Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

domingo, 31 de outubro de 2010

Importante ouvir

Programa transmitido hoje na TSF sobre a questão da internet e dos direitos de autor. A informação nunca é demais. Ouçam:

Debate TSF sobre direitos de autor

Debate com Pedro Abrunhosa e Luís Sampaio (músicos) e Lucas Serra (advogado da SPA).

Diz o Pedro Abrunhosa (entre outras coisas que será bom vocês ouvirem) que os discos podem e devem ser vendidos a 5 euros.

Gostava de ter ouvido, no entanto (ninguém fala disso no debate) a opinião dos músicos sobre a divulgação de música nos blogues (como eu faço, por exemplo). É um assunto que me preocupa e sobre o qual tenho ouvido muito poucas opiniões dos próprios músicos. Será que tenho de pagar direitos? O problema é que eu não ganho nada com isto. No dia que me disserem que tenho de pagar para divulgar, acaba-se a música no Mug Music. Até lá...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Grandes...

Grande filme de um grande realizador, grande fotografia, grandes actores e, claro, grande música, feita por um grande músico, Stewart Copeland. Para a maioria um dos louros dos Police, para mim um dos grandes bateristas de rock, talvez mesmo o meu preferido... talvez.



Talvez o filme que gostei mais de ver até hoje... talvez.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Citações...

"Rhythm section consists of four people. Edge is all four, eh eh... and more!"
(B.B. King sobre The Edge, dos U2)

A canção que os U2 gostavam de ter escrito...

A afirmação não é minha, ok?
Ora ouçam:



Não está muito bem cantado, pois não?
E até mal ensaiado, não é?
Pois é. Está espectacular!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Música nova, boa... e barata!

Quem aqui chegou hoje, é capaz de ter reparado que estava uma música a tocar sem qualquer referência da minha parte. Pronto! Cá está ela agora.

O disco em (grande) apreço trata-se de "Lunar", do projecto de José Peixoto, El Fad. É a edição 001 da Editora JACC (Jazz Ao Centro) Records e, embora não haja nenhuma referência no disco que o comprove, saiu em 2010.

A formação, de luxo, envolve José Peixoto - guitarra; Carlos Zíngaro - violino; Miguel Leiria Pereira - contrabaixo, António Quintino - contrabaixo e José Salgueiro - percussão. Com gente assim, é sempre uma compra segura, por certo. No caso, vinha "acoplado" com a revista "Jazz.pt" de Julho/Agosto pela módica quantia de 10€. Ou seja, comprei um grande disco bem barato e ainda me deram uma revista à borla!

Aqui está então (aí no "tocador" à direita), a música que fecha o CD:


"Na esquina, à espreita"
Artista: El Fad
Álbum: Lunar

domingo, 17 de outubro de 2010

Sintra Misty

Ora aqui está um festival com termos: boas salas, gente asseada e, principalmente, boa música. Em princípio todas as condições para nada poder correr mal. Nada? Bom, não será tanto assim, mas quase.

Nem era para ter ido. Decidi-me à última hora, mais por causa dos nomes portugueses do que dos estrangeiros o que, só por si, já se pode considerar um bom começo. Nunca tinha visto Mazgani nem Foge Foge Bandido em palco e a proposta de Tó Trips despertou-me algum interesse. Lloyd Cole, Joan as Police Woman e Mark Kozelek também interessavam. Sexta-Feira à tarde telefonei, confirmei que ainda havia bilhetes e lá fui. Confrontado com a vasta oferta e os meus escassos recursos, acabei por optar por Mazgani e Tó Trips no primeiro dia e Foge Foge Bandido e Mark Kozelec no segundo. Quatro concertos por 20 €. Não é muito caro, eu é que ganho pouco.

Sexta-Feira, 15 de Outubro de 2010

Mazgani
A música de Mazgani é boa música. Quem conhece concordará, por certo. Nesta versão "Misty" a banda foi reduzida a trio, com voz, duas guitarras, contrabaixo e caixa de madeira. Com esta formação, o ambiente da sala e a reverberação ostensiva das guitarras, as canções de Mazgani adquirem um ambiente mais denso do que as versões do disco tornando-as, na minha opinião, talvez ainda mais interessantes. Com acompanhantes discretos e competentes, Mazgani entregou-se à função com dedicação, fazendo um excelente concerto. Único senão: a certa altura, Mazgani terá sentido falta de reacção mais entusiástica do público e foi lançando pequenas provocações de quando em quando, acabando mesmo o concerto a andar por cima das cadeiras do auditório num apelo, nas palavras do próprio, "muita Rock'n'roll".

