Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

sábado, 28 de janeiro de 2006

Não basta tirar o "B"...

... Para ir de Bryan Adams a Ryan Adams!



Para dizer a verdade, nem têm nada a ver um com o outro, para além da parecença do nome e do facto de ambos terem nascido no mesmo dia (mas com 15 anos de diferença).

Pode dizer-se que nunca se sabe como Ryan vai aparecer a seguir. Com os Cardinals ou a solo (mais o que inventa pelo meio) e qual o caminho que segue em cada disco em nome próprio.

Este "29", de 2005, vale a pena ouvir. Não os conheço todos mas garanto-vos que já ouvi coisas muito diferentes e algumas até desinteressantes. Não é o caso deste e aconselho vivamente a audição e a compra.

Para dar um pequena ideia do que podem encontrar, para além da música que fica a tocar, posso fazer como nas lojas de discos online:

"Os ouvintes que gostaram deste disco, gostaram, em alguma parte das suas vidas de artistas como Neil Young, Tim Buckley, Chris Isaak, Roy Orbison, Radiohead ou Tom Waits"

Starlite Diner
Artista: Ryan Adams
Álbum: 29

terça-feira, 24 de janeiro de 2006

"Bolinando" em Azul


Imagem: Rui Azul

Uma das vantagens de se tocar vários instrumentos (e tocá-los bem) é poder fazer a música que se quer sem ter de a explicar a ninguém, evitando as perdas inerentes à comunicação e os ruídos na transmissão.
Rui Azul toca tudo e mais alguma coisa neste disco. Além dos instrumentos, ainda é o resposável pela produção e tudo o que com ela se relaciona e ainda mais a banda desenhada e os textos. É obra! Se, por um lado, dá azo a pequenos exageros nos adornos aqui e ali, por outro traz uma coesão notável e uma sensação de que o autor conseguiu (mesmo quase) chegar onde queria ir.

É, na minha opinião, um excelente disco de Jazz, na linha de outros excelentes discos de Jazz feitos em Portugal por pessoas como Laurent Filipe, Carlos Barretto, Carlos Bica e vários outros com a característica inerente a todos eles: nenhum é igual nem parecido com algum dos outros, nenhum se fecha na esterilização criativa que caracteriza o Jazz tradicional, nenhum embarca na frieza estética que vai caracterizando muito do Jazz que se faz na Europa e todos têm algo em comum que não consigo explicar. Será do Sol?

Neste caso, mais do que na maioria dos outros, a música apela a viagens que se vão tornando familiares pelo norte de África mas estende-se mais para Este pela rota da seda (ou da sede) até ao Extremo Oriente, fazendo-me encontrar pelo caminho referências que fui acumulando ao longo dos anos, desde Fausto a Tuatara (já aqui falei deles).
Como também já disse algures por aqui, não sou fã de "Free Jazz" (leia-se "Jazz dissonante", que eu não sou muito entendido nestas coisas dos "compartimentos") mas até este tem coisas que me fazem abrir excepções, no caso as "667 sucessivas salsichas" (música 14) , uma das minhas preferidas neste disco mas que não vou deixar aqui a tocar porque já sei que ía ter protestos.

Assim sendo, fica aqui a música 2, precisamente "Rotas da Sede" que funciona um pouco como súmula para quem quiser descobrir o resto do disco. Se quiserem, podem fazê-lo aqui. Não perdiam nada, antes pelo contrário.

Podem ver o Rui Azul em "Sax solo Concerto" no Sábado, 28 de Janeiro, às 21:30 h no Centro Cultural Mestre José Rodrigues, em Alfândega da Fé.

PS: É evidente que o Jazz é um tipo de música que se presta muito a ser prisioneiro de um certo tipo de "análise pericial". Ora, não sendo eu de maneira nenhuma "perito" em Jazz tive forçosamente de analisar o disco à luz do pouco que conheço do "estilo" e da muita música que fui ouvindo ao longo dos anos. Mas se calhar, às vezes um olhar "amador" consegue ver coisas a que o "profissional" já não dá importância, não é?

segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

Trocar as voltas aos deuses...



"Para quê fazer projectos
Quando sai tudo ao contrário?
Pode ser que por milagre..."


"Passeio dos Prodígios"
Artista: Jorge Palma
Álbum: Norte


quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

Poguetry in Motion




Lamentava-se o Verde, há uns tempos, de não ter chegado a ouvir o "Fairytale of New York" dos Pogues quando eu o tive aqui a tocar durante mais ou menos um dia.

Para compensar, vou deixar aqui uma canção que nem todos conhecem, já que só apareceu no EP "Poguetry in Motion" e depois numa ou duas colectâneas.

Esta foi, para mim, a melhor fase do grupo, o tempo da colaboração com Elvis Costello (sim, esse gajo outra vez) que produziu, além deste EP, o álbum "Rum Sodomy & the Lash", talvez o melhor de todos e o primeiro que ouvi na rádio, ainda eles não eram publicados em Portugal (obrigado António Sérgio, sempre "muito à frente").

