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sábado, 25 de agosto de 2007

Batota


Imagem: mariolaginha.org

Depois de "Canções e Fugas" e do que se falou sobre o que motivou a criação deste trabalho, devo dizer que esperava um disco bastante diferente, menos para o lado "Jazz" do Mário Laginha, qualquer coisa que não sei bem o que é mas que no entanto continuo à espera que ele faça.

Mas o Mário decidiu fazer outro disco e trocou-me as voltas. Em vez do seguimento do "Canções", saiu-me um magnífico descendente ("evolucionado", em todo o caso) do "Hoje", um disco de Jazz de alguém com a grande vantagem de saber que aquilo que faz já não é "bem Jazz". Da qualidade técnica da produção e da execução da própria música nem vou falar. A perfeição pouco dá que comentar (vai na volta é por isso que ao percebê-la, normalmente ficamos sem palavras).

É quase batota. Mário Laginha não me dá o que eu quero e consegue fazê-lo de uma maneira que não me dá hipótese de "não gostar" de um minuto do disco. Não me vou armar aqui "ao pingarelho" dizendo que consigo "apanhar" a inspiração "arquitectónica" destas músicas (até porque não sou muito sensível à arte em questão) mas tenho a declarar que, "mais do que sensações de caracter estritamente espacial, o disco me inspira um comentário referente a um conceito que, dizem, é até seu complementar" (isto sou eu armado em culto): o tempo. Ou seja, diz ali que o CD tem cerca de 40 minutos, mas eu era capaz de jurar que o ouvi todo em menos de 10 (pronto, lá dei cabo do conceito "elevado" de que estavam à espera). O que até acaba por ser uma vantagem já que, tivesse o disco o tempo que diz ter, já eu tinha esticado o pernil porque juro que durante esta música que aí fica (teoreticamente com quase 6 minutos) não consigo sequer respirar, com medo de a estragar.


"Tanto espaço"
Artista: Mário Laginha Trio
Álbum: Espaço

(Esta é uma daquelas que não são "bem Jazz")



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