Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Colheita...

... de sementeira antiga.

Ver o que fica de nós...
Perceber o que se ganha...
E o que às vezes falta...
...

"Marião"
Artista: Brigada Victor Jara
Álbum: Eito Fora


quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Cheira a Pixie

Segundo Frank Black, os Pixies vão reunir-se em Janeiro para trabalhar no próximo álbum de originais da banda.

Fontes mal-informadas asseguram que o interregno de 15 anos desde o último álbum "Trompe le Monde" foi aproveitado pelos músicos para finalmente aprender a tocar e a cantar.

Pois!

Trompe me que je goste!

Sempre a facturar

Kurt Cobain foi, segundo a revista Forbes (uma revista sobre... ricos, enfim), a "Celebridade Morta" ("Dead Celebrity"... é que esta coisa tem categorias e estar vivo, há quem diga que é o contrário de estar morto) que mais dinheiro gerou no ano de 2005.

Cinquenta milhões de dólares foi quanto rendeu tudo o que se relaciona com o "mitológico" vocalista dos Nirvana. Tudo o que tenha o nome ou a fronha do senhor vende mais do que caramelos em Badajoz nos anos 70.

Mas porque é que eu não nasci um chavalito problemático?


Não há musiquinha do Kurt a tocar, primeiro porque não ligo muito, depois porque ainda me vinham cobrar direitos para encher a pança sabe-se lá a quem...

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Buscas...

Mais alguns que aqui vieram cair, todos hoje:

"Leitaria Camponesa"
"farturas"
"Loja Indiana Cedofeita"

Ok, vieram cá e tal... mas também podem procurar nas Páginas Amarelas, boa?

Mais dois, estes do Brasil:

"Ouvir vários clips do Black end Peas"
"Concertos musica clássica autor desconhecido"

Está bem. "eye", "end", é tudo "olho".
Agora os concertos, só se for o Bolero de Ravel e a Carmen de Bizet que, segundo o "Estebes", som douas musicas que ninguéin sabe queim escrebéue.

Dúvidas...

Se a antiguidade é um posto, a novidade é o quê?

... Um imposto?

domingo, 22 de outubro de 2006

Fechou o CBGB...


Foto: CBGB

... E depois? O Rock Rendez Vous e o Johnny Guitar também fecharam e o Hard Club vai mudar de sítio (e o Hot Club também devia mudar, digo eu). O mal não está no que se acaba mas sim no que não se começa.

"This is not a fucking temple -- it is what it is. Anyone else could start a club just like it, anywhere in the world. All it takes is the will."

Foi assim que Patti Smith comentou o fecho do "mítico" clube no concerto que deu no dia do encerramento, 15 de Outubro de 2006.
Para Smith o que faz os sítios são as pessoas. é capaz de ser verdade.

É verdade que os clubes de rock em Portugal são raros, têm poucas condições e fecham depressa. Se calhar nenhum teve as condições do Rock Rendez Vous. O CBGB era em Nova Iorque e não as tinha de certeza.
Se é verdade que são as pessoas que fazem os sítios, parece-me que o espaço não será assim tão pouco importante.

Que fechem os espaços sem condições e se mudem para espaços condignos, que as pessoas hão-de lá ir "fazer os sítios".

Para já, parece que estão a abrir bons clubes de Jazz, com programação regular e de qualidade. Porque não abrir uns clubes de Rock? Bandas por aí não faltam. Ou estão com medo que vos partam a sala todas as semanas?

Femmes de volta!


Foto: Violent Femmes

Isto da música no fundo é como tudo o resto. Coisas que fazem parte do nosso (de cada um) pequeno mundo, acabamos por tomá-las como universais. À nossa volta todos as conhecem, tornam-se familiares e falamos delas naturalmente como se fossem reconhecidas por toda a gente. Basta, no entanto, saírmos um bocadinho do nosso círculo habitual e conhecer outras pessoas para descobrirmos que as referências são completamente diferentes, tudo o que está para trás é diferente e, claro, a música é outra.

