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segunda-feira, 31 de outubro de 2005

As músicas da nossas vidas (6)


Foto: Amazon. com

Para começar, devo explicar que esta música não tem exactamente este tamanho.
Trata-se de parte do lado 3 do álbum "Tales from topographic oceans" dos Yes e foi o bocado de música que me fez querer conhecer tudo o resto.
Quando a listei nas 31 canções aí em baixo, era principalmente a esta parte que me referia. E porquê? A resposta é óbvia, chama-se Steve Howe e toca guitarra.
Isto passou-se lá para os idos dos anos 70 e fica aqui mais um agradecimento ao "teclista dos Wass" (há por aí quem saiba do que estou a falar, eh, eh) por me ter gravado a cassete com o álbum.

Yes
'The Ancient' - Giants Under the Sun (versão curta)
Álbum "Tales From Topographic Oceans"

quinta-feira, 27 de outubro de 2005

Versões (6)

Richie Havens é um músico que gosta de fazer versões.

Das várias que já ouvi, de algumas gosto, outras nem tanto, mas do que eu gosto mesmo é da voz do homem.
As melhores versões são normalmente como esta: voz, guitarra (que ele toca com uma afinação diferente por ter as mãos grandes demais para as posições normais dos acordes) e pouco mais.

Este é um dos casos em que eu até acabo por preferir a versão ao original, mesmo sendo o original do Bruce Springsteen.
É uma canção de uma fase do Springsteen que eu não gosto muito, apesar de reconhecer que surtia o efeito desejado no filme ("Filadélfia"), apesar de lhe ter valido um Óscar (quero lá saber disso).
Acho que Havens conseguiu "sacar" o ambiente da canção melhor do que o próprio Springsteen. É a minha opinião. Fico à espera da vossa.

Richie Havens
"Streets Of Philadelphia"

segunda-feira, 24 de outubro de 2005

(only) 31 songs!

"I decided that I wanted to write a little book of essays about songs I loved ... Songs are what I listen to, almost to the exclusion of everything else. I don't listen to classical music or jazz very often, and when people ask me what music I like, I find it very difficult to reply, because they usually want names of people, and I can only give them song titles." (Nick Hornby)

Pronto!
Cá está uma lista de 31 canções, depois de muitos desafios que me foram feitos.

Como respondi às pessoas que me desafiaram, 31 são muito poucas.
Assim sendo, reduzi a lista quase exclusivamente à fase de "crescimento", com algumas excepções.
Claro que há mais músicas nos anos 80 e 90 que me dizem qualquer coisa e talvez ainda mais nos anos 60 e 70 mas, visto que são só 31, fiz questão de parar a máquina dos "recuerdos" e anular muitas da fase "já tinhas idade para ter juízo". Mesmo assim eram muitas e tratei de reduzir mais uma vez: "só uma de cada músico/banda".

Aqui fica então a mini-lista que restou (31 canções). Vou lembrar-me de muitas mais do que as que já aqui tinha escrito e que foram alvo de cortes radicais. Não interessa.

Vejam esta como "uma lista de 31 canções entre muitas possíveis"!

Por ordem alfabética:

1 - ‘The Ancient’ Giants Under the Sun – Yes
2 - Alice’s Restaurant Massacree – Arlo Guthrie
3 - Both sides, now – Joni Mitchell
4 - Bright side of the Road – Van Morrison
5 - Daniel – Elton John
6 - Dawg’s Bull – David Grisman
7 - De Coração e Raça – Sérgio Godinho
8 - Don’t let it bring you down – Neil Young
9 - Driver #8 – R.E.M.
10 - Good Feeling – Violent Femmes
11 - Happiness is a Warm Gun – The Beatles
12 - Have you ever seen the rain – Creedence Clearwater Revival
13 - Heaven Knows I'm Miserable Now – The Smiths
14 - Here Comes the Flood – Peter Gabriel
15 - Highway Star – Deep Purple
16 - Hoje – Trovante
17 - Lowlands of Holland – Steeleye Span
18 - Meet me on the corner – Lindisfarne
19 - Meet on the Ledge – Fairport Convention
20 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades – José Mário Branco
21 - Mulher da Erva – José Afonso
22 - Ol’ ’55 – Tom Waits
23 - Penguin in Bondage – Frank Zappa
24 - Purple Haze + Instrumental Solo (Woodstock) – Jimi Hendrix
25 - Quinta das Torrinhas – Maria João e Cal Viva
26 - Songs from the Wood – Jethro Tull
27 - The Musical Box – Genesis
28 - The times they are a-changin’ – Bob Dylan
29 - Thunder Road – Bruce Springsteen
30 - Trench Town Rock (Live) – Bob Marley
31 - We Three – Patti Smith

domingo, 23 de outubro de 2005

Versões (5)

Como ainda não fiz nenhuma referência à musica chamada "erudita" resolvi hoje dar a conhecer uma versão da obra de nome "Bolero de Ravel" e que, tal como a "Carmen de Bizet" é de autor desconhecido (a piada não é minha mas do Herman José nas "Crónicas do Estebes").