Caro Mazgani: gostei imenso do concerto, lamento se interagi pouco contigo mas o ambiente convidava mais à introspecção do que ao "mosh". Mas também te digo que com provocações, daqui não levas nada. Ficamos assim agora e da próxima vez se verá.

Tó Trips / Tiago Gomes / Raquel Castro - On The Road (homenagem a Jack Kerouac)
Não foi bem um concerto. No estrangeiro chamam-lhe uma sessão de "spoken word". Tiago Gomes lia excertos de "Pela estrada fora" (On the road) de Jack Kerouac, ora em português, ora em inglês, enquanto Tó Trips em guitarra e efeitos e Raquel Castro (vídeo) providenciavam as bandas sonora e visual para a sessão. O princípio da coisa é interessante mas, com quase uma hora de duração, convém que vá acontecendo algo mais do que uma pessoa a ler com imagens quase paradas num ecrã. A meu ver, faltou vídeo e sobrou voz, ou seja, nunca houve alternância no peso dos três meios intervenientes, a música ficou sempre como fundo, a voz à frente e o vídeo por vezes (muitas) estático. Dei por mim, lá para o meio, a desligar da leitura e do vídeo e a centrar-me unicamente no que fazia Tó Trips, esse sim, tratando de ir oferecendo coisas diferentes à medida do que se passava no resto da sessão, acabando com uma fantástica pequena "jóia" que deixou em "loop" (repetição) no sequenciador depois do fim do espectáculo. Finalmente lá me obriguei a sair e, como as últimas são as que ficam, ficaram muito bem.

Uma pequena nota final para este dia:
Como se teriam passado as coisas se o alinhamento fosse invertido? Porquê a pressa de acabar os concertos? Mazgani tocou pouco mais de 45 minutos. Não se podiam adiar as tais Misty Sessions para um pouco mais tarde e dar mais tempo às bandas? Pensem nisso para a próxima edição do festival, por favor.

Sábado, 16 de Outubro de 2010

Foge Foge Bandido
Normalmente Manuel Cruz não engana e este poderá ter sido (não sei se me está a passar algum mas suponho que me lembraria) o melhor concerto que vi este ano.
Já tinha ouvido várias coisas deste novo projecto, das muitas que o próprio Manuel Cruz vai publicando no seu site e no "tubo" mas em palco todo este mundo de "coisas diferentes" ganha unidade. Esta mistura de coisas tão diferentes como Beatles e Tom Waits, Vaudeville e Zappa, Ornatos (sim, também) e outras tantas manias soa tão bem no contexto da actual música portuguesa como soaram os Mler Ife Dada nos idos anos 80. A "banda" são cinco músicos (contando com o MC), todos eles multi-instrumentistas, todos eles competentes e participativos. Uma pequena falha na leitura do alinhamento por parte de um deles não tirou brilho à prestação e acabou por se tornar num momento bem disposto que serviu, se ainda fosse necessário (não era) para confirmar a "rendição" do público à qualidade do concerto. Podia ter durado mais uma hora que ninguém se importava (mas as "Sessions"...)

Mark Kozelek
As músicas de Mark Kozelek são bonitas, muito bonitas. Mark Kozelek toca muito bem guitarra acústica. O auditório principal do CC Olga Cadaval tem o ambiente ideal para se ouvir o som das canções e da guitarra de Mark Kozelek. Então... porque é que o concerto de Mark Kozelek não correu bem?
Primeiro, não consigo perceber como é que se põe um músico quase desconhecido a tocar a solo depois de um concerto que já se previa que fosse correr como correu o de Foge Foge Bandido, com uma banda forte e "em alta" a tocar para um público que compareceu quase em exclusivo para a ver.
Quando entrei na sala para a segunda parte, tornou-se imediatamente óbvio que a sala cheia do primeiro concerto se transformara em menos de meia-casa para Mark Kozelek. A coisa tornou-se pior quando, à medida que Kozelek desfiava as suas canções melancólicas e sem refrão, a sala se foi tornando cada vez mais vazia. A cada canção que acabava, mais um grupo de pessoas se levantava e saía. Ora Mark Kozelek não é um novato, apercebeu-se do que se passava e... reagiu mal. Decidiu pegar-se com os técnicos da sala, chamou nomes ao pessoal das luzes e começou a sair muito antes do fim do concerto, acabando as canções bruscamente, atingindo o auge da "neura" na última, que não chegou a acabar. Parou de tocar, agradeceu, disse Boa Noite e saiu.
Parece (disseram-me) que não é a primeira vez que Mark Kozelek se porta mal em Portugal. Segundo algumas vozes, o senhor tem mau feitio. Mas desta vez alguém tratou de lhe dar uma ajuda para começar a birra, parece-me a mim.

