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segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Portugal tem a música que merece!




Em Portugal existem rádios a mais, segundo se diz! Diz-se também que há estações de televisão a mais. Se considerarmos a televisão por cabo, talvez até seja assim e admito que não vejo a maioria dos canais porque simplesmente não têm interesse.
Todas as grandes editoras multinacionais estão representadas em Portugal. A juntar a estas, existem ainda as nacionais, isto para não falar na proliferação de produtoras e agentes musicais.
Diz-se que há jornais a mais em Portugal. Ultimamente até fecharam alguns. Seja.
Em Portugal existe apenas um jornal de música com visibilidade e nenhuma revista!

Que se passa na música em Portugal?

As rádios nacionais não passam música portuguesa, tirando algumas raridades que não são mais do que “areia para os ouvidos”.
A “Quinta dos Portugueses” na Antena 3 não é mais do que remeter a música portuguesas a um “gueto” semanal, onde só alguns têm acesso. Basta ouvir: são sempre os mesmos todas as semanas. Critérios? O gosto de alguém (ou outra coisa qualquer?).

A televisão portuguesa não tem um programa de música. A SIC Radical e a SIC mulher passam vídeos, principalmente estrangeiros; a SIC Notícias tem um programa que se chama “Música do Mundo” (qual mundo?); a RTP, a SIC e a TVI não têm um programa que possa ter esse nome (o TOP+ é um programa de indústria) e passam música de qualidade duvidosa em programas de qualidade duvidosa para um público-alvo no mínimo duvidoso; a MTV Portugal podia ser de outro país qualquer. A única coisa que mudou foi a contratação de “pivots” portugueses com um único critério: os putos são parvos, por isso os apresentadores têm de ser parvos. O único programa de música portuguesa com sucesso no últimos anos chamava-se “Made in Portugal” (era da feira mas era o único). Menos visível foi o sucesso de programas como o “Pop-off” e o “Spray” que, apesar de critérios algo elitistas, deram visibilidade a bandas da altura que não tinham meios de promoção. Ainda hoje algumas se aguentam e vendem discos.

As editoras multinacionais não contratam portugueses e quando contratam não promovem! As nacionais têm uma qualquer teoria sobre o público e trabalham mais para a feira do que para as lojas de discos.

O único jornal de música visível em Portugal, o Blitz, sofre de um qualquer preconceito qualitativo e exclui em política editorial o que não encaixa nos seus padrões. É muito mais “cool” fazer críticas aos discos de bandas estrangeiras que ninguém ouve só para afirmar uma qualquer “cultura musical alternativo-erudita”.

É por estas e por outras que a banda que mais discos e concertos vende em Portugal se chama D’ZRT e foi “inventada”, divulgada e promovida por uma... telenovela!

Bem feito!!!

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