terça-feira, 25 de abril de 2006
Viagens
Ou são as pessoas que as imaginam nesses sítios?
Imaginam essas porque estão nesse sítio?
Não poderiam ser outras quaisquer? Nesse sítio ou noutro qualquer?
Chegado de uma viagem às Astúrias e não tendo por lá ouvido música que por lá me situasse, fui à procura de música ... das Astúrias.
E assim ficaram os Llan de Cubel a minha banda sonora asturiana. Está bem. São das Astúrias!
Tivesse eu ouvido alguma música por lá, asturiana ou não, e a coisa poderia ser diferente, certo?
Tivesse eu não encontrado música asturiana na loja nesse dia e a coisa poderia ser diferente. Podia ter sido outra coisa qualquer ou até nada.
Há uns tempos andava o Gil a moer o caso de andar a pôr músicas nos poemas dos outros que podiam não ser as músicas desses poemas. A verdade é que, não sendo o "Lisboa" aquilo a que está convencionado chamar-se música "lisboeta", ainda hoje, caminhando pelos bairros antigos em tarde solarenga, dou por mim a trautear: "Descendo degraus e degraus e degraus... até ao rio".
Pois, acho que é a nossa imaginação que "cola" as músicas às coisas. E, neste caso, "colou" a música das Astúrias... às Astúrias!
"El 15 de Xineru"
Artista: Llan de Cubel
Álbum: Un Tiempu Meyor
Exacto! Não consigo imaginar as Astúrias em "techno", por exemplo. Deve ser por isso que dizem que a imaginação tem limites.
Bom, mas eu também não consigo imaginar "techno" em lado nenhum. Como é que se pode imaginar uma música que não tem imaginação?
domingo, 23 de abril de 2006
I don't want to go to Chelsea
Falta um ponto a José Mourinho para vencer de novo o campeonato inglês.
O provável jogo do título será no dia 29, em casa, frente ao Manchester United.
Deixo-vos aqui a canção que Cristiano Ronaldo vai andar a cantar toda a semana.
"(I don't want to go to) Chelsea"
Artista: Elvis Costello & the Attractions
Álbum: This Year's Model
quarta-feira, 19 de abril de 2006
Good evening, Mr. Brody
Parece que os discos de alguns dos nossos "Jazz-men" andam a saír baratinhos às editoras. Curiosamente, continuam a ser tão caros como se resultassem de sessões de meses com orquestras sinfónicas.
Felizmente, a qualidade não se faz de quantidade e, depois do Mário Laginha e do Rui Azul, fica aqui o disco de Carlos Bica em solo total (e ainda há por aí mais).
Das duas uma: ou é uma moda ou os nossos melhores músicos começam a ficar fartos de esperar pela indústria musical portuguesa e tratam de fazer eles mesmos, e bem! Se os senhores directores das grandes editoras pararem um pouco para ouvir, são capazes de descobrir que, se calhar, a criatividade está nos músicos e que a raiz do lucro está na inteligência do investimento e não em estudos de mercado e directivas de gente que só por curiosodade poderá saber onde fica Portugal.
Aqui deixo uma palavra de incentivo à Bor Land. Não se estraguem!
"Mr. Brody"
Artista: Carlos Bica
Álbum: Single
Por falar em discos caros, com a saída do novo de Carlos Bica "A Chama do Sol" (que custa um balúrdio) este "Single" entrou em promoção na CDGO e está agora a menos de 10 €. Aproveitem!
O novo ainda não ouvi. Vou talvez esperar que o preço baixe.
quinta-feira, 13 de abril de 2006
Há quase trinta anos, e no entanto...
Como sabem, volta-e-meia faço meia-volta e vou desencantar uma ou outra reliquia do meu passado.
Desta vez a escolha caíu em "Madrugada dos Trapeiros", disco de Fausto editado em 1977. Esta preciosidade encerra altos valores da música portuguesa da altura como "Rosie", "Se tu fores ver o mar (Rosalinda)", "Uns vão bem e outros mal", "Mariana das sete saias" ou esta "Uma cantiga de desemprego".
Se em alguns dos temas as letras se tornaram um pouco datadas, outros há que, de repente voltam a ganhar actualidade (e pelo andar da carruagem pode ser que aconteça em breve com mais alguns não é, Rosalinda?) como é o caso deste.
É verdade que já há muitos anos que retirei "Uns vão bem e outros mal" do meu "repertório" (aquilo é que era um sucesso) mas volto a chamar o "xôr" Fausto, aqui com o apoio inestimável de "sahib" Rão Kyao, para ver se o "enginheiro" desencanta os tais 150 mil postos de trabalho que prometeu.
"Uma cantiga de desemprego"
Artista: fausto
Álbum: Madrugada dos Trapeiros"
domingo, 9 de abril de 2006
Alguém se lembra?
Entre os fins dos anos 70 e o princípio dos anos 80, andava o Palma pela rua a dar concertos "à moeda".
Assim, encostado à esquina, nunca o vi. Não calhou!
Vi-o noutros sítios, como a sala de convívio do liceu ou o anfiteatro da faculdade, em pequenos eventos para onde o convidavam, em que nem havia amplificação. Eram sempre acompanhados à guitarra e terminavam com a aparição de um qualquer "recipiente" que se passava à volta no fim para cada um pôr a sua...
