Numa entrevista que li hoje no "Y", David Sylvian dizia o seguinte:
(...) O mundo não necessita de tanta música. Pelo menos de tanta música semelhante. Continua a haver muito por explorar e isso é que é gratificante. Para a música desafiadora continua a haver lugar. O problema é que a música que vinga por aí é apenas música fabricada para satisfazer audiências. (...)
Bom, não sei se há música a mais no mundo ou não. Há de certeza muito mais do que aquela que eu, mesmo que não fizesse mais nada, conseguiria ouvir.
Na verdade, isto faz-me pensar nas razões que levarão a, de cada vez que alguém tem sucesso com algo relativamente novo, logo aparecerem um monte de coisas iguais vindas de todos os lados. Colou, o povo gosta, há que fornecer o mercado com mais do mesmo. As editoras investem, injectam nas rádios, massacra-se o público até à exaustão e, quando já ninguém pode ouvir nem mais um minuto daquilo, mata-se o "movimento" e os músicos ou mudam ou são descartados.
E não se julgue que isto acontece apenas nas rádios "mainstream" ou não anda a "alternativa" Radar encharcada de sucedâneos dos Strokes, de tal maneira que no blog desta rádio já haja quem se queixe que, mesmo sendo a melhor rádio das redondezas, a Radar se anda a repetir demais?
Falando por mim, eu gosto de ouvir rádio, por princípio.
Teoricamente eu nunca conseguiria comprar música suficiente para poder ir ouvindo coisas diferentes. A rádio tem essa possibilidade.
O que é que acontece?
Acontece que, com a ínfima quantidade de música que ali tenho na estante (sim, é pouca, o Sylvian sabe que há "...lhões" de vezes mais), consigo variar mais do que qualquer rádio que emite nas várias frequências da zona de Lisboa.
Sim, acredito que haja muita mas... onde é que está?
É que a mim mostram-me sempre a mesma!
Quanto ao David Sylvian, embora ele ache que é passado, ainda gosto muito das coisas que fez com o Robert Fripp (atenção, Fripp em Gouveia este ano) e fica aí a tocar uma já com 17 aninhos:
"Jean The Birdman"
Artista: David Sylvian & Robert Fripp
Álbum: The First Day
(...) O mundo não necessita de tanta música. Pelo menos de tanta música semelhante. Continua a haver muito por explorar e isso é que é gratificante. Para a música desafiadora continua a haver lugar. O problema é que a música que vinga por aí é apenas música fabricada para satisfazer audiências. (...)
Bom, não sei se há música a mais no mundo ou não. Há de certeza muito mais do que aquela que eu, mesmo que não fizesse mais nada, conseguiria ouvir.
Na verdade, isto faz-me pensar nas razões que levarão a, de cada vez que alguém tem sucesso com algo relativamente novo, logo aparecerem um monte de coisas iguais vindas de todos os lados. Colou, o povo gosta, há que fornecer o mercado com mais do mesmo. As editoras investem, injectam nas rádios, massacra-se o público até à exaustão e, quando já ninguém pode ouvir nem mais um minuto daquilo, mata-se o "movimento" e os músicos ou mudam ou são descartados.
E não se julgue que isto acontece apenas nas rádios "mainstream" ou não anda a "alternativa" Radar encharcada de sucedâneos dos Strokes, de tal maneira que no blog desta rádio já haja quem se queixe que, mesmo sendo a melhor rádio das redondezas, a Radar se anda a repetir demais?
Falando por mim, eu gosto de ouvir rádio, por princípio.
Teoricamente eu nunca conseguiria comprar música suficiente para poder ir ouvindo coisas diferentes. A rádio tem essa possibilidade.
O que é que acontece?
Acontece que, com a ínfima quantidade de música que ali tenho na estante (sim, é pouca, o Sylvian sabe que há "...lhões" de vezes mais), consigo variar mais do que qualquer rádio que emite nas várias frequências da zona de Lisboa.
Sim, acredito que haja muita mas... onde é que está?
É que a mim mostram-me sempre a mesma!
Quanto ao David Sylvian, embora ele ache que é passado, ainda gosto muito das coisas que fez com o Robert Fripp (atenção, Fripp em Gouveia este ano) e fica aí a tocar uma já com 17 aninhos:
"Jean The Birdman"
Artista: David Sylvian & Robert Fripp
Álbum: The First Day
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