Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Frank Zappa, Letterman Show, 1983

Sobre orquestras ilustres e orçamentos e relação com os fãs, Talk Shows, Captain Beefheart... e batom castanho:

A entrevista começa aos 4:10 minutos


sábado, 3 de novembro de 2012

As Vicissitudes das Plateias VIP

É uma moda recente, esta das "Plateias VIP" nos nossos concertos. Recente? Nem tanto. Já tínhamos visto esta prática utilizada em concertos, digamos... mais "eruditos", no tempo da outr... há uns quarenta, cinquenta anos. No nosso tempo os VIPs são outros, mas a lógica é a mesma. A saber:

 As plateias VIP (leia-se, os melhores lugares das salas) não são para vender, pelo menos não de princípio. Os lugares das plateias VIP são para distribuir pelas empresas que financiem de alguma forma as promotoras de espectáculos ou que lhes facultem, de alguma forma, a vida, arranjando financiamentos, descontos, receitas não declaradas, etc. Essas empresas distribuirão os bilhetes consoante as suas próprias conveniências, seguindo os mesmos critérios. No fim, um monte de gente nem sequer vai ao concerto, porque não gosta propriamente do artista ou passa o mesmo com ar de enfado, o que tem como consequência, como já vi em várias ocasiões, que os artistas toquem para uma cambada de múmias nas filas da frente ou mesmo para cadeiras vazias (houve mesmo um artista que pediu ao "povo" para avançar para a frente da plateia VIP). Os bilhetes VIP que restarem serão distribuídos por colunáveis (é sempre conveniente, não vá a TV aparecer) e uma pequena parte (a que os funcionários da produtora conseguirem pedinchar) vai então para os amigos. A meia-dúzia que sobra vende-se nos últimos dias.

Em algumas ocasiões, em determinados concertos de determinados artistas, apesar de achar má opção das produtoras, no que toca ao desenrolar do próprio concerto, não me importo de conviver com este tipo de descriminação do público. São consequências dos tempos que vivemos e, embora discorde, não é coisa que me provoque distúrbios no estômago. Há mesmo alguns concertos de alguns artistas em que essa plateia não causa qualquer prejuízo, já que todo o público é constituído por múmias, mesmo.

Mas há algumas plateias VIP que me causam algum asco, a ponto de me recusar a ir aos concertos. Há artistas que fizeram carreira habituando-nos a ser contra todos os tipos de descriminações e injustiças. Será? E permitem uma plateia VIP à sua frente? Até hoje só me recusei a ir a um concerto por esta razão. Foi ao concerto chamado "Três Cantos". Os artistas eram Sérgio Godinho, Fausto e José Mário Branco.

Só para esclarecer, caso tenham ficado curiosos; o artista que pediu ao público da "geral" para avançar para a frente da Plateia VIP chama-se James Taylor e é um Senhor!


quarta-feira, 4 de julho de 2012

sábado, 9 de junho de 2012

Pesquisas interessantes (ou não)

Experimentem ir ao tubo e procurar "best (...) ever" Seja guitarrista, baterista, baixista, etc... Saem milhares de resultados, todos diferentes. É lógico. É impossível saber.
Mas, se é impossível, porque é que há tanta gente a fazer estas "classificações"?
Infelizmente, a maior parte das pessoas sente-se perdida na vida sem competição.
Felizmente, ainda há muitos músicos que tocam "com" em vez de "contra".

domingo, 29 de janeiro de 2012

Coincidências

Acontece de vez em quando. Sais de casa para fazer uma coisa que gostas e pelo meio acabas por gostar mais de outra qualquer. São os dias bons.

Aconteceu hoje: "acostei" no Cascais Shopping para uma tarde de cinema (que concretizei com o novo do Clooney "Os Descendentes") mas acabei por ganhar o dia cerca de hora e meia antes, quando disse aos amigos que me acompanhavam numa visita à FNAC "só para fazer tempo": vai haver ali um concerto, vou dar uma vista de olhos, depois apanhem-me por lá.

O concerto era o "showcase" de lançamento do novo álbum dos MazeLab, "Evolution". Só não comprei o álbum porque estamos em crise, mas lá chegarei. Para já mostro-vos uma grande banda que conheci hoje, no vídeo que aí fica:


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Springsteen, novo álbum!

O novo álbum de Bruce Springsteen, "Wrecking Ball" é posto à venda no próximo dia 6 de Março. Só por si, a notícia já justifica menção. Mas o que vos trago aqui é mesmo o primeiro avanço fornecido para consumo geral: o single "We take care of our own", disponível já a seguir.



