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terça-feira, 25 de abril de 2006

Viagens

As músicas dos sítios são mesmo as músicas desses sítios?
Ou são as pessoas que as imaginam nesses sítios?
Imaginam essas porque estão nesse sítio?
Não poderiam ser outras quaisquer? Nesse sítio ou noutro qualquer?

Chegado de uma viagem às Astúrias e não tendo por lá ouvido música que por lá me situasse, fui à procura de música ... das Astúrias.
E assim ficaram os Llan de Cubel a minha banda sonora asturiana. Está bem. São das Astúrias!

Tivesse eu ouvido alguma música por lá, asturiana ou não, e a coisa poderia ser diferente, certo?
Tivesse eu não encontrado música asturiana na loja nesse dia e a coisa poderia ser diferente. Podia ter sido outra coisa qualquer ou até nada.
Há uns tempos andava o Gil a moer o caso de andar a pôr músicas nos poemas dos outros que podiam não ser as músicas desses poemas. A verdade é que, não sendo o "Lisboa" aquilo a que está convencionado chamar-se música "lisboeta", ainda hoje, caminhando pelos bairros antigos em tarde solarenga, dou por mim a trautear: "Descendo degraus e degraus e degraus... até ao rio".

Pois, acho que é a nossa imaginação que "cola" as músicas às coisas. E, neste caso, "colou" a música das Astúrias... às Astúrias!

"El 15 de Xineru"
Artista: Llan de Cubel
Álbum: Un Tiempu Meyor


Exacto! Não consigo imaginar as Astúrias em "techno", por exemplo. Deve ser por isso que dizem que a imaginação tem limites.
Bom, mas eu também não consigo imaginar "techno" em lado nenhum. Como é que se pode imaginar uma música que não tem imaginação?

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