Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Versões (1)

Ora então aí fica a primeira:

É a versão de "Running up that hill" da Kate Bush pelos "góticos" holandeses Within Temptation.

Não sou grande adepto deste tipo de música mas os meus amigos "da pesada" têm protestado um bocado por isso decidi dar-lhes um presentinho.

Quanto à versão, acho-a um bocado previsível mas enfim... é "gothic rock"!!!

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Versões!

Depois de esclarecidos os jovens leitores sobre a diferença entre versões e plágio, decidi abrir mais um capítulo deste blogue justamente dedicado a elas (às versões, claro).

Sou da opinião que as músicas não são coisas acabadas, ou seja, há sempre outra maneira de as tocar e cantar. Os próprios autores acabam por fazer várias versões da mesma música e as que são feitas por outros, resultem bem ou mal, têm pelo menos de ter o interesse de serem diferentes. Se não forem, geralmente mais vale ignorá-las por défice de criatividade. Quanto aos artistas que atingem o sucesso por fazerem versões de outros, por muito más que sejam as versões e os originais, têm pelo menos o valor de ter apostado no cavalo certo. O problema é que para mim a música não tem quatro patas nem cheira mal! Tem de haver um mínimo tanto a montante como a jusante (vêem? Também sei usar termos da moda).

Toda a história da música está cheia de versões e isto inclui todos os tipos de música (quantas versões há, por exemplo, da 5ª Sinfonia do Beethoven?). O "Yesterday" dos Beatles parece que tem mais de 3000 versões gravadas. Facilmente se percebe que muitas não valem um caracol.

As versões que vou pôr aqui variam entre o muito bom e o ridículo, passando pelas outras categorias de avaliação, incluindo o interessante. Vou tentar que sejam de um original minimamente conhecido, senão a coisa perde o interesse.

A caixinha dos comentários agradece opiniões.

sábado, 24 de setembro de 2005

Fazer história

Esta canção já é um bocadinho arqueológica.

Sempre que alguma coisa é destruída, reconstruída ou simplesmente modificada, há sempre algo que fica para lembrar como era antes.


Tom Waits
I wish I was in New Orleans (In the Ninth Ward)*

*O "Ninth Ward" era uma das zonas mais pobres da cidade e foi uma das mais atingidas pelo furacão Katrina

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Porque é que...?

- Os "singles" nunca são as melhores músicas dos discos?

- O nomeado que merece nunca ganha o prémio?

- O baterista é quase sempre considerado o "totó" da banda?

- Os músicos dizem sempre que não ouvem os próprios discos?

- Os críticos de música não sabem ler música?

- As perguntas das entrevistas são sempre as mesmas?

- Os músicos "alternativos" estão proibidos de ter sucesso?

- Os músicos que não têm sucesso são considerados "alternativos"?

- Os músicos dos casamentos são tão maus?

- Os casamentos dos músicos são tão maus?

So what?

Parece que muita gente ficou escandalizada ao saber que o grande êxito dos D'ZRT "Para mim tanto me faz" é, na verdade, uma versão de uma canção japonesa.

E depois?

Já sabemos que os rapazes não são grandes músicos.
O recurso a versões de canções estrangeiras é utilizado por montes de gente.
Os autores sempre vão ganhando uns cobres em direitos (se lhes pagarem, claro).

Pelos vistos a coisa até resultou: anda para aí muita "pita" de "olhos em bico" ultimamente!

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Por falar em farturas...

... aqui fica uma bem "gordurosa" para que não se diga que este não é um blogue pluralista!

Já tem quase 20 anos, daí ser um bocado "dura de engolir" (na verdade já na altura era). Eu acho particularmente inventiva a parte do "...biscuit, oui oui oui oui".

"Molharrei la farture dans ta tasse chaude"
Trabalhadores do Comércio (1986)

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Estranho país, este!

A sinfonia do Benfica é hoje apresentada ao público no Coliseu dos Recreios.

Parece que, para esta apresentação, foi formada uma orquestra com 90 elementos. Só para tocar esta obra do Maestro Vitorino de Almeida.

Tudo bem. Sempre é mais uma obra para a música portuguesa.

O estranho é o motor de tudo isto ser... um clube de futebol.