Springsteen chega com a mesma atitude política dos últimos anos e traz a mesma preocupação com um país cujo povo sente desanimado, deprimido, de braços caídos. Bruce tenta animar as hostes com um slogan militar, um pouco como já tinha feito em "Born in the USA". Se a receita costuma resultar nos Estados Unidos, por cá Springsteen ainda não se conseguiu libertar de todos os equívocos que a frase que dava título àquele álbum de 1984 provocou. Musicalmente, o novo single não acrescenta muito ao que Bruce Springsteen já fez, mesmo nos últimos tempos, antes pelo contrário. Veremos o que nos reserva o restante.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Curtas

Novo disco d' "A Naifa" já tem nome. Vai chamar-se "Não Se Deitam Comigo Corações Obedientes".

Só o nome, já promete!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Há raiva na boa esperança. É Rock 'n' Roll!














"O tempo passa, eu também!"

No fim de 2011 saiu o novo dos Trabalhadores do Comércio, "Das Turmêntas hà Boua Isperansa" que, por razões "logísticas", me chegou neste início de 2012. Curiosamente vi-me com mais tempo para estas andanças da "crítica musical" (por oposição a outras agora mais paradas) e achei, perante a imponência da coisa, que não ia daqui sem uma palavrinha ou duas.

Para começo de conversa, tenho a dizer que nunca vi até hoje nada, em termos de edições musicais portuguesas, que se chegue à qualidade desta nova obra dos Trabalhadores do Comércio. Pelo preço de um CD (e nem é dos caros) temos acesso, não só ao propriamente dito, mas também a um livro que conta, numa envolvente gráfica muito bem conseguida, entre imagens de antologia e documentos de inegável interesse histórico para a compreensão daquilo a que se convencionou chamar o "Boom" do Rock Português no início dos anos 80, a história dos Trabalhadores do Comércio. Entre episódios mais corriqueiros e outros mais escabrosos, a escrita de Sérgio Castro dá a sequência devida ao tempo e à gente que passou pela banda. Muita informação. Tanta que, não tendo ainda chagado ao fim da leitura, achei que já era mais do que tempo de fazer a divulgação.

Eis-nos então chegados à música do novo CD dos Trabalhadores do Comércio. Preparado para mais uma barrigada de boa disposição, a primeira audição reservava-me uma pequena surpresa: sim, as letras continuam mordazes mas, comparado com a atitude trocista e irónica de quase todo o anterior "Iblussom", este novo álbum traz mais raiva do que festa, mais política do que costumes e mais nomes nos bois (ou boys?). Mas sempre, como sempre, com muito boa música. Se as letras reflectem o espírito de quem as escreve (mais arrevezado João Médicis, mais directo Sérgio Castro), a música estende-se, como é hábito, por vários estilos musicais unificados, como já acontecia em "Iblussom", pelo reconhecível e distinto som "à Trabalhadores". Começando no épico prog-cinéfilo "Hino à Desanexassom" e terminando no exercício tecno-político "Fantuxada Mix" (com participação especial de ex-ministro e tudo), a barca da "isperansa" navega por entre ondas Funky, Rock e Blues com espuma Country, Doo-wop ou mesmo Surf-Rock à Beach Boys (terei sentido lá atrás um balanço Arte & Ofício?), tudo "compactado" pela boa tecnologia do século XXI.

Se não há maus momentos? Bom, será talvez uma questão de gosto mas eu teria dispensado a nova versão em jeito de "Bolero" de "A Cansão Quiu Abô Minsinou". De facto não gostei da nova roupagem mas há que dizer que, das músicas dos primeiros tempos dos Trabs, esta seria talvez a minha preferida e continuo a achar um achado aquele balanço "Reggae-fadunxo" do original. Tirando isto, apenas o pequeno erro da troca de ordem no disco entre "Dálhe cordÓ Cucu" e "Abestruzurbana", que se torna chato para um tipo picuinhas como eu.

"Das Turmêntas hà Boua Isperansa" é, então, um disco menos bem disposto do que o seu antecessor mas, em todo o caso, um excelente trabalho. Ao fim de 30 anos a formação está unida e estabilizada num colectivo de excelentes músicos. A banda é grande? Bom, já não é o trio de antigamente mas eu diria que não há ninguém a mais. E isto inclui os convidados!

"hà Boua Isperansa"! Se o próximo for uma festa será bom sinal... ou velhice?

Fica aí a tocar:

"Gladiador"
Artista: Trabalhadores do Comércio (letra de António Garcez)
Álbum: "Das Turmêntas hà Boua Isperansa"


Nova descoberta: Brutus

No futuro tentarei trazer mais informação. Por agora fica a formação:

Francisco Abreu - Guitarra
José Salgueiro - Bateria
Miguel Amado - Baixo