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domingo, 4 de setembro de 2005

Está calor, não está?

Para quem está de férias até nem deve ser muito mau...

Lá para os idos de 1986 também estava calor na Galiza ou, pelo menos, assim reza a canção mais famosa desse verão.
Seguindo as pisadas dos Pogues, nasciam na Galiza "Os Resentidos", rapazes versáteis (curiosamente o primeiro disco deles chamava-se "Vigo, capital Lisboa"), que conseguiam, na mesma canção (esta), falar da fome na Etiópia, da matança do porco e dos "caramelos" que, por causa da movida, passavam o dia e a noite de óculos de sol. O que é que estas coisas têm em comum entre si? Talvez o sol, o verão e o calor, talvez nada!

A canção tinha a sua piada, de tão rasca que era, e caíu-me aqui na memória em ano de seca, fogos e falta de férias de verão, mas também no ano em que tivemos Santana e Sócrates a sucederem-se como PM, conhecidos bandidos a candidatarem-se a autarquias e, para animar ainda mais o verão, Soares a candidatar-se a mais uma reforma de ouro, Jerónimo e Louçã a fingir que correm contra e Cavaco a fingir que não corre coisa nenhuma. Calma, ainda falta o Garcia Pereira!

Este é de facto um ano de insolação colectiva!

19 anos depois, a canção rasca continua actual. Abrunhosa continua de óculos escuros, ainda há fome em África e não há meio de se matar os porcos de vez!

Fai un sol de ...

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