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sábado, 3 de maio de 2008

Smith: O filme



E então ontem, depois de desafiado, lá me resolvi a ir ao Maria Matos levar com os "festivaleiros Indie" para ver o filme "Patti Smith Dream of Life" de Steven Sebring.

Depois de me abstrair das várias faunas "indies" presentes, desde os compenetrados aos "radicais" (quem será o totó que se lembra de ir ver um filme com uma crista de 20 cm acabada de fazer a regra e esquadro?), passando pelos "devotos" e de uma desastrosa tradução (não sei se feita à pressa ou com simples incompetência), lá consegui dispensar a atenção necessária ao filme. E o filme...

Bem, foi mais ou menos o que estava à espera que fosse: uma filmagem muito... como dizer?... "arty", cheia de planos desfocados, tremidos e descentrados, entre o preto e branco e a cor filtrada, entre a meia-luz e o alto contraste... não será muito o meu estilo preferido, mesmo num filme "rock'n'roll" mas, depois de se perceber o contexto em que foi feito, até acaba por encaixar. E o contexto acaba por ser o de um tipo aque filma uma amiga "rockeira" (e toda a desarrumação e lixo que vai por aquela casa) a espaços, durante mais de dez anos, e depois tenta transformar todo o material num filme de duas horas em que, por um lado, não se perca a coerência de um documentário mas em que, por outro, se faça transparecer a intimidade com alguém que "é da casa". E isso consegue-se fazendo todo o filme como se fosse "Patti por Patti". Narrado pela própria, em conversa com a prória, com poemas ditos e canções cantadas... pela própria. O tipo que filma, nem se dá por ele, o que é bom. foi giro.

Dito isto, imagino que alguém se sinta capaz de viver numa confusão daquelas. Para mim não serve. É que... pá! Ao menos arrumava os instrumentos e os discos, não?

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