"Rainy Night in Soho"
Artista: The Pogues
Álbum: Poguetry in Motion (EP)

Lei da rádio para a música portuguesa. Ou não?

Pois fiquei a saber que a definição de música portuguesa que consta na lei que será votada amanhã é a seguinte: "Música feita em Portugal por portugueses ou não, em português ou não e música em português proveniente dos países de expressão portuguesa.

Espera-se pois a reedição da "ponte cultural" Brasil-Portugal (só com um sentido, claro) tal como aconteceu nos inícios dos 80's e a ascensão do circuito "PALOP" às rádios nacionais. Por outro lado, pela definição anunciada, discos como "Live in Lisbon" do Bryan Adams e dos Pearl Jam estarão incluídos na lei. Já o próximo disco que, por exemplo, os Moonspell forem gravar à Alemanha (cantado em inglês) estará fora.

Enfim, eles é que sabem. Eles é que ganham as reformas!

E cabeçadas na parede, não?

Foi divulgado um estudo que revela que os portugueses compram mais música portuguesa e lusófona do que as rádios passam!

Ora todos nós já sabíamos que quem está à frente das rádios em Portugal não regulava muito bem.
Se soubessem ler os números, se calhar nem era precisa a tal "lei da rádio". Para ir ao encontro dos gostos do público, as próprias rádios passariam mais música portuguesa e ganhariam audiências. Isso faria com que o público ficasse a conhecer mais e, consequentemente, comprasse mais e por aí fora.

Não!
Aquela cambada de marretas continua a passar o que lhes pagam para passar (ainda não sei quem mas hei-de descobrir), continua a massacrar os ouvidos com a mesma música todos os dias e o resultado é:
"Porra, já não posso ouvir isto, deixa-me cá comprar alguma coisa que não passe na rádio!"
Bom, se estivessem numa de Psicologia Invertida, a coisa estava a funcionar bem. O pior é que não estão e se calhar um bocado de "Pxicologia Romana" (esta é para quem gosta de Asterix) pela cabeça abaixo não lhes fazia mal nenhum.

sábado, 14 de janeiro de 2006

As músicas da nossas vidas (8)




Neste caso é um álbum.
O primeiro álbum dos Secos & Molhados (não, não são os polícias).

É um daqueles discos que, à distância destes anos todos, me parece mal tocado e mal produzido mas de que não consigo deixar de gostar, não só pelo que significou na época mas por uma razão qualquer que me escapa e que, no fundo, são as tais razões importantes para se gostar ou não de qualquer música. Gosta-se e pronto!

Para não ser a habitual "Rosa de Hiroshima", fica aqui esta a tocar:

"Sangue Latino"
Artista: Secos & Molhados
Álbum: SEcos & Molhados

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Não percam, a partir de amanhã!


Foto: http://www.piones.com/

Um Prego Ridículo
Conjunto de sketches de humor de situação, absurdo, negro, cinzento e grená, alinhados segundo critérios subjectivos demais para explicar em poucas palavras, emparelhados e atados uns aos outros pelas partes de trás e também pela frente, com o propósito de fazerem algum sentido e provocarem no espectador uma sensação vagamente parecida com o riso (ou mesmo o riso propriamente dito) e cujo fundamento filosófico radica no pressuposto de que um pionés, embora sendo aparentemente um prego ridículo, pica que se farta.
(Texto de apresentação retirado do site do programa aqui)

Não será um programa de música mas é um programa com música do meu amigo Belche, que também dá uma ajudinha nos textos.
Embora no site do programa diga que começa às 21 horas, o Belche e o site da Sic Radical dizem que é às 21.30.
Se quiserem ter a certeza, podem sempre mudar para a Sic Radical às 21 horas e ver também o "Curto Circuito Estudio 2", esse sim, programa de música em que podemos ver bandas portuguesas ao vivo. Depois vemos o "Pionés" e quem gostar pode continuar e ver a "Buffy dos Vampiros" (Blhac).

Ora então vamos lá todos a pôr um "post-it" bem visível para não nos esquecermos de ver o primeiro episódio. Se for bom, vemos todos. Se não prestar, passamos a ver o "Curto Circuito Estudio 2" e pronto!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

Centro de Informação da Música Portuguesa

Foi apresentado ao público, no dia 6 de janeiro, o site do CIMP.
Mais precisamente, trata-se de um site de informação sobre a música portuguesa, mas na sua vertente mais "erudita":

O CENTRO DE INFORMAÇÃO DA MÚSICA PORTUGUESA, com vocação de serviço público vem colmatar uma lacuna no domínio da visibilidade da criação musical portuguesa; promovendo activamente os compositores e intérpretes portugueses, disponibilizando informação, distribuindo publicações, gravações, partituras, etc.; usando para tal os recursos virtuais actualmente disponíveis. O seu principal objectivo é pois divulgar e encorajar a interpretação e conhecimento da música portuguesa à escala mundial.
(texto de apresentação retirado do próprio site do CIMP)

Saúda-se a iniciativa e aconselha-se a visita. O site já conta com bastante informação útil, embora alguma já se encontre desactualizada (!).