E o Ministério da Cultura?
Passa a "treinador de bancada"?

As músicas das nossas vidas (5)



Conheci esta numa versão da "Nitty Gritty Dirt Band" e fui logo à procura do original.
Desde aí tem-me acompanhado a espaços. Acabo sempre por ter saudades e ir buscá-la.
Em 2002, a Maria João e o Mário Laginha fizeram uma versão. Não desgostei mas acabei de novo por ir buscar o original.
Nem sei porque gosto tanto dela (a canção). Ou se calhar até sei mas não quero dizer...

Artista: Joni Mitchell
Tema: Both sides, now
Álbum: Clouds

domingo, 18 de setembro de 2005

Não há paciência!!!

Mais uma oportunidade perdida!

Chama-se "Música no ar" e não é mais do que outro programa de "melodias de sempre" igual a tantos que a RTP já produziu, com as mesmas canções e tudo!

Ah, mas este é diferente. Aqui os apresentadores fazem de conta que estão na rádio!

Cretinos!!!

Já temos a RTP memória a repetir os outros. Para que é que precisamos de mais um?
Estes gajos não conhecem outra música?
Volare, ô ô???
Vocês sabem lá???

Somos todos parvos ou quê?

Com os outros canais a dar xaropadas, o Herman cada vez pior e o "quartel das celebridades" na TVI, a alternativa é "isto"?

Mais uma vez se perdeu uma oportunidade de mostrar a música portuguesa de hoje na televisão.

Não há paciência para tanto mau gosto!!!

sábado, 17 de setembro de 2005

As músicas das nossas vidas (4)













Foto: Bruce Springsteen net

Conheci a música de Bruce Springsteen em finais dos anos 70, num daqueles programas de rádio em que se passavam álbuns completos (bons tempos) através do "Darkness on the edge of town". Se tivesse ficado famoso na altura, com as letras de "Darkness", Springsteen teria por certo sido eleito "heroi da classe óperária" pelos partidos de esquerda portugueses. Infelizmente, Bruce acabou por ter sucesso em Portugal com a saída de "Born in th USA" e bastou o título do álbum para os mesmos o definirem como símbolo do "Imperialismo capitalista" (bastava terem tomado atenção à letra dessa canção, mas isso dava muito trabalho) e é o rótulo que carrega ainda hoje por cá.

Para mim bastou essa primeira audição. Mal "The River" chegou às lojas contei os tostões que andara a juntar e lá fui gastar uma pipa de massa num álbum duplo. Fiquei teso mas confortadinho.

Fui mostrá-lo à "seita" como sempre fazia e, à segunda música, logo se levantaram as vozes criticas: Eh pá, isso é música de feira ou: Esse gajo vai concorrer à eurovisão?
Durante os tempos mais próximos acabou por ser esta a canção que ficou. Pelo balanço? Pelo ritmo? Terá sido a vontade que dava de abanar o capacete ou foi mesmo porque todos nos passamos por ter de fazer favores à sogra em vez de ir curtir?

Se Springsteen fosse português, cantasse em português e tivesse aparecido nos últimos anos, esta música era seguramente enfiada no "saco pimba". Como é americano, canta em inglês e já cá anda há uns anos, vai só para a secção dos "Americanos-mainstream-imperialistas-e-estúpidos". A julgar pelo que se ouve hoje nas rádios, passará um dia com honras de "símbolo da resistência rock" em todas as rádios alternativas.

Pois então aqui fica a canção "parôla" que punha a minha "seita" toda aos pulos nas tardes de verão do ano de 1981.

Artista: Bruce Springsteen
Tema: Sherry Darling
Álbum: The River

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Bimbos sois vós, senhores!!!

A musica “pimba” pura e simplesmente não existe!

Já há muito tempo que existe um circuito de música popular de cariz mais ou menos rural que, até há uns anos atrás, funcionava através de um mercado de cassetes áudio, produzidas por pequenas e obscuras editoras, vendidas nas feiras e em pequenos escaparates nas tascas e mercados locais. Era uma música derivada do folclore, com jeitos de fado, mais ou menos dançável cujas letras variavam entre o “malandreco” e o trágico tipo faca-e-alguidar, passando, claro, pelas referências à emigração, tema caro ao público-alvo a atingir.
Ninguém se preocupava muito com isso. Era na Santa Terrinha. Não incomodava ninguém.

