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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

I gotta... mais que fazer!

Uuuui!

Então não é que o seleccionador parece que escolheu um "hino" estrangeiro para a selecção? Que pouca vergonha!

A propósito: Para que raio é que a selecção precisa de um hino?

Já há uns tempos que venho comentando que o "povo" português está a ficar (apesar de ter muito menos analfabetos) cada vez mais burro, xenófobo e retrógrado. Todos os dias temos notícias de pseudo-polémicas sobre alegadas ofensas à Portugalidade (seja lá isso o que for) e eu não consigo deixar de pensar que as pessoas se ofendem tanto mais quanto... menos gostam do país e de si próprias.

É certo que as razões da indignação variam um pouco consoante as cabeças e, não falando das que movem os "guardiões" do Orgulho Lusitano porque não merecem sequer espaço por aqui, encontramos preocupações um tanto mais "comezinhas" como a tradicional "falta de oportunidades dadas aos músicos portugueses". O Zé Pedro dos Xutos, por exemplo, mostra-se indignado por se ter escolhido uma canção sem qualquer referência estilística que a ligue à música portuguesa e (de certeza para colmatar essa lacuna) propõe que se dê a tarefa de compor um hino para a selecção aos... Buraka Som Sistema (!?!?!?).

Ora, não sabendo muito bem que raio é um "Hino da selecção" (pensava eu que o hino de Portugal era... o hino de Portugal), partamos do princípio de que se está a falar das músicas que, por qualquer razão, acabam por ficar ligadas a determinados eventos futebolísticos e, por consequência, à participação da equipa portuguesa nos mesmos. Sendo assim, que canções têm ocupado esse lugar? Assim de repente, que isto não é assunto para pesquisas, lembro-me de dois anúncios (suponho que da Galp), um que punha os portugueses a empurrar o autocarro da selecção ao som de... Bob Dylan (???) e outro (que tentaram impingir várias vezes com pouco sucesso) que mandava os jogadores jogarem mais e fazerem menos fita (o tal do "menos ais"). Ainda se tentou, antes do europeu de 2004, fazer "pegar" uma canção gritada pela Dulce Pontes, chamada "Amor a Portugal" e composta por... Enio Morricone (!!!). No fim, quem ganhou as honras de canção do Euro 2004 foi aquela que (dizem que) tinha letra portuguesa, era cantada por uma canadiana e tinha (não sei onde) óbvias raízes portuguesas (talvez nos pais da Nelly). Outras tentativas se fizeram de colar músicas à selecção de futebol mas a única que ficou (e a única que ainda hoje se utiliza sempre) foi o célebre "Vamos lá Cambada", composta por Carlos Paião em puro e verdadeiro estilo "bailarico" (vulgo Pimba), cantada por um personagem bêbado e trapaceiro e a incitar à vitória a qualquer preço "nem que seja à pantufada".

Resumindo e concluindo, considerando a história recente, o meu problema não é escolherem um hino estrangeiro. Para mim o que é grave é mesmo alguém querer escolher um "hino", seja ele qual for, para a selecção nacional de futebol.

Já há uns meses que deixei de conseguir ouvir aquela sanfona pseudo-feel-good-song chamada "I Gotta Feeling" e não consigo imaginar-me mais seis meses a levar com aquilo a toda a hora.

Por favor, acabem com aquele "hino". Acabem com o "hino" mas, por favor... não arranjem mais nenhum. Pode ser?... Sim?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Se os meus amigos cinéfilos permitem...

Muito antes de ser conhecido como realizador de filmes, uns milionários, outros de culto, outros milionários de culto, Alan Parker escreveu em 1971 o argumento de um algo obscuro filme (em que ainda fez umas horas de direcção) chamado "Melody" e que eu vi umas duas vezes na televisão, uma em crainça, outra um pouco mais velho.

Pois, dizem os meus amigos (os que nunca ouviram falar dele). E o que é que isso tem de especial, ainda por cima num blogue de música?

Pois é, todos sabemos que o senhor Parker gosta muito de misturar cinema com boa música, como aconteceu por exemplo em The Wall, Birdy, The Commitments ou, vá, Fame e Evita. O que poucos sabem (descobri eu há pouco tempo) é que esse gosto vem desde os primórdios da carreira e começa logo com este "Melody", com uma banda sonora assinada quase na sua totalidade (com a ajuda do arranjador Richard Hewson) pelos Bee Gees (com algumas incursões de valor como "Teach Your Children dos CS&N), no tempo em que os rapazitos ainda não se tinham rendido ao "Disco", às calças apertadinhas (e, consequentemente, ao falsete). A banda sonora inclui mesmo alguns temas que ficaram famosos para os Bee Gees como "To Love Somebody", "First of May" ou "Melody Fair", mas que hoje só gente com bastante "experiência de vida" recorda vagamente.

Deixo-vos com o video de promoção do filme (vulgo trailer) e com o desafio de tentarem encontrar o DVD à venda (isto para quem nunca viu). Se o filme é bom? Da primeira vez gostei muito, da segunda... achei giro.




Alguém se lembra?
(Aposto que há pelo menos uma aí que não me vai deixar ficar mal).


Linque: http://www.youtube.com/watch?v=zb7QKVbxKZI

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Something of "back in the day"...

Mais uma da minha "bso".

FOR EVERYMAN
(Jackson Browne)

Everybody I talk to is ready to leave
With the light of the morning
They've seen the end coming down long enough to believe
That they've heard their last warning
Standing alone
Each has his own ticket in his hand
And as the evening descends
I sit thinking 'bout Everyman

Seems like I've always been looking for some other place
To get it together
Where with a few of my friends I could give up the race
And maybe find something better
But all my fine dreams
Well thought out schemes to gain the motherland
Have all eventually come down to waiting for Everyman

Waiting here for Everyman--
Make it on your own if you think you can
If you see somewhere to go I understand
Waiting here for Everyman--
Don't ask me if he'll show -- baby I don't know

Make it on your own if you think you can
Somewhere later on you'll have to take a stand
Then you're going to need a hand

Everybody's just waiting to hear from the one
Who can give them the answers
And lead them back to that place in the warmth of the sun
Where sweet childhood still dances
Who'll come along
And hold out that strong and gentle father's hand?
Long ago I heard someone say something 'bout Everyman

Waiting here for Everyman--
Make it on your own if you think you can
If you see somewhere to go I understand

I'm not trying to tell you that I've seen the plan
Turn and walk away if you think I am--
But don't think too badly of one who's left holding sand
He's just another dreamer, dreaming 'bout Everyman



Aqui, Jackson Browne em duo acústico com David Lindley, tal como os ouvi pela primeira vez no álbum Bread & Roses, com mais uns anos passados mas ainda com bom aspecto:




sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Nothing changes on New Year's day

(...)
And so we are told this is the golden age
And gold is the reason for the wars we wage
Though I want to be with you
Be with you night and day
Nothing changes
On New Year's Day