Mais uma notas:
Já aqui tenho falado várias vezes da questão dos alinhamentos dos concertos com vários artistas. Já aqui protestei contra o facto de as bandas portuguesas terem sempre de tocar antes dos estrangeiros por nenhuma razão especial a não ser o próprio facto de... serem portuguesas e os outros estrangeiros. Neste caso, então, a situação era mais do que óbvia: os Foge Foge Bandido são neste momento uma das bandas que "está a dar" e Mark Kozelec pouco mais é que um desconhecido. Para mim era o nome principal dos Red House Painters mas, para a maioria dos miúdos que estiveram ontem à noite no Olga Cadaval, quem eram os Red House Painters? Há 15 anos atrás muitos ainda andavam de fraldas.

Mais uma vez, senhores produtores de concertos, pensem bem nos alinhamentos. Obrigado.

Aromas Misty

Não exactamente como foi. Apenas o que há aí pelo "tubo".


Mazgani




Tó Trips / Tiago Gomes / Raquel Castro




Foge Foge Bandido




Mark Kozelek




quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mais uma lista parva...

Uma (mais uma) votação do NME (New Musical Express) deu como resultado que a melhor versão de sempre é... "Feeling Good" pelos Muse.

Estas votações pela Internet de listas de tudo e mais alguma coisa não são mais do que um "entretém" para os leitores. O universo não é balizado, por isso entra tudo. Como nunca ninguém ouviu tudo, a coisa não vale muito. Se considerarmos ainda que, num mundo actual que se move a cada vez maior velocidade, a memória tende a ser cada vez mais curta e que as rádios e televisões de hoje padecem cada vez mais de pré-formatação e falta de vistas; se, mais ainda, levarmos em conta a vontade que o ser humano tem de pertencer (mas sendo "diferente", claro) e que afinal o leva a mover-se permanentemente em "rebanho" sem sequer dar por isso, temos o resultado lógico e esperado: a versão mais conhecida da banda mais falada nas rádios. "Feeling Good" - Muse!

Não bastasse isto e o facto de o "original" referido no artigo ser também ele uma versão (não, a música não é da Nina Simone), mesmo não saindo da mesma canção e não conhecendo todas as versões que foram feitas dela, de Michael Bublé a David Hasselhoff passando sei lá por quantos mais, prefiro esta que aí fica a seguir. Eu, que nem sou fã do senhor Coltrane.


sábado, 4 de setembro de 2010

The one (disco) that got away



A ideia deste disco apareceu porque o «Em Nome da Vida» não tinha correspondido às nossas expectativas e era necessário pôr alguma coisa cá fora, nem que fosse um single. Então surgiu a ideia de se gravar um disco com duas músicas que entretanto já estavam prontas. À falta de editora, seria a Forum a lançar o disco cuja gravação seria paga pelo grupo e pelo Xico Viana.
O single saiu com dois temas "A tocar a reunir", dedicado à Maria da Fonte e "Não há Três sem Dois" um poema jocoso de amor pastoril a uma mulher chamada Aldina. Passou completamente despercebido


(Manuel Faria em "Trovante por detrás do palco", Pub. D. Quixote, 2002, Lx, Pt)

É um facto!

Algum tempo depois disto (o disco saiu em 79) andou o pessoal à procura dos discos "desaparecidos" do Trovante e, dos confins de algum armazém do PCP e nalgum acaso esquecido na CDL, lá apareceram alguns exemplares do "Em Nome da Vida" e, mais difícil ainda, um único do single "Nuvem Negra". Deste "O Trovante toca a reunir" nem ouvimos falar e, embora nunca tenha visto o Trovante ao vivo com a Né Ladeiras, ainda vi estas duas músicas ao vivo, principalmente o "Não há Três sem Dois", a que eu chamava "Aldina Te vejo".

Entretanto, e procurando coisas da Né Ladeiras para a lista aí em baixo, tropecei há uns dias num download (ilegal, claro) deste single, de cuja existência fui sendo informado ao longo dos anos, como se pode ver aí em cima. Ora, se eu nunca tinha ouvido as versões originais destas músicas, calculo que haja muito mais gente que as desconhece. Considerando que são neste momento impossíveis de comprar, parece-me que a pirataria se afigura muito menos grave e a divulgação se torna muito mais necessária. Aqui ficam então:


"A Tocar a Reunir"
"Não há Três sem Dois"
Artista: Trovante
Single: "O Trovante Toca a reunir"


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Hoje foi dia de...

Né Ladeiras!

Deu-me na pinha, fiz uma busca no "Tubo", encontrei uns videozitos e pumba, nem é tarde nem é cedo, fiz uma listinha automática só com musiquinhas da menina e dos sítios por onde tem passado. Aí em baixo, por favor:





Isto é uma experiência. Vamos lá a ver se resulta.