Enfim, todos sabemos que manter um site sempre em dia é difícil e quando se trata, por exemplo, de informação sobre os artistas é verdade que a falta de actualização dos CVs é muitas vezes da responsabilidade dos próprios.

Alguém sabe de mais sites de informação sobre música portuguesa, no geral ou em particular?
"Faxavor" de deixar aí nos comentários!
Obrigado!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

São mesmo estúpidos!!!

"Os fãs de Oasis são estúpidos"
Quem o diz é Noel Gallagher. O guitarrista da banda britânica classificou os fãs de "estúpidos" por fazerem-no "desperdiçar horas" da sua vida a assinar autógrafos e a posar para fotografias. «Não gosto de tirar fotografias com eles, porque metade dos nossos fãs são demasiado estúpidos para usar uma câmara. Já desperdicei horas da minha vida com idiotas de câmaras na mão que nem sequer sabem trabalhar com o flash», afirmou Noel Gallagher. Noel teve ainda tempo para criticar os caçadores de autógrafos: «Depois há aqueles que vêm ter connosco e perguntam "Podes dar-me um autógrafo?". Tu dizes "Sim, vamos a isso". Depois eles dizem "Não tenho caneta". Isso é como aparecer num jogo de futebol sem botas».


(Notícia retirada do site da Sic Radical)

Pois, digo eu, só podem mesmo ser estúpidos! Aturar as parvoíces e a falta de educação dos meninos e continuar a ser fã não pode ser de gente inteligente.

Embora não goste muito da música deles ainda admito que haja quem goste. Mas, meus amigos, ouçam a música e borrifem-se para os homens.

Sempre gostava de ver o que eles diriam no dia em que ninguém lhes ligasse "pevas"!!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

Bom, e já agora...



Para resolver este assunto de vez, como tinha de ir à loja fazer uma troca, aproveitei e trouxe o primeiro e o segundo, que até estavam a preço simpático.
Juntamente com a prendinha do post anterior e mais o "Darkness..." e o "The River" que já constavam na estante, fiquei com o essencial do senhor Springsteen também em CD.

Sim, ainda me faltam alguns mas se os comprar um dia é mesmo só para completar a colecção e será sinal de que a crise do país terá ficado definitivamente para trás.

Para quem não conhece, chamam-se respectivamente "Greetings from Asbury Park, N. J." e "The Wild, the innocent & the E Street Shuffle" e eu gosto! (bom, não serão como os que se seguiram mas ajudam muito a perceber como a coisa se passou).

Ah!
Só para lembrar:
O "Born in the USA" não é o primeiro, não é o único e nem sequer é dos melhores álbuns do Springsteen!

E esta????

quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

Born to Run há 30 anos


Já aqui contei como conheci a música do Springsteen. Está contado, não vale a pena repetir.
Na altura, quando comecei a tentar comprar os discos, o primeiro que consegui com edição portuguesa foi o "The River". Todos os anteriores foram aquiridos por meios duros e difíceis.
O primeiro "Darkness on the Edege of Town" foi uma edição espanhola e chamava-se "Obscuridad al borde de la ciudad". Mais tarde consegui encontrar uma versão holandesa e comprei-a. O primeiro também é uma versão espanhola e o segundo é uma edição inglesa que me trouxeram da Holanda, já em desespero de causa.
O registo de que se fala hoje, consegui comprá-lo em 83. Mais uma edição holandesa descoberta algures em Lisboa (suponho que na discoteca Roma).

Mais tarde vieram os CDs e, como é evidente para um rapaz pouco abastado como eu, nunca consegui repôr a colecção "Springsteeneana" no novo suporte. Fui comprando os novos mas fui deixando alguns dos antigos para mais tarde.

No que respeita a este "Born to Run", ainda bem que ainda não o tinha em CD. Fiquei a ganhar em grande com a prendinha que recebi este ano. Veio o CD, mais um livro de fotos e mais dois DVDs: um "making of..." e outro ao vivo em Londres na respectiva digressão que se seguiu.
Não há aqui nada que seja dispensável e, apesar de os DVDs juntarem um monte de informação ao que já conhecia (ou esclarecerem muito do que desconhecia) sobre este disco, "Born to Run" continua a ser o que sempre foi:

- Cinema de "Imagem livre" induzido em tempo real. E não se consegue duvidar duma única palavra do que aqui é contado.

Podia aqui pôr a tocar qualquer das músicas do disco. Há algumas mais "cinemáticas" ainda do que esta, outras mais "potentes", outras mais "escondidas" mas esta é "Thunder Road" e pronto! Eu chego aqui e fico-me! Fazer o quê?

"Thunder Road"
Artista: Bruce Springsteen
Álbum: Born to Run