Sábado passado, 11 da manhã, RTP2
A televisão do estado arranjou agora umas "rolhas" para tapar os buracos horários de programação que ninguém vê (de facto, depois da Universidade Aberta, quem é que está a ver a "2" àquela hora?). Comprou uns DVDs de música nos saldos e transmite-os a uma hora com 0% de audiência. Assim, se alguém vir, é tudo lucro!
Ora no passado Sábado calhou a vez a um concerto do francês Jean Michel Jarre no deserto marroquino, segundo parece integrado numa campanha da UNESCO pela água e que se chamava "Water for Life".
Para além da habitual "música de plástico" a que o músico nos habituou e dos usuais adereços, efeitos especiais e outras pirotecnias, tudo do "mais fino bom gosto", Jarre cometeu mais umas argoladas, a começar pela opção de fazer a apresentação do concerto em Inglês (lembro que o concerto era em Marrocos), com um tradutor para árabe. Melhor ainda foi quando se dispôs a apresentar os músicos marroquinos que com ele colaboravam. Para além de apresentar gente que já não estava em palco e outra que ainda não estava, desta vez resolveu fazê-lo em francês. O problema foi ter-se esquecido de dizer ao tradutor, que foi tentando traduzir mas não se ouvia pois, percebendo os marroquinos perfeitamente o francês (Milagre!!!), o tradutor acabava sempre por falar por baixo das palmas! Entretanto, durante as músicas, JMJ passeava-se pelo palco exibindo os seus "gadjets" com ar triunfante, completamente alheio às prestações dos músicos marroquinos que ele prório tinha convidado, excepto o tipo do alaúde que ele apresentou como o "melhor tocador de alaúde marroquino do mundo".
Juntando estas peripécias ao aspecto do próprio músico em palco (assim como de quem acordou atrasado e saiu a correr para o trabalho), pensei: de facto, não há melhor escolha para uma campanha a favor da poupança de água do que um francês.
E assim pensando, programa cómico por programa cómico, mudei para o Conan O'Brien que é mais cómico e tem o Max Weinberg!
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