim para beneficiar as grandes marcas de auto-rádios com RDS mas nem as marcas ganham grande coisa com isso nem o sistema RDS existia quando a confusão foi criada.

O resultado disto?

Bom, o resultado disto é andarmos em viagem por Portugal e, em zonas com captação de duas ou três rádios, haver quatro frequências diferentes com a Renascença ou a Antena 1, que acabam por se sobrepor em algumas áreas às pobres das rádios locais que, com emissores obviamente mais fracos, acabam por se ver completamente "abafadas". Isto nas zonas com poucas rádios...

Dando a volta pelo outro lado, nas zonas com maior densidade populacional e, portanto, com mais espaço para o aparecimento de rádios locais e outros tipos de rádios privadas, depois do "abarbatanço" de 4 a 6 posições de cada uma das "nacionais" RR, RFM, Antenas 1, 2 e 3, fica tão pouco espaço para as outras que, mesmo bem diferenciadas e com emissores potentes e bem regulados, acabam por ficar todas quase em cima umas das outras resultando no fenómeno a que assistimos, por exemplo, na zona de Lisboa, fenómeno esse a que poderiamos dar o pomposo nome de "Éter Fanhoso" e que se traduz na prática, e pegando no exemplo da Radar, que é a que ouço mais (mas há muitos outros) no seguinte: saio das Mercês a ouvir bem, entro no IC19 com a RCS a "meter o bedelho", ouço bem na zona de Paiões, mal no Cacém (no Cacém ouvem-se todas mal), bem na CREL, com volume muito mais alto na Marginal e perco-a de todo ao entrar em Lisboa, o que é curioso, visto que a Radar emite da zona de S. Sebastião da Pedreira.

Fazendo as contas a isto tudo, dá-me ideia que, organizando um pouco as coisas neste domínio (sim, eu sei, sou um sonhador...), não só ouviríamos muito melhor as rádios que temos como haveria ainda espaço para termos algumas outras, e quem sabe se não seriam essas as "mesmo boas"? (sei lá, com pessoas que soubessem de música e de rádio e de... pois, estou outra vez a sonhar, desculpem).

Termino com um sábio conselho que, de já tão enraizado no imaginário popular, extravasou há muito o contexto da "marota" anedota que lhe deu origem:

"ORGANIZEM-SE!!!"