Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

segunda-feira, 31 de julho de 2006

Outra vez a RTP

Não sei como é que eles conseguem, mas lá se arranjaram para fazer outro programa, supostamente de música, sem pés nem cabeça, chamado "A canção da minha vida"

"Famosos, boa disposição, música e competição são os ingredientes deste formato de puro entretenimento" , eis a definição que vem no site da televisão "pública". Se calhar, cortando os famosos, a competição, a "boa disposição" ao estilo Isabel Angelino ("ajudada" no Sábado passado pelo Carlos Ribeiro), nem mesmo assim, só com a música, o programa se escapava. Porquê? Adivinharam! Trata-se do "enésimo" programa de "Melodias de Sempre", com versões de músicas (a maior parte delas com os autores/intérpretes ainda no activo), cantadas de maneira no mínimo "casual" por cantores medianos ou em início de carreira, com arranjos do mais bacoco que há e tocadas por bons músicos que não têm culpa de ter de pagar as contas no fim do mês (até doi ver ali o Tahina e o Tomás Pimentel, por exemplo).

Antes os tele-discos e as gravações antigas!
Mais uns dinheiritos públicos gastos com uma oportunidade perdida!

Entretanto não desanimem que, no próximo Sábado volta o Fernando Pereira!
E se eu tenho razão???

"TV WC"
Artista: Taxi
Álbum: Taxi


sábado, 22 de julho de 2006

Afinal havia erro!

Num comentário que fiz há uns dias sobre a aquisição do livro "Memórias do Rock Português" de Aristides Duarte, referi que esse livro estava à venda na CDGO mas que não o ía comprar lá por causa do elevado preço dos portes.

Pois hoje recebi um mail da própria loja a esclarecer que tinha havido um erro no site e os preços de portes que apareciam por defeito estavam errados e muito mais caros do que o valor real.

Na verdade, ao voltar ao site, o preço que me apareceu (3,50€+1,00€ de cobrança) já me pareceu normal.

Assim sendo, quem quiser o livro é só ir lá, registar-se e encomendar. Já agora, aproveitem para fazer umas buscas que eles às vezes têm coisas que não são fáceis de encontrar.

Deta vez não é pub à borla. É justo repor a verdade quando alguém admite um erro.

Expliquem-me...

... O Fernando Pereira virou dono da RTP?

Nos últimos meses temos sido bombardeados por espectáculos do FP por qualquer razão e nenhuma, não se percebe porquê.

Numa televisão que praticamente não passa músicos portugueses, que não tem um programa de música (o Top+ é um programa de publicidade), muito menos de música portuguesa, dá-se um tempo de antena quanto a mim um pouco exagerado (não digo que que lhe cortassem o pio de vez) a um artista que faz imitações de outros músicos, com opções estéticas no mínimo discutíveis (eu não gosto, pode haver quem goste) e que tem um concerto transmitido na íntegra em que, na maior parte do tempo, canta em "Play-back".

Um de vez em quando até compreendia mas com esta frequência há aqui algo que precisava de ser explicado, ou não?

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Xiiii... Olha estes!



Andava eu ontem à noite a fazer um zapping (a garota ocupou o PC, por isso eu ocupei o comando) quando, chegado ao Mezzo, dou de caras com uma guitarra acústica e um par de mãos. A música era familiar, "exclamei a exclamação" acima e ali fiquei até ao fim do "purgama"!

O aspecto dos rapazes, principalmente do Di Meola e do McLaughlin, ainda era mais foleiro do que na foto acima, as guitarras dos mesmos dois eram as execráveis Ovations (praga dos anos 80, não gosto, pronto!) mas com estes tipos até elas soam bem.

Três estilos diferentes de tocar, escolas diferentes, som diferente, personalidades diferentes e o resultado que se pode ouvir.
Como ouvi há uns tempos noutro "purgama", "uma boa razão (no caso três), tanto para começar a tocar como para nunca mais tocar" (dizia o Kiefer Sutherland falando do Brian May)

"Guardian Angel"
Artista: Paco De Lucia, Al Di Meola, John McLaughlin
Álbum: Friday Night in San Francisco

Pub (gratuita... quando é que eu aprendo?)




