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segunda-feira, 14 de março de 2005

Tony Rice


Foto: Tony Rice

No meio de toda a música que gosto e das várias formas em que se apresenta, há um instrumento em especial que sempre me tocou mais do que os outros: a guitarra acústica.
Seja de que tipo for, clássica, folk, jazz, cordas de aço, de nylon, de tripa...

Uma das características fundamentais deste tipo de instrumento é a variedade de sons que se podem tirar dele, seja pelo tipo de guitarra, pelo material com que é feita, pelas cordas que se usam, pela maneira como se toca... as combinações possiveis são quase infinitas.

É claro que, no que respeita a músicos, tenho os meus favoritos. Por exemplo, Neil Young, Steve Howe (dos Yes), Ian Anderson (dos Jethro Tull), José Peixoto, Egberto Gismonti, Steve Hackett (ex-Genesis) e Tony Rice (para citar só alguns e falando apenas na vertente guitarra acústica, já que alguns destes tocam outros instrumentos).

Tony Rice é um músico muito reconhecido e requisitado nos EUA e o seu "raio de acção" estende-se do Bluegrass mais puro até ao Jazz, passando pelo folk, pelo "New Grass", "New Acoustic Music" e todos os estilos que os americanos têm a mania de inventar pelo meio, dependendo de com quem toca e do que lhe apetece fazer na altura.
Se é verdade que nem tudo o que faz me agrada (a parte mais chegada ao Country não me atrai), é a maneira como toca e o som que consegue tirar do instrumento que me fascina. A guitarra tem sempre um som cheio e agradável ao ouvido e a técnica é tão perfeita que, por vezes, parece que os dedos mal tocam as cordas dando ao ouvinte uma sensação de facilidade que, garanto-vos eu, é pura ilusão. A isto junta-se uma capacidade de improvisação fora do comum e uma dose de humildade que lhe permite, apesar da qualidade que tem, nunca ter a tentação de sobrepôr o músico à música que toca.

Fica aqui num dueto com John Carlini (outro excelente guitarrista) tocando uma composição de Dave Grusin (o pessoal do Jazz sabe bem quem é). Para quem ouve em estéreo, Rice está do lado esquerdo e Carlini do lado direito. O ficheiro é um bocadinho pesado mas achei que valia a pena ouvir a coisa com a qualidade que os músicos merecem.

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