O problema começou quando estes artistas populares, até aí conhecidos das festas e romarias, começaram a entrar subitamente no circuito de vendas “oficial”, às claras, aproveitando o mercado das cidades até aí pouco explorado e, ainda por cima, a vender mais do que os das grandes editoras. A música era alegre, as pessoas achavam piada às letras, a jovem classe universitária aderiu em massa e o fenómeno começou a incomodar os “poderes” instalados (e acomodados). Uma chatice!

Pegando no título de um sucesso da altura (“Pimba, Pimba” de Emanuel), logo alguém aproveitou e lhe deu o nome de “Música Pimba” que queria, na verdade, dizer “Música Bimba” (para quem não sabe, bimbo é o mesmo que parolo).

Não sei bem como (a “industria” e os críticos de música em Portugal saberão), o fenómeno tornou-se a grande preocupação nacional, gerando debates protagonizados por “doutas” cabeças pensantes da cultura nacional sobre os malefícios que esta música sem qualidade poderia trazer para o nível cultural dos portugueses.

A partir daí, os críticos passaram a meter toda a música popular de que não gostavam no “saco pimba” e chegámos ao extremo de hoje praticamente não existir música “ligeira” e de uma grande parte da música “pop” portuguesa ser considerada pimba!
Não obstante, todas estas músicas aí “ensacadas” continuam a vender. Como em todos os países da Europa e da América (Sul e Norte), há uma música popular, muitas vezes de baixa qualidade, que vende muito. A diferença é que nos outros países a aceitam, a vendem juntamente com a música de mais qualidade e não têm vergonha dela.

Para ter um povo evoluído culturalmente, a solução não é proibi-lo de ouvir o que gosta mas sim deixar as pessoas fazerem o seu próprio caminho. Divulgar toda a música educa os ouvidos e gera curiosidade por coisas com mais qualidade.

Aos “senhores” da cultura saiu-lhes o tiro pela culatra. A “Música Pimba” é uma invenção vossa, meus amigos. A “Música Pimba” não existe, meus caros. Ponham os pés na terra onde vivem, aprendam a conhecer o povo de que fazem parte e parem de inventar problemas onde eles não existem. Se têm vergonha de ser portugueses mudem de país, mas aviso-vos já que nos outros também há música desta!

Já agora, dêem uma "olhadela" com "ouvidos de ouvir" para dentro do “saco pimba” e descobrirão com surpresa que no meio daquela salganhada toda, há coisas que, embora vocês não gostem (e eu se calhar também não), têm alguma qualidade. Mais até do que alguns dos poucos “eleitos” da critica musical portuguesa.

Um pequeno exemplo em forma de pergunta: Os “Anjos” não terão mais qualidade do que, por exemplo, os “Fingertips”?

terça-feira, 13 de setembro de 2005

O "hamburger" do "jornalismo"!

Passo a citar:

Citemos Marco Paulo, em recente entrevista a uma revista popular: «O pimba veio abandalhar a música». Surpreendente afirmação, vinda de quem vem. Dir-se-á: mas quem é Marco Paulo para dizer semelhante coisa, ele que é o sumo pontíficie do pimba? Pois Marco Paulo disse-o precisamente por ser o sumo pontíficie do pimba, tal como Eurico de Melo é a reserva moral do PSD. Estranhos tempos, estes em que vivemos.
(João MacDonald na Revista 365 – o texto é copiado, os erros de ortografia já lá estavam)

O “jornalista” João MacDonald é, na sua função de crítico, o exemplo acabado do que o João Gil chama um “crítico merdoso”.
Autor não só deste comentário mas de outras pérolas da escrita “jornalística” como: o viaduto de Massarelos, no Porto (...) é o momento prependicular à cidade (...) (de novo, o erro é do autor), além de dar erros incríveis de ortografia e escrever frases que não fazem qualquer sentido, sofre do mais vulgar mal da critica musical portuguesa: “a doença do saco do pimba”!