Os Trabalhadores do Comercio vão finalmente estar AO VIVO na próxima sexta-feira, dia 28 de Julho, a partir das 23:00 horas, e a partir a louça toda, no BELA CRUZ do Porto. Esta sala emblemática está situada ao fundo da avenida da Boavista, na Foz.

Os Trabalhadores, na sua formação original de 1980, vão apresentar uma mistura entre os novos temas que integram o CD single acabado de editar, o albúm a sair no fim do ano e muitas das canções que tornaram conhecido o estilo da banda durante os anos 80-90, só que agora em versões actualizadas.

Faltar a este concerto é como abster-se numas eleições. Comparecer é um dever.

As entradas vendem-se à porta do Bela Cruz no día do espectáculo.

A luta continua....


www.trabalhadoresdocomercio.org

(Missiba binda de... num bi o meile!)

Passam-se?

Tudo bem, os "the Strokes" são uma boa banda que faz boa música, não discuto isso!

Mas porque raio de carga de água é que, por ocasião da vinda deles a Portugal, os "animadores" das rádios que tenho ouvido nos últimos dias se lançaram numa promoção desenfreada ao concerto como se fosse o único acontecimento musical do ano (da década?!?!), chegando mesmo, em alguns casos, a entregar-lhes o título de "melhor banda do mundo na actualidade" como já ouvi algures?

Está-me a escapar alguma coisa que eles tenham feito de extraordinário, é apenas mais um caso de "carneirada radiofónica" ou há ali alguma nova espécie de "campanha de marketing" de que eu, na minha ingenuidade, ainda não tinha conhecimento?

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Sérgio Castro... de memória!

Aqui há dias o Sérgio Castro (sim, o dos Trabalhadores do Comércio e Arte & Ofício) passou por aqui e prometeu voltar para deixar algumas histórias "de época" para mitigar a nossa falta de informação e dar umas achegas à pouca literatura disponível sobre o Pop-Rock português.
O texto de há alguns dias atrás, escrito como resposta, está nos comentários.
O de hoje, apesar de também lá estar, é de carácter mais geral e salta para aqui.
Aqui vai:

Sobre o 25 de Abril e a música em Portugal:

Quanto ao 25/4 (esta moda da data é mais uma das curiosidades que nos deixou o 9/11) seguramente terá afectado a música em Portugal. E poderia ter afectado ainda mais, não fora o carácter reacionário do povo Português. Se entendermos por reacionário aquele ou aquela que reage a um estímulo exterior, a coisa nem é grave, mas neste caso a tendência é para reagir de imediato a qualquer estímulo desconhecido, não exercendo a capacidade de análise e, simplesmente, agindo da forma mais animal, atacar ou escapar.
As liberdades conquistadas com o 25 de Abril foram assustadoras para mais que muitos, que de imediato a taxaram (à Liberdade) de demasiada, exagerada e, inclusivamente, perigosa. Assim ficaram os testemunhos de vários movimentos pós 25 de Abril, mais ou menos abortados, vindos dos mais diversos quadrantes políticos, que em nome da liberdade tentaram ‘salvar’ a nação.
Se foi assim na política, porque havería que ser distinto na música? Até porque aí a revolução já tinha começado antes. Por uma parte os ‘baladeiros’, como normalmente eram referidos os que escreviam e musicavam poemas de protesto contra a ditadura e o sistema em geral, por outro lado os músicos de rock, que faziam a apologia do sexo desenfreado e do consumo de drogas como forma de provocação, ainda que não consumissem assim tanto de nenhum deles. Noutro vértice do triângulo os cultivadores do jazz com a sua atitude distante. As outras músicas, fado, folclore e música ligeira, gozavam em muitos casos do apoio oficial e representavam o que as geraçoes dos nossos pais consumiam, mais ou menos sem critério.

