Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Quarteto de Guitarras de Lisboa - Elegia a um poeta andarilho



Esta música faz parte do album "Prima Luce", que tenho aqui em casa e garanto que é muito, mesmo muito bom!

Quarteto de Guitarras de Lisboa:

André M. Santos - Guitarra
Miguel Vieira da Silva - Guitarra
José Dias - Guitarra
Pedro Luís - Guitarra

Filmado na Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves, 16 Fevereiro de 2015.

Rui David - Filmagem
Pedro Luís - Edição

Site do Quarteto de guitarras de Lisboa: www.qglx.pt

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Júlio Pereira ao vivo - CCB - Malhão Morno

Não estive nesta noite no CCB, mas já vi este concerto do Júlio Pereira por duas vezes.

Este Malhão Morno, por seu nome, liga o centro do país a Cabo Verde. Mas a verdade é que, para lá chegar, consigo ouvir paragens desde a Estremadura espanhola ao Brasil, passando pelos Açores.

É esta um das maiores qualidades do mais recente espectáculo de Júlio Pereira: as viagens que nos proporciona. As outras são o grupo que o acompanha (o melhor desde há muitos anos a esta parte), composto por Sandra Martins (violoncelo), Miguel Veras (guitarra) e Luís Peixoto (bouzouki) e a felicidade que emana do palco para a plateia, como já não via a Júlio Pereira desde os anos oitenta.

Júlio Pereira está hoje em grande actividade, quer como músico, quer como promotor do cavaquinho e da sua recém criada Associação. Por mim, gosto muito mais desta versão totalmente acústica do que das parcialmente electrificadas que lhe fui ouvindo ao longo dos tempos, com um ou outro intervalo. Fica aqui para ouvirem. Porque é bom.

terça-feira, 12 de maio de 2015

A música portuguesa está de boa saúde

Há dias dei conta aqui de um grande concerto do LST - Lisboa String Trio a que assisti na passada sexta feira.

LST:




Logo no dia a seguir, vi um óptimo concerto dos Galandum Galundaina, integrado no Festival da Máscara Ibérica.

Galandum Galundaina:




Ontem fui ao Chiado assistir ao lançamento do novo disco dos Tape Junk:




Já hoje chegaram-me de repente os mais novos da Márcia e do David Fonseca. O dela a mostrar novas aventuras em novas sonoridades, o dele a confirmar o caminho que vinha percorrendo, com produção musical irrepreensível num vídeo espectacular.

Ele:



E ela:




E já há uns dias me tinha chegado o novo do Real Combo Lisbonense:




São uns atrás dos outros. A música portuguesa produz muito e bom. Infelizmente vende pouco e mal. Podíamos mudar isto, não acham?


sábado, 9 de maio de 2015

E assim nos tratamos tão mal...

Cartaz do Festival "Junta-te ao Jazz Benfica 2015
Assisti ontem à noite a um dos melhores (se não o melhor) concertos (em termos estritamente musicais) que vi este ano, até agora: Lisboa String Trio no Festival "Junta-te ao Jazz", organizado pela Junta de Freguesia de Benfica.

O Lisboa String Trio é composto por José Peixoto (guitarra clássica), Bernardo Couto (guitarra portuguesa) e Carlos Barretto (contrabaixo). Ontem  à noite, por razões de sobreposição de calendários, Carlos Barretto foi substituído por António Quintino o que, se alterou um pouco o som do grupo, tornou o concerto ainda mais "único". Qual então a razão de ser do título deste artigo?

Na verdade, consegui ir a este concerto um pouco por ser um tipo mais atento do que o habitual a estas coisas da música (para alguns, serei um pouco obsessivo, eu sei) e pela grande admiração que tenho pela música do José Peixoto, que faz com que o vá "seguindo" pelas chamadas "redes sociais". Soube da sua realização na manhã do próprio dia e, de imediato, resolvi que não podia perder a oportunidade. E aí começou a "Odisseia". A saber:
 
Fui ao site da Junta de Freguesia de Benfica, organizadora do evento, consultei o programa, confirmei a realização do concerto, tentei saber o horário das bilheteiras e... nada! Nenhuma referência. Encontrei o número de telefone do Auditório. Telefonei uma... telefonei duas e... nada! Ninguém atendia. Apesar de ter coisas para fazer, decidi que valores mais altos se levantavam e... ala para Lisboa. Chegado ao Auditório... porta fechada. Indaguei na recepção dos serviços administrativos da Junta e... Nada feito! "Espere um pouco (disse-me o diligente recepcionista) que eu vou ligar a ver se está alguém no Auditório". "Bom (pensei eu), pelo menos tenta". Depois de largos minutos à espera, alguém atendeu o telefone do Auditório (que, aliás, é na porta ao lado). "Olha, está aqui um senhor por causa duns bilhetes...". Lá me fizeram o especial favor de me atender e... "A bilheteira abre uma hora antes do concerto!". Eu estava ali, o vendedor de bilhetes estava ali, mas não podia comprar bilhetes. No próprio dia do concerto... "E posso ao menos reservar?"... (pausa para pensar...)... "Sim, isso pode. Deixe-me só aqui apontar. Por acaso não tem uma caneta que me empreste, não?...