Claro que tudo isto é óbvio mas só de vez em quando paramos um pouco para pensar. Apenas quando nos surpreendemos com alguma coisa que nos soa de maneira estranha, como por exemplo: "Violent Femmes? O que é isso?".

Pois é evidente que nem toda a gente os conhece. Sendo esta uma banda que sempre foi considerada "alternativa", suponho que haja mesmo quem os ande a esconder, não vá a música deles deixar de ser considerada arte (segundo a teoria deste, pelo menos), é natural que, apesar de encherem concertos desde que começou a vir a Portugal, haja ainda muita gente que os não conhece e para quem os rapazes passem despercebidos quando passeiam junto ao Tejo, como na foto acima.

Os Violent Femmes são normalmente considerados os precursores do que se chamou "Folk-Punk" americano, assim como o foram os Pogues na Inglaterra. Na verdade não têm nada que ver uns com os outros mas há sempre quem precise de arranjar saquinhos onde meter as coisas e era chato andar com um monte de bandas na mão de um lado para o outro por falta de recipiente. De qualquer maneira, para o público, os saquinhos acabam por vezes por ser uma ajuda na pré-selecção do que se vai ouvir. No caso é uma grande ajuda se o público souber de que lado do Atlântico (o oceano, não o pavilhão) se está a falar. Pois!...

Segundo reza a história, a banda foi descoberta pelos Pretenders quando tocava por trocos nas ruas de Milwaukee e convidada a fazer a abertura do concerto destes. Vinte e cinco anos depois os VF poderiam convidar o que resta dos Pretenders para abrir o deles.
Na verdade os Femmes não são (nem aspiram a ser) nada de especial a não ser uma voz fanhosa, uma guitarra simples, um baixo acústico portentoso e uma mini-bateria, enfeitados às vezes (também em palco) com alguns adereços que adicionam alguma cor (?...) ao conjunto. As letras vão do lamecha-parolo ao rebelde-birrento mas são cantadas com um empenho de alma tal que pode transformar a mais doce canção de amor no mais agonizante hino à rejeição, como aliás podemos constatar na que vos deixo aqui a tocar.

Tudo isto para vos comunicar que os Violent Femmes estão de volta a Portugal para dois concertos: dia 22 de Novembro na Sala Batalha, no Porto e no dia seguinte no Coliseu dos Recreios em Lisboa. Para quem não os conhece é uma boa oportunidade. Para quem os conhece... também!

"Please do not go"
Artista: Violent Femmes
Álbum: Violent Femmes

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Ai sim? Olhe, obrigadinho!

Já não posso ouvir falar mais do concerto dos Muse.
Foi o Verão todo a ouvir falar de festivais, e mais os Franz Ferdinand, e mais os Strokes que eram o concerto da década e os Rolling Stones no Porto, até a bosta do "Disco Fever" me atiraram à cara!!!

Ouvi dizer que na quinta-feira passada houve Trovante no Campo Pequeno.

Não soube de nada.

Parece que era uma cena do Montepio, assim, com convites e tal...

Parece que deram alguns na Renascença...

Pois... obrigadinho, "tsá"?

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Hoje no Cefalópode



Carlos Barretto - Solo Pictórico.

Sítio do Cefalópode
Largo do Contador-Mor 4B Lisboa (ao Castelo)
23 h

Pois, eu sei que a notícia veio tarde mas só recebi a "newsletter" (em português, "carta de notícias") do Cefalópode hoje de manhã.
Quem está em Lisboa ainda vai a tempo e eu garanto que é barato!

Para aqueles que já não vão a tempo, fica aqui uma musiquinha do Barretto do "Suite da Terra", que saíu em 1998. Cheguei a ver este disco tocado no Hot Clube, numa noite que lá fui para comemorar um aniversário cuja aniversariante não compareceu ("que eu seja ceguinho" se isto não é verdade, hein? É ou não?). Como não paguei o bolo de aniversário, comprei o disco quando ele saíu.