"Qualquer coisa para a música"
Artista: Jorge Palma
Álbum: Qualquer coisa pá música
Bons tempos, não eram?
sábado, 8 de abril de 2006
Mais concertos
RUI AZUL INDEX - concerto multimedia
Rui Azul : sax tenor / midisax / sequencers / backing tracks
Alexis Rodriguez : trompete / flugelhorn
David Lacerda : dar'buka / bohdran / bendir / percussões étnicas
Qui 27 e Sex 28 Abril às 23:45H no CONTAGIARTE
R. Álvares Cabral, 372 PORTO
...Outros com menos mas também interessantes:
08-04-2006
Lagoa
Auditório Municipal - 21.30
Joel Xavier
Lisboa
Onda Jazz - 23.30
Bruno Santos Quarteto - BS (g), Nelson Cascais (ctb), Bruno Pedroso (bat), Jorge Reis (s).
Montemor-O-Velho
Igreja do Castelo - 22.00
(InJazz - Jazz em Português)
Mário Laginha
Porto
Casa da Música - S1 - 22.00
San Francisco Jazz Collective - Joshua Redman (s), Nicholas Payton (t), Miguel Zenon (s), Isaac Smith (tb), Bobby Hutcherson (vb), Renee Rosnes (p), Matt Penman (b), Eric Harland (bat).
13-04-2006
Lisboa
Onda Jazz - 22.30
Vicente Amigo - VA (g), José Manuel Hierro (g), Blas Córdoba (voc), Patricio Cámara (voc, perc), Paquito (perc).
14-04-2006
Évora
Teatro Garcia de Resende - 22.00
(InJazz - Jazz em Português)
Mário Laginha
15-04-2006
Évora
Teatro Garcia de Resende - 22.00
InJazz - Jazz em Português
Carlos Bica
Lisboa
Onda Jazz - 23.30
Dudas trio - (Dudas (g), Alexandre Frazão (bat), Yuri Daniel (b).
Lisboa
Sítio do Cefalópode
Nuno Rebelo + Marco Franco - NR (g, elec), MF (bat, elec).
20-04-2006
Lisboa
Casino Lisboa - 22.00
Maria João e José Peixoto "Pele"
Informação: Rui Azul e Agenda Jazz de Leonel Santos
terça-feira, 4 de abril de 2006
Gouveia Art Rock 2006
Foto: http://www.gaudela.net/
É já nos próximos dias 8 e 9 de Abril que se realiza este festival dedicado à chamada "música progressiva", este ano com as participações de Peter Hammill (dia 8) e dos Amon Düül II (dia 9), velhos conhecidos dos meus tempos Olivalenses e particularmente idolatrados pelo chamado "pessoal do impasse".
Ora, estando este pessoal todo já na casa dos "entas", pergunto-me quantos é que se vão pôr a caminho da Serra da Estrela com outros propósitos que não chapinhar na neve.
Pelo menos falando por mim, que não era "do impasse" e até tenho menos dois ou três anitos, ir tão longe para ver o Hammill em solo total quando tenho aqui os Van Der Graaf com o Graham Smith e tudo, não me puxa muito. Já lá vão os tempos em que o maluco do prof Quim nos punha a analisar letras do PH nas aulas de filosofia. Agora ouço muito de vez em quando. Aos Amon ainda menos, que nunca tive nenhum disco deles e o pouco que ouvi foi em casa de amigos. Na altura variavam entre o muito bonito e o muito esquisito. Não sei como serão agora.
Para além destes "cabeças de cartaz" há mais umas bandas das quais nunca ouvi falar.
É capaz de ser bom, o festival.
Talvez num dos próximos se organize uma excursão para lá ir.
Já começamos a estar na idade, não é?
"Lizard Play"
Artista: Van Der Graaf
Álbum: The Quiet Zone / The Pleasure Dome
sábado, 1 de abril de 2006
Eu fui!
Peço desculpa à seita do costume por não ter dito nada mas só soube do concerto hoje ao fim da tarde. Foi decidir e pôr-me a caminho, basicamente.
O Olga Cadaval não encheu. É estranho mas parece que chegámos ao ponto de ter mais eventos musicais na mesma noite do que gente para os ver. Havia a Festa do Jazz no S. Luiz e suspeito que o Represas no CCB também terá levado algum público. É bom começarmos a ter muitos concertos. Agora temos de começar a programar melhor, que isto é pequenino e tem pouca gente, está bem?
Quanto ao concerto, genial como sempre! Não sou daqueles que se põem a descrever o que vão sentindo ao longo dos concertos. Essa parte fica para mim e cada um tem a sua, mas posso garantir que quem escolheu um dos outros concertos da noite, o melhor que tem a fazer é ir de viagem para o Porto para ver o de amanhã na Casa da Música. Vão, que vale a pena. Ainda por cima com o bónus de podermos trazê-lo para casa (pelo menos algo de parecido) já a partir de segunda feira, dia em que é editado "Canções e Fugas", o novo álbum a solo do Mário Laginha, com o mesmo alinhamento do concerto, 12 anos depois de "Hoje", com os mesmos 12 anos de diferença no conteúdo.
Se 0s puristas dizem que se "cresce para o Jazz", Mário Laginha "cresceu do Jazz" e já lá vai, bem mais à frente, digo eu!