E pronto, lá voltei para casa com uma reserva feita pela minha esferográfica, coisa que, para mim, seria normal fazer por telefone, isto não considerando as opções "modernas", coisas estranhas como compra ou reserva de bilhetes online, bilheteiras abertas em horários de expediente e outras coisas aparentadas. Pelo caminho, fui ganhando uma certa apreensão (considerando que nem toda a gente está disposta a sujeitar-se a estas andanças) quanto à afluência de público ao concerto. Infelizmente, com razão.

O Auditório Carlos Paredes tem 115 lugares. Para um concerto de um dos melhores grupos do país, composto por grandes músicos e depois de ter editado aquele que foi, para mim, dos que ouvi, um dos melhores discos nacionais editados em 2014, estavam cerca de... 20 pessoas. Os músicos, profissionais competentes e experientes nestas coisas, conseguiram não se deixar abater pela visão de uma sala vazia à sua frente e ofereceram-nos uma grande actuação, onde o mais que comprovado virtuosismo dos músicos se complementou com uma cumplicidade e coesão notáveis. Mas não há dúvidas que, em termos de ambiente e reacção do público à música que ia sendo tocada, o concerto perdeu bastante. Volto a dizer que foi um dos melhores concertos que vi este ano. Fico a imaginar como teria sido se a sala estivesse cheia...

Porque é que estas coisa acontecem? Como é que os grandes músicos deste país são obrigados, vezes sem conta, a tocar para salas vazias? Neste caso não foi, com certeza, culpa do preço dos bilhetes (5 euros). Sim, uma Junta de Freguesia organizar um Festival de Jazz é um feito de realce. Mas... assim? Nem aquilo é um Festival e, não fossem os músicos, dificilmente seria um concerto. Se a Junta de Freguesia não tem meios de divulgação (ou competência para a fazer), então que se escuse de organizar eventos só para ficarem bonitos no anuário de actividades. Os "fregueses" (como se diz agora) precisam de ver boa música e os músicos precisam de público. É assim tão difícil juntar as duas necessidades e fazer uma coisa com um mínimo de dignidade? É triste mas, mesmo quando temos tudo para sermos felizes, tratamo-nos tão mal.

sábado, 2 de maio de 2015

Vídeos com letra (Maçã de Junho - Jorge Palma)

Pois então cá está mais um videozinho com letra incluída, aqui da minha produção.

E porque à dúzia é mais barato, na secção das Cifras já estão os acordes, para poderem tocar enquanto cantam.

Se houver algo que achem que pode estar errado, avisem.







sexta-feira, 1 de maio de 2015

Se é para fazer pior...

... mais vale ficar quieto.

Sei bem o que custa fazer um site. Ou melhor... não sei. Porque não sei o suficiente de códigos e técnicas de design e de tudo o que é necessário para fazer um bom site. Por motivos que alguns conhecem, tenho andado a tentar construir um. Uma coisa pequenina, sem grandes ambições ou pretensões que não sejam transmitir a informação necessária, tarefa a que tive de me lançar por não querer (ou não poder) pagar a profissionais para que o fizessem.

Mas a que vem esta conversa, afinal?

Pois bem, uma coisa é o meu pequeno site, outra coisa é um site institucional de uma grande instituição, de um chamado "pilar cultural" da capital do país, feito por profissionais (ou não?...), calculo eu que bem pagos, por sinal.

O site antigo do CCB não era bonito. Era funcional, era informativo, intuitivo, fácil de navegar. Durante cerca de dois anos extraí dele informação sobre concertos. Sempre sem problemas.

O site novo do CCB também não é bonito. Nem funcional, nem intuitivo. É quase impossível de navegar. É uma completa inutilidade. Feito por profissionais? Ou já estamos na fase de pedir aos voluntários que o façam pois o "webdesigner" foi despedido?

Em todo o caso, a responsabilidade será sempre dos responsáveis. Do próprio CCB, entenda-se. Que tristeza...

Esgotado!


Pedro Jóia & Quarteto Arabesco no CCB, amanhã, dia 2 de Maio de 2015.

E é assim. Quando a coisa é boa, o pessoal alinha. É preciso é que se saiba que vai acontecer.

Bom, não será sempre assim. Todos sabemos quem é que enche mais salas (e recintos de feira) em Portugal. É também por isso que fico tão contente com as salas esgotadas dos bons artistas nacionais, mesmo quando eu não consigo lá estar. E vão sendo muitas, felizmente.