Meus amigos, de uma vez por todas vou fazer uma revelação que pode ser um choque para muitos de vocês:

Marco Paulo não é pimba!
É mau, muito mau, mas não é pimba!

Voltarei em breve a este tema.

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Por falar de música e de Portugal...

...Aqui fica uma musiquinha sobre a condição de ser português.

Tem 25 aninhos!
Querem coisa mais actual?

Ou será a prova que nada mudou (ou quase) desde 1980?

Banda do Casaco
"Natação Obrigatória"

Portugal tem a música que merece!




Em Portugal existem rádios a mais, segundo se diz! Diz-se também que há estações de televisão a mais. Se considerarmos a televisão por cabo, talvez até seja assim e admito que não vejo a maioria dos canais porque simplesmente não têm interesse.
Todas as grandes editoras multinacionais estão representadas em Portugal. A juntar a estas, existem ainda as nacionais, isto para não falar na proliferação de produtoras e agentes musicais.
Diz-se que há jornais a mais em Portugal. Ultimamente até fecharam alguns. Seja.
Em Portugal existe apenas um jornal de música com visibilidade e nenhuma revista!

Que se passa na música em Portugal?

As rádios nacionais não passam música portuguesa, tirando algumas raridades que não são mais do que “areia para os ouvidos”.
A “Quinta dos Portugueses” na Antena 3 não é mais do que remeter a música portuguesas a um “gueto” semanal, onde só alguns têm acesso. Basta ouvir: são sempre os mesmos todas as semanas. Critérios? O gosto de alguém (ou outra coisa qualquer?).

A televisão portuguesa não tem um programa de música. A SIC Radical e a SIC mulher passam vídeos, principalmente estrangeiros; a SIC Notícias tem um programa que se chama “Música do Mundo” (qual mundo?); a RTP, a SIC e a TVI não têm um programa que possa ter esse nome (o TOP+ é um programa de indústria) e passam música de qualidade duvidosa em programas de qualidade duvidosa para um público-alvo no mínimo duvidoso; a MTV Portugal podia ser de outro país qualquer. A única coisa que mudou foi a contratação de “pivots” portugueses com um único critério: os putos são parvos, por isso os apresentadores têm de ser parvos. O único programa de música portuguesa com sucesso no últimos anos chamava-se “Made in Portugal” (era da feira mas era o único). Menos visível foi o sucesso de programas como o “Pop-off” e o “Spray” que, apesar de critérios algo elitistas, deram visibilidade a bandas da altura que não tinham meios de promoção. Ainda hoje algumas se aguentam e vendem discos.

As editoras multinacionais não contratam portugueses e quando contratam não promovem! As nacionais têm uma qualquer teoria sobre o público e trabalham mais para a feira do que para as lojas de discos.

O único jornal de música visível em Portugal, o Blitz, sofre de um qualquer preconceito qualitativo e exclui em política editorial o que não encaixa nos seus padrões. É muito mais “cool” fazer críticas aos discos de bandas estrangeiras que ninguém ouve só para afirmar uma qualquer “cultura musical alternativo-erudita”.

É por estas e por outras que a banda que mais discos e concertos vende em Portugal se chama D’ZRT e foi “inventada”, divulgada e promovida por uma... telenovela!

Bem feito!!!

quinta-feira, 8 de setembro de 2005

Mensagem do Samuel


Festival Punk sem Fronteiras nem Bandeiras

II Festival "LA BELLOTA MECÁNICA: Destruyendo fronteras"
Évora, 16 e 17 de Setembro de 2005
Espaço Alçude (Junto da central de Camionagem de Évora na saída para Lisboa)

DEBATE SEXTA-FEIRA 18.30
"Anarquia e Autogestão"

Convida-se à presença de Colectivos, Associações e todo/as indíviduos a participar
(presença já anunciada do CCA-GILL; gente da CNT, etc...)


