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sexta-feira, 4 de março de 2005

Tá muito bem, abelha!



Tori amos voltou a sair da casca e largou mais uns pingos de mel agri-doce.
Na verdade, desta vez, para além de sair ainda deu umas voltas cá por fora. Este novo "The Beekeeper", apesar de tocar todas as temáticas habituais em Tori, vai muito mais longe nas aventuras musicais. Se a poesia continua um pouco hermética e muito "feminina", a música pinta quadros um pouco mais coloridos do que o habitual, misturando os registos "esperáveis" com pinceladas de outras paletas. Se isto faz do disco, por um lado, um pouco heterogéneo, por outro torna-o bastante interessante e apelativo para sectores de público menos "Tori-addicted".

Há aqui coisas muito bem feitas (não se esperava outra coisa) que me merecem um registo especial:
Os arranjos de vozes são cuidados ao mais infimo pormenor (gosto especialmente do de "Ireland"), com a excepção do dueto com Damien Rice em "The power of orange knickers" (que raio de nome). Se era para o rapaz não fazer nada de jeito, mais valia ficar quieto. A meu ver não acrescenta nada à canção.
Outra nota alta para o trabalho de guitarras em todo o disco. Para uma artista tão "piano-dependente" é de saudar a liberdade e importância que é dada aos (excelentes) musicos que a acompanham.

Em suma, um excelente disco para ouvir em qualquer altura, de uma abertura inesperada (no caso de Tori Amos) que, se por vezes chega a roçar o "fácil", nunca se chega ao "foleiro"!
Eu, se fosse a vocês, comprava!

Temas favoritos (hoje e agora): "Ribbons Undone", "Ireland" e "Toast".

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