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sexta-feira, 20 de março de 2009

Mas afinal, que raio é "um clássico"?

Hoje de manhã, na Antena 3, alguém dizia: "A seguir os Youth Group com uma cover do clássico dos Alphaville, Forever Young".

Pois o "Youth Group" é mais um grupeco que conseguiu enfiar uma música num anúncio (não me lembro de quê), música essa que, por sinal, é uma versão (cover? Cobrir o quê???) muito fraquinha duma canção muito má de um grupo que, em qualquer outra década que não a de oitenta, não chegaria muito longe.

Daí a pergunta:

- Mas afinal, que raio é um clássico?

Ora, segundo o Priberam Online, Clássico quer dizer o seguinte:

do Lat. classicu

adj.,
usado nas aulas; utilizado como modelo na literatura ou em belas-letras; relativo à literatura grega ou latina; autorizado pelos clássicos; antigo; inveterado; tradicional;

s. m.,
autor de obra clássica, especialmente escritor grego ou latino;
aquele que segue o classicismo.


Bom...
Será que existe algum professor que usa o Forever Young nas aulas? Ora aí estaria uma explicação para o aumento de agressões a professores por parte dos alunos, mas não me parece que aconteça.

Some are like water, some are like the heat
Some are a melody and some are the beat
Sooner or later they all will be gone
Why dont they stay young


Humm... será que alguém vai usar isto como modelo das belas-letras?... Naaa!

Também não é Grego nem Latim.

Quem são os clássicos que autorizam um clássico? Os Gregos e os Romanos? Ou os Italianos e os Austríacos?

25 anos é antigo? Sim, para quem tem 5!!!

Inveterado??? Só se for alguém que ouviu aquilo e resolveu beber para esquecer... para o resto da vida.

Tradicional?... Bom, se desse para meter um acordeão e ritmo de vira, o Emanuel até era capaz de a ter feito, lá isso é verdade.

Finalmente, ouvindo a melodia base da coisa, é evidente que esta música "segue o classicismo". A sorte dele (o classicismo) é correr bem e os Alphaville serem de facto "uma cambada de coxos". Será por isso que lhe chamam um clássico?

E pronto! Fiquei na mesma! Não faço ideia das razões que levam as pessoas a chamar "clássico" seja ao que for, muito menos no caso de coisas tão mázinhas.

Por outro lado, continuo a constatar que estamos sujeitos a ser massacrados por qualquer bosta desde que apareça numa novela ou numa campanha publicitária.

Pois... é o Mercado, meninos, é o Mercado!


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