"3.4.7."
Artista: Carlos Barretto, Mário Delgado, José Salgueiro
Álbum: Suite da Terra

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Salvé, povo do Quirguistão!


(com mapa e tudo!)

Não querendo desmerecer os ilustres visitantes que, mais ou menos assiduamente, aqui marcam a sua presença, quero aqui congratular-me com a primeira visita vinda do Quirguistão, um pequeno país que fica nos confins da ex-URSS, encostadinho à China (vida difícil, hein?).

Pois sejas muito bem vindo e, se perceberes português, fica à vontade para botar faladura aí nos comentários (se não perceberes nem falares português também podes mas duvido que a conversa seja longa).

Obrigado pela visita
Volta sempre (são 7000 kms muito bem andados).

domingo, 8 de outubro de 2006

Versões (14)




Já em Dezembro do ano passado por aqui passou uma versão desta música do Cohen, então cantada pelo Lloyd Cole.
Acontece que este ano saiu mais um álbum de homenagem, desta vez a banda sonora de um filme que mostra... um concerto de homenagem ao Cohen (muitas homenagens tem o homem...).
O álbum, no geral, é bem pior do que o outro que aqui mostrei (I'm Your Fan) mas, talvez por esta ser uma das melhores canções do senhor, talvez por sorte na escolha dos intérpretes, "Chelsea Hotel" volta a ser um dos melhores momentos do disco, desta vez cantada por RufusWainwright.
É diferente da do Cole, é diferente da do Cohen. Eu gosto! (vês, Josha?)

"Chelsea Hotel nº 2"
Artista: Rufus Wainright
Álbum: I'm Your Man (BSO)

Concorrência feroz

É assim a televisão em Portugal!

Ontem a SIC decidiu comemorar o aniversário em estilo "Parada na Avenida". Convocou os "artistas da casa" e depois, para compor o ramalhete, foi à lista telefónica e contratou basicamente "tudo o que desfilasse".

A RTP, em situação de desespero "code red audiências", resolveu fazer uso da única coisa que, julgam eles, consegue prender todas as donas de casa do país ao ecrã: pegou na Casa do Artista como pretexto (mete velhinhos, famosos e, melhor ainda, velhinhos famosos) e lançou o seu trunfo habitual, um "Malato Show tipo-gala".
Os artistas envolvidos eram os que são sócios da própria Casa do Artista e todos os outros que conseguiram arranjar à borla.

Devo dizer que considero a Casa do Artista uma excelente iniciativa e quem trabalha para ela merecedor de todos os elogios (fazem o que o estado devia fazer - trabalhadores independentes e tal... já se sabe). O que eu acho lamentável é que, por exigências da concorrência se faça um programa em cima do joelho com um dia inteiro de conversa mole que não vai contribuir em nada para ajudar a instituição em causa. Durante o resto do ano a RTP vai continuar a esquecer os artistas portugueses e a empurrá-los para um fim de vida na Casa do Artista por não terem conseguido amealhar o suficiente durante a vida artística. Trabalhar de vez em quando não enche a barriga a ninguém.

Hoje a febre da concorrência voltou a fazer das suas.

Já aqui tinha comentado aquele que foi o ponto mais baixo da música portuguesa em televisão. Aquele dia final do programa "A Canção da Minha Vida" em que puseram os proponentes das várias canções "a concurso" a "cantá-las" (???) com os cantores de serviço ao programa.

