Para quem está de férias até nem deve ser muito mau...
Lá para os idos de 1986 também estava calor na Galiza ou, pelo menos, assim reza a canção mais famosa desse verão.
Seguindo as pisadas dos Pogues, nasciam na Galiza "Os Resentidos", rapazes versáteis (curiosamente o primeiro disco deles chamava-se "Vigo, capital Lisboa"), que conseguiam, na mesma canção (esta), falar da fome na Etiópia, da matança do porco e dos "caramelos" que, por causa da movida, passavam o dia e a noite de óculos de sol. O que é que estas coisas têm em comum entre si? Talvez o sol, o verão e o calor, talvez nada!
A canção tinha a sua piada, de tão rasca que era, e caíu-me aqui na memória em ano de seca, fogos e falta de férias de verão, mas também no ano em que tivemos Santana e Sócrates a sucederem-se como PM, conhecidos bandidos a candidatarem-se a autarquias e, para animar ainda mais o verão, Soares a candidatar-se a mais uma reforma de ouro, Jerónimo e Louçã a fingir que correm contra e Cavaco a fingir que não corre coisa nenhuma. Calma, ainda falta o Garcia Pereira!
Este é de facto um ano de insolação colectiva!
19 anos depois, a canção rasca continua actual. Abrunhosa continua de óculos escuros, ainda há fome em África e não há meio de se matar os porcos de vez!
Fai un sol de ...
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