Quem a executa (é assim que se diz nos meios "eruditos") é a "The best band you never heard in your life", conduzida pelo maestro Francesco Zappa.

Claro que, vinda de quem vem, a versão tem de ser um bocadinho "dinâmica", por assim dizer, e há alguns elementos da orquestra que gozam de alguma "liberdade criativa" no processo, nomeadamente a secção de percussões, alguns dos metais e, principalmente o baixista que muito provavelmente tinha deixado a partitura em casa (quem já ouviu o baixista Scott Thunes em acção estranha é quando ele não inventa).

No meio disto tudo o mais extraordinário é que, no final, esta é uma espectacular versão que consegue tornar uma música que no original é um bocado secante numa bem disposta demonstração do que é a arte bem tocar qualquer música.

Esta versão do Bolero não aparece nas edições europeias deste disco devido a problemas de direitos de autor. Parece que os donos dos direitos sobre as obras de Ravel não ficaram muito contentes com a "blasfémia" cometida sobre uma das obras intocáveis da "erudição" europeia.
Taditos! Só se pode ter pena deles. Podemos sempre comprar a edição original.

Para quem não gosta de Zappa, peço desculpa mas ouve-se tão pouco por aí que eu sinto-me obrigado (com muito agrado) a mostrar por aqui.

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Versões (4)




Aqui está uma versão que eu acho fantástica.

comparando com o original do Jimi Hendrix, há que dizer que são, no mínimo, diferentes. Se é verdade que ninguém toca como Hendrix tocava, também é verdade que Stevie Ray Vaughan nem tentou e tocou-a à Stevie Ray. No original esta música é cantada e tem cerca de dois minutos e meio (com um final em "fade" estranhíssimo). Aqui transforma-se num instrumental com quase sete minutos considerado em 2004 pela revista "Guitar One Magazine" como o melhor solo de guitarra rock de todos os tempos. Claro que estas classificações são sempre controversas, a começar pelo facto de ser considerado "rock". E "blues"? É o quê?

Stevie Ray Vaughan morreu em 28 de Agosto de 1990 num desastre de helicóptero.

Little Wing
Stevie Ray Vaughan and Double Trouble


terça-feira, 18 de outubro de 2005

É esta!




Chama-se Martin D-45 e quem tiver cerca de 7500 € aí para um canto e não souber o que fazer com eles pode oferecer-me uma.

Ok! assim à primeira vista é igual às outras todas mas, de facto, não soa igual às outras todas.
Está aí ao lado tocada pelo Neil Young mas também podem ouvi-la nas mãos do Stephen Stills, do David Crosby ou do Jimi Hendrix (quando tocava guitarra acústica).

Pronto, não estou a dizer que comigo a tocar a coisa ía soar assim. É verdade que as guitarras não ensinam a tocar mas eu ficava a gostar muito mais de me ouvir.

domingo, 16 de outubro de 2005

Que tal o original? (2)


Foto: Amazon

Não, meus amigos, esta canção não é dos Nirvana!

Correndo o risco de ser excomungado, sempre vos digo que nunca fui grande fã dos Nirvana e que aquela cena do gajo que vai de deprimido pela vida difícil da pobreza a deprimido pela vida difícil da fama nunca me impressionou por aí além.
Não obstante, há algumas músicas e partes de música dos Nirvana que me agradam.

Esta ficou conhecida como o single do álbum dos Nirvana "Unplugged in New York", chama-se "The man who sold the world", é do David Bowie e está no álbum com o mesmo nome de 1970.

Aqui, mais uma vez, prefiro o original embora saiba que muitos de vocês vão discordar. Afinal de contas, não se dá marteladas destas nos pézinhos de barro de um ídolo como Kurt Cobain.

Bem sei que o som não era lá essas coisas na altura e que há aqui talvez um bocadinho de "experimentação" a mais mas eu gosto, que querem vocês que eu faça?

Os fãs dos U2 são mauzinhos!

Ainda não entendi porquê, mas sempre que, nos filmes, alguém diz a outra pessoa "I love you", a outra pessoa responde "I love U2".

Eu, se fosse o Bono, até me sentia mal!

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

Avaria no sampler?

Porque é que os The Gift repetem tantas vezes a mesma frase em cada canção?

Se pegarmos nas três músicas mais passadas ultimamente nas rádios, temos a mesma frase repetida 12 vezes em "Driving you slow", 14 vezes em "Music" e 18(!) vezes em "11:33".

Ainda não me dei ao trabalho de contabilizar outras músicas mas agradeço informação de quem tenha paciência para o fazer.

