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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

Naifada!


Imagem: A Naifa

Eles andam nas bocas do mundo (português, claro) e têm gerado todo o tipo de elogios e palavras de circunstância que podemos esperar da imprensa "cultural" deste nosso pequeno país.
Aqui não há meios termos!
Ou é a nova maravilha da música portuguesa ou açoita-se até parar de bulir!
Se os "fazedores" de opinião dizem que é bom, logo outros vêm pintar mais um bocadinho (lembram-se daquela história em que o rei ía nú?)

Calma! Eu até gosto!
Quando conheci projecto MEGAFONE do João Aguardela, achei que era uma excelente ideia para explorar, tivesse ele arte e coragem para ir mais à frente.
Por falar em ir mais à frente, em 2002 João Aguardela juntou-se a Luís Varatojo em "Linha da Frente" e a coisa prometia mas ficou pelo primeiro disco.
A Naifa é, digamos assim, "filho" destes dois projectos e, mais uma vez, é uma boa ideia e um bom ponto de partida. Daí a dizer que é maravilhoso e transcendente ainda vai um bom bocado.

Sempre achei que o elogio fácil não ajuda, antes prejudica.
Foi assim que se estragaram coisas muito promissoras na música portuguesa.

Gosto do disco, gosto do "formato" musical, gosto da ideia, gosto de alguns dos poemas e da generalidade das músicas.
O que me fica no fim da audição é, acima de tudo, curiosidade:
- Como será o próximo?
Melhor, de certeza!
O Varatojo vai aprender a tocar (e já agora a afinar) melhor a guitarra portuguesa e não vai ter medo de utilizar outros instrumentos.
A electrónica, embora já funcione bem, vai ser melhor dominada e ainda melhor utilizada.
A Mitó vai "limar" aquelas pequeninas arestas e deixar ouvir a grande voz que tem sem a pontinha de medo que ainda se sente neste disco.
Basta isto e, aí sim, será um grande disco de música portuguesa!

Uma última palavra para a Mitó:
Convenci-me que ías longe quando te ouvi "arranhar" (e lascar) aquele mini-violoncelo!
Eh, eh!
Beijos

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