Pensava eu que era impossível caír mais fundo, quando a TVI (nunca pára de surpreender quando se trata de baixar de nível) se sai com uma "coisa" chamada "Canta por mim".
Resumindo, uma "celebridade" daquelas com contrato com a TVI "gorgoleja" uma canção qualquer com um cantor a sério cuja função é tentar manter a "celebridade" nas redondezas do tom certo. Cada "dueto" representa uma "caridadezinha" daquelas de fazer correr a lagrimita. São um monte de "caridadezinhas" a concurso (concurso de caridades??????), depois a Júlia Pinheiro grita muito, o público vota muito e gasta balúrdios em SMS e, no fim, há 1 (uma!!! uma apenas!!!) "caridadezinha vencedora" que é praticada (com o dinheiro dos SMS, claro). As outras ficam com as vidas esparramadas pelo país todo e os problemas por resolver.

Isto é para mim e até hoje, que me lembre, o ponto mais baixo de tudo o que se fez em televisão.

Fazer um concurso em que se joga com a miséria das pessoas é, no mínimo, nojento!

Tentar mascará-lo de programa musical assassinando a música com a colaboração dos próprios músicos é, em comparação, apenas um miserável desconsolo!

A concorrência é de facto ferocíssima!
Qual será a próxima estação de TV a fazer ainda pior?

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Marketing a mais!?!?

Ouvi há pouco na Radar, quando vinha para casa.

Parece que o novo álbum do Beck viu o seu acesso vedado ao Top Britânico, alegadamente por conter "Publicidade a mais"!

No mundo em que vivemos é, no mínimo, uma notícia estranha. O que é natural, hoje em dia, é louvar-se a "excelente campanha publicitária", ou não?

- Not in "Good Ol' England", dear sir!

Parece que o álbum é um "pack" cheio de tudo e mais alguma coisa, DVD, auto-colantes, extras e até uma parte "decorável" ao gosto do futuro dono.
Segundo quem manda no Top o álbum está em condições desiguais em relação aos outros. Segundo Beck está giro e tem muitas coisas mas não se percebe porque é que foi "desclassificado".

Pois é! Eu queria ver era se alguém em Inglaterra tinha "balls" para desclassificar um álbum do Robbie "Depressed" Williams, nem que lá dentro viesse um par de cuecas usadas (e não lavadas a seguir) pelo "Divo".

No fim disto, sonho com o dia em que um disco de rock "alternativo" português é desclassificado do Top por excesso de promoção...


... Do Top Português! Ou pensam que eu ando a snifar areia de Marte???

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Falta de imaginação...

... distracção, pirraça, promiscuidade ou simples incompetência?

Alguém me sabe dizer por que raio de carga de água é que os anúncios da Galp e do Ecoponto têm a mesma música?

... estarão os senhores da Galp a querer convecer o povo de que são eles que promovem a reciclagem?... ou ando a ver filmes a mais?

Nunca ouviste o "Cão!"?



Pois então se assim é, precisas de o ouvir.

Os Ornatos Violeta editaram este disco em 1997, eu sei, já foi há uns anos.
A verdade é que o segundo "O Monstro precisa de amigos" não foi tão bem conseguido, talvez já "anunciando" o fim que se aproximava.

O Manel Cruz fundou os Pluto com o guitarrista Peixe, banda que editou o álbum "Bom Dia" em 2004, disco que, no meu alegadamente "retorcido" gosto fica entre os dois dos Ornatos, ou seja, gosto muito do "Bom Dia" mas ainda prefiro o "Cão!".

Ao fim de nove anos, descobre-se que ainda há gente que não conheceu os Ornatos e, pior ainda (o que demostra a incompetência da indústria de música portuguesa em promover as suas melhores coisas), nunca ouviu o "Cão!".
Sendo Manuel Cruz autor de algumas das melhores letras da música portuguesa dos últimos anos e tendo sido os Ornatos Violeta uma das grandes bandas do país enquanto existiram, é portanto meu dever ajudar a colmatar essa lacuna:

"Punk Moda Funk"
Artista: Ornatos Violeta
Álbum: Cão!



Ora então levem-no à rua porque...