SEXTA 16: 20HS
ALBERT FISH
-Street Punk-LX-PT
PAYASOS DOPADOS-Punk-RoCk/ReGgae-Core/Esp.-Arg-Pt
SPASMOS-Punk -Rock-Caceres-Esp.
PUNK SINATRA-Punk-rocl/LX-PT
CAMARA DE GAS-Hc-Punk/Madrid-Esp.
THE HIGHEST COST-New School-Faro-PT
PELINTRAS-Ska/FUzeta-PT


SABADO 17: 20HS
KAOS URBANO-Street-PUnk/Madrid-Esp.
DISSIDENTES DO PROJECTO ESTATAL- AnarcoPunk/Aljustrel.PT
INSURGENTES-Punk-Rock/Anarquista-Toledo-Esp.
M.A.D. Hc-Punk-LX-PT
AGRESION-Street-Punk-Madrid-Esp.
PROYECTO KOSTRADAMUS-Punk-Madrid-Esp.
ARPAS VIEJAS-Punk-Barcelona-Esp.
RUIDOSA INMUNDICIA-Hc-Old School-Viena-Autria


Preços: 2 dias 9 B?lotas hasta dia 15/09 reserva via mail!!!
2 dias 10 B?llotas na Porta
1 dia 6 B?lotas

HÁ PARQUE de CAMPISMO COM DESCONTO A 1KM DO ALÇUDE

ESCREVE PARA QUALQUER CONSULTA

terça-feira, 6 de setembro de 2005

Eu quero este disco!!!

Os Lindisfarne são uma daquelas bandas um tanto obscuras que pouca gente conhece e que, ao longo dos anos, foram sofrendo de mudanças de músicos, várias separações e recomeços, reuniões e desaparecimentos, tudo isto entre 1969 e 2004 (até agora!). Definitivamente não é uma das minhas bandas favoritas. 

Este disco é! Gravado em 1973, teve uma única edição (em viníl, claro) e, segundo a própria banda, tinha um som tão mau que decidiram nunca mais gravar um álbum ao vivo (claro que daí a 5 anos saíu outro, de onde tirei esta versão que estão provavelmente a ouvir). No entanto, o ambiente do concerto nunca mais foi conseguido nos seguintes, azar ainda maior porque a banda decidiu não o editar em CD! Buáááááááá!!! 


 Tenho aqui falado nas músicas das nossas vidas. Se há álbuns das nossas vidas, este é um dos meus. 

 O alinhamento era o seguinte: 

 Lado A 
1. No time to lose 
2. Meet me on the corner 
3. Alright on the night 
4. Train in G Major 
5. Fog on the Tyne 

 Lado B 
1.We can swing together 
2. Jack Hammer Blues 

Sete singelas (ou nem tanto) canções, apenas! O que está ali na estante tem 19 e não é nada a mesma coisa (se calhar por isso mesmo...) Se alguém por aí o tiver (o de 73), mesmo em vinil (desde que em bom estado), e se quiser ver livre dele, "apite". Estou comprador!

Nota de 2021: Em 2005 sairam duas edições em CD. Se alguém encontrar por aí, compre, que eu pago!

domingo, 4 de setembro de 2005

Está calor, não está?

Para quem está de férias até nem deve ser muito mau...

Lá para os idos de 1986 também estava calor na Galiza ou, pelo menos, assim reza a canção mais famosa desse verão.
Seguindo as pisadas dos Pogues, nasciam na Galiza "Os Resentidos", rapazes versáteis (curiosamente o primeiro disco deles chamava-se "Vigo, capital Lisboa"), que conseguiam, na mesma canção (esta), falar da fome na Etiópia, da matança do porco e dos "caramelos" que, por causa da movida, passavam o dia e a noite de óculos de sol. O que é que estas coisas têm em comum entre si? Talvez o sol, o verão e o calor, talvez nada!

A canção tinha a sua piada, de tão rasca que era, e caíu-me aqui na memória em ano de seca, fogos e falta de férias de verão, mas também no ano em que tivemos Santana e Sócrates a sucederem-se como PM, conhecidos bandidos a candidatarem-se a autarquias e, para animar ainda mais o verão, Soares a candidatar-se a mais uma reforma de ouro, Jerónimo e Louçã a fingir que correm contra e Cavaco a fingir que não corre coisa nenhuma. Calma, ainda falta o Garcia Pereira!

Este é de facto um ano de insolação colectiva!

19 anos depois, a canção rasca continua actual. Abrunhosa continua de óculos escuros, ainda há fome em África e não há meio de se matar os porcos de vez!

Fai un sol de ...