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sábado, 17 de setembro de 2005

As músicas das nossas vidas (4)













Foto: Bruce Springsteen net

Conheci a música de Bruce Springsteen em finais dos anos 70, num daqueles programas de rádio em que se passavam álbuns completos (bons tempos) através do "Darkness on the edge of town". Se tivesse ficado famoso na altura, com as letras de "Darkness", Springsteen teria por certo sido eleito "heroi da classe óperária" pelos partidos de esquerda portugueses. Infelizmente, Bruce acabou por ter sucesso em Portugal com a saída de "Born in th USA" e bastou o título do álbum para os mesmos o definirem como símbolo do "Imperialismo capitalista" (bastava terem tomado atenção à letra dessa canção, mas isso dava muito trabalho) e é o rótulo que carrega ainda hoje por cá.

Para mim bastou essa primeira audição. Mal "The River" chegou às lojas contei os tostões que andara a juntar e lá fui gastar uma pipa de massa num álbum duplo. Fiquei teso mas confortadinho.

Fui mostrá-lo à "seita" como sempre fazia e, à segunda música, logo se levantaram as vozes criticas: Eh pá, isso é música de feira ou: Esse gajo vai concorrer à eurovisão?
Durante os tempos mais próximos acabou por ser esta a canção que ficou. Pelo balanço? Pelo ritmo? Terá sido a vontade que dava de abanar o capacete ou foi mesmo porque todos nos passamos por ter de fazer favores à sogra em vez de ir curtir?

Se Springsteen fosse português, cantasse em português e tivesse aparecido nos últimos anos, esta música era seguramente enfiada no "saco pimba". Como é americano, canta em inglês e já cá anda há uns anos, vai só para a secção dos "Americanos-mainstream-imperialistas-e-estúpidos". A julgar pelo que se ouve hoje nas rádios, passará um dia com honras de "símbolo da resistência rock" em todas as rádios alternativas.

Pois então aqui fica a canção "parôla" que punha a minha "seita" toda aos pulos nas tardes de verão do ano de 1981.

Artista: Bruce Springsteen
Tema: Sherry Darling
Álbum: The River

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