Ainda durante a ditadura, os que realmente incomodavam as autoridades eram os ‘baladeiros’ (que os espanhóis classificam, com bastante mais bom gosto, de ‘cantautores’), já que a mensagem era comprometedora na imensa maioria dos casos. Os textos punham o dedo na ferida, acusavam o poder de corrupto e repressivo e alentavam à revolta. Os do rock e os do jazz, como estavam fora de fase, anulavam-se mutuamente, não chegando a incomodar os governantes. Só assim se compreende que Vilar de Mouros tivesse sido possível dentro da conjuntura, no mesmo ano em que a censura proibiu a récita de finalistas do liceu que eu frequentava, por ter dois espaços de ‘baladas’ e uma adaptaçao da obra teatral A Gota de Mel de Léon Chancerel.
Os dois colectivos electro-acústicos classificavam as ‘baladas’ de uma grande ‘seca’, e entre si trocavam piropos do género:
- os roquetas são uma pandilha de flipados que não se lavam e só sabem 3 acordes;
- os do jazz são uma manada de intelectuais frustrados, cuja música faz sono ou não há quem entenda em que tom está – além disso usam esses barretes horríveis que não dizem nada bem com as camisas de flanela aos quadrados.

Se não fôssemos esse povo, talvez não tivesse sido mais ou menos assim e de certeza que o 25/4 teria sido altamente influente na música portuguesa. Mas se não fosse assim o povo, talvez não tivesse havido revolução, nem falta fazia, pois seguramente nunca teria havido ditadura...

Sérgio Castro, 16-07-2006

domingo, 16 de julho de 2006

Anos 70 (parte V)



Não sendo mentira que o rock português tinha muita dificuldade em chegar às rádios antes de 1980 (nisso estamos melhor do que nos 70's mas a milhas dos 80's), também não deixa de ser verdade que, volta-e-meia, lá havia um disquito que rompia o bloqueio. Podería falar dos Sheiks ou do Quarteto 1111 antes do 25/4 ou, depois disso, dos Ananga Ranga e Jafumega no Rock em Stock do Luís Filipe Barros ou da Banda do Casaco e Trovante naquela que hoje é a Antena 1 (na altura suponho que era o Canal 1 da RDP, não me lembro bem).

Há uns dias, numa das minhas buscas pela net, procurando alguma coisa sobre os Perspectiva, dei de caras com um site chamado ArtBarreiro. com que, juntamente com alguma informação sobre esta banda, nos presenteava com a possibilidade de download dos dois singles da banda.
O primeiro deles é uma daquelas músicas que chegaram a passar com alguma insistência na rádio, a suficiente para, 29 anos depois, eu ainda me lembrar de partes da letra e ser capaz de trautear partes dos solos.

Vou deixá-la aqui para espevitar a memória a uns e mostrar aos outros mais um pouco do que se fazia em Portugal nos idos de 1977.

"Lá fora a cidade"
Artista: Perspectiva

quarta-feira, 12 de julho de 2006

The Madcap Laughs... e abandona o palco tranquilamente!



Nobody knows where you are, how near or how far.
Shine on you crazy diamond.
Pile on many more layers and i'll be joining you there.
Shine on you crazy diamond.
And we'll bask in the shadow of yesterday's triumph,
And sail on the steel breeze.
Come on you boy-child, you winner and loser,
Come on you miner for truth and delusion, and shine!



Syd Barrett morreu dia 7 do 7.
Segundo se diz, ainda escrevia e pintava.
Música já não.

... Mas parece que ainda ria!

"Shine On You Crazy Diamond (part 9)"
Artista: Pink Floyd
Álbum: Wish You Were Here

segunda-feira, 10 de julho de 2006

As músicas da nossas vidas (11)



Eu sei, já aqui tinha posto uma deste disco!
Há alguns assim.

