Não estive nesta noite no CCB, mas já vi este concerto do Júlio Pereira por duas vezes.
Este Malhão Morno, por seu nome, liga o centro do país a Cabo Verde. Mas a verdade é que, para lá chegar, consigo ouvir paragens desde a Estremadura espanhola ao Brasil, passando pelos Açores.
É esta um das maiores qualidades do mais recente espectáculo de Júlio Pereira: as viagens que nos proporciona. As outras são o grupo que o acompanha (o melhor desde há muitos anos a esta parte), composto por Sandra Martins (violoncelo), Miguel Veras (guitarra) e Luís Peixoto (bouzouki) e a felicidade que emana do palco para a plateia, como já não via a Júlio Pereira desde os anos oitenta.
Júlio Pereira está hoje em grande actividade, quer como músico, quer como promotor do cavaquinho e da sua recém criada Associação. Por mim, gosto muito mais desta versão totalmente acústica do que das parcialmente electrificadas que lhe fui ouvindo ao longo dos tempos, com um ou outro intervalo. Fica aqui para ouvirem. Porque é bom.
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