Qual será a explicação?
- Alguma técnica de controlo da mente?
- Vingança contra uma avó senil que contava sempre a mesma história?
- Poupança?
- Falta de vocabulário? (há tão poucas palavras na lingua inglesa...)
- Prazer em massacrar o ouvinte?
- Curiosidade em saber quanto aguenta um cérebro?
- Falta de imaginação? (naaaaaaaaaaaaa!!!)
- Avaria no sampler?

Já sei!
É revivalismo!
Na era dos CDs o ouvinte já não tem o prazer de ouvir o som, em tempos tão familiar, de um disco riscado. Há que preservar a memória de um povo.

Louva-se o espirito de missão inerente a este gesto!

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

Que tal o original? (1)

Mais uma variante inaugurada por aqui.
Consiste em mostrar os originais menos conhecidos de versões que tiveram sucesso.



Começo por uma que me veio à ideia "blogando" por aí.
É o original de uma canção que ficou muito conhecida na versão dos This Mortal Coil chamada "Song to the Siren".

Até gosto da versão mas prefiro o original do Tim Buckley, esse "ganda maluco" capaz de melodias perfeitas e de cacofonias quase inaudíveis. Se ouvirem este álbum ficam a saber do que estou a falar.

Para os menos atentos é até capaz de ser um bocado dificil reconhecer a canção em questão. Para esses, fica como exercício de ouvido ou de memória.

terça-feira, 11 de outubro de 2005

Versões (3)

Ora então cá está a versãozita que eu tinha prometido ao "Verde".

Nunca fui adepto dos Guns & Roses mas aqui até parecem uma banda jeitosa.
Claro que a voz do Axl ainda me irrita um bocado mas pelo menos não tem "ai ai ai's".

Em termos instrumentais a coisa está até melhor do que o original de estúdio mas isso nos Stones até nem é assim tão importante. De qualquer maneira é giro ouvir como a coisa podia soar se o Charlie Watts tocasse alguma coisa de jeito.

Mesmo assim, para mim não bate a versão ao vivo dos próprios Stones no álbum "Get Yer Ya-Ya's Out!"

Sympathy for the Devil
Guns & Roses

terça-feira, 4 de outubro de 2005

Curtimos bué!

Como sabem, não gosto muito de deixar conversas por esclarecer!

Aqui fica, então, a música de que fala o Belche. Chama-se "Flakes" e contém uma paródia ao Bob Dylan. O imitador de serviço é o guitarrista Adrian Belew que, depois de ser descoberto por Zappa, tocou com um monte de gente como, por exemplo, Bowie, Talking Heads, Tom Tom Club, Mike Oldfield, King Krimson ou Tori Amos, para além de ter a sua carreira a solo e com os "Bears". Tivémos o prazer de o "ouver", como diz o José Duarte, em Alvalade no concerto do David Bowie (foi para aí em 1990...).

Este não é caso único em Frank Zappa. Há coisas deste tipo espalhadas pelos mais de 60 discos (oficiais) editados, não só de cantores mas também de instrumentistas ou de vários estilos de música. A bem dizer, o rapaz gozava com tudo o que mexia e, se não mexesse, gozava também.

A verdade é que o Bob não levou a coisa a mal e até chegou a haver a hipótese de Zappa produzir um disco dele anos mais tarde. Ao longo dos anos, o próprio Frank Zappa foi admitindo a sua admiração por Dylan.

Se a música demorar um bocadinho mais a começar não estranhem. É que a qualidade ainda pesa um bom bocado, sabiam?

For your pleasure, Mr. JBCL!

domingo, 2 de outubro de 2005

Versões (2)

Esta é uma versão inevitável!

Claro que o Bob Dylan quando escreveu a música não estava a pensar nos Rolling Stones e também é verdade que a letra não tem nada a ver com o percurso da banda mas, com um nome destes, era previsível que, mais cedo ou mais tarde, eles a cantassem.
Esta versão é de 1995 mas, por essa altura, já os Stones a tinham incluido muitas vezes no alinhamento dos seus concertos.

Todas estas considerações à parte, acho esta versão fabulosa. E vocês?
(Não vale falar dos "pregos" do Charlie Watts na bateria. Sem eles nem seria Rolling Stones, certo?)

sábado, 1 de outubro de 2005

Dia mundial da música

Hoje "celebra-se" o Dia Mundial da Música".

No resto do mundo não sei mas cá é fixe!
Há por aí uns concertos de música chamada erudita para meia dúzia de "euditos" se fazerem ver a ver os concertos, uns "workshops" ( são coisas tão exclusivas que parece nem haver palavra para eles em português), umas acções escolares para o ministério mostrar ao povo que faz coisas e uns programas de televisão alusivos à data, que não passam em horário nobre mas que, pelos vistos, aliviam a consciência de administrações e direcções de programação que não gostam nem percebem nada de música.

E nem é preciso esperar por amanhã para ficar tudo na mesma.
Logo à tarde, mais uma edição do execrável (quem inventou esta palavra merecia um prémio) "Música no ar", que nos voltará a atormentar amanhã à noite. Se uma vez era mau...