Phantasmagoria In Two

If a fiddler played you a song, my love
And if I gave you a wheel
Would you spin for my heart and loneliness
Would you spin for my love

If I gave up all of my pride for you
And only loved you for now
Would you hide my fears and never say
"Tomorrow I must go"

Everywhere there's rain my love
Everywhere there's fear

If you tell me a lie I'll cry for you
Tell me of sin and I'll laugh
If you tell me of all the pain you've had
I'll never smile again

Everywhere there's rain my love
Everywhere there's fear

I can plainly see that our parts have changed
Our sands are shifting around
Need I beg to you for one more day
To find our lonely love

Everywhere there's rain my love
Everywhere there's fear

"Phantasmagoria In Two"
Artista: Tim Buckley
Álbum: Goodbye and Hello

No guess who!

Ninguém conseguiu adivinhar qual era a música, nem sequer o artista.
É verdade que não era evidente mas também não era assim tão difícil.
Se fosse para acertar de caras também não tinha piada nenhuma.

A canção chama-se Flying, é dos Beatles e está no filme (e no álbum) Magical Mistery Tour.

Se quiserem que a coisa continue façam favor de dizer.Também aceitamos sugestões.

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Anos 70 (parte IV)



Andava eu aí pela net a ler coisas de música ao acaso, quando dei de caras com a notícia do novo single dos Trabalhadores do Comércio "Febras de Sábado à Noite".
Apanhado por uma daquelas ratoeiras da memória, o meu pensamento foi parar ao tempo da formação desta banda, e desta para a que a antecedeu (se bem que ainda tenham existido um tempo em simultâneo), no que a Sergio Castro e Álvaro Azevedo diz respeito: os Arte & Ofício!

Contrariamente ao que muitos julgam, o "Boom" do "Rock Português" não foi... Chico Fininho e por aí fora!
O Rock em Portugal era talvez pouco conhecido, talvez muito amador, mas existia. E mais ainda, já havia mexidas e transferencias entre bandas. Os Arte & Ofício nasceram das saídas de Sérgio Castro e António Garcez dos Psico (excelente banda que ainda cheguei a ver na televisão) e, juntamente com os Tantra, Perspectiva, Beatnicks, Petrus Castrus e outras, são a prova de que o Rock Português não começou em Rui Veloso. O que começou com o Chico Fininho foi o sucesso popular e a descoberta da "Galinha dos Ovos de Ouro" da música portuguesa.
Como na história original, quiseram tirar os ovos todos de uma vez e acabaram por dar cabo da galinha. Ainda hoje penso como é que as coisas teriam sido se se tivesse ido com mais calma e se as coisas tivessem sido bem feitas, com respeito pelos artistas. Discos gravados numa tarde não podiam sair bons, mas o importante era pô-los cá fora para aproveitar a maré.

Os Arte & Ofício foram uma das vítimas dessa vertigem. Faziam música talvez demasiado elaborada e cantavam em inglês e isso passou quase a ser pecado. Garcez saíu para formar os Roxigénio (ainda cantando em inglês) com Filipe Mendes (hoje Phil Mendrix) e os Trabalhadores do Comércio acabaram por ser a saída para Sérgio Castro e Álvaro Azevedo, com bastante mais sucesso.

A canção que aqui deixo a tocar é talvez premonitória do que iria acontecer à "Galinha" anos mais tarde!

"O Cacarejo da Galinha"
Artista: Arte & Ofício
EP "Come hear the Band"

domingo, 2 de julho de 2006

Guess who! (1) (Com a música inteira)

Mais uma invenção, a ver se pega!

Trata-se simplesmente de acertar no artista/banda que está a tocar!
Se acertarem na música, melhor, no álbum, melhor ainda!
Ganhar, não se ganha nada. É só mesmo para entreter!
Se entretanto alguém quiser sugerir um prémio, força!

Ora então aqui vai a primeira música:



Têm cinco dias para responder ali nos comentários!