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sábado, 7 de agosto de 2010

Afinal não é assim tão difícil de explicar




Um disco como o “Femina” foi um disco insuportavelmente caro, por várias razões, principalmente todas as viagens necessárias para o fazer, o Super 8 e todas as coisas que estiveram envolvidas. É impossível fazer este tipo de discos se depois eles não venderem. Por acaso tive sorte e o disco está a correr bem mas isto acabou por ser uma edição de autor que foi feita entre mim e o meu manager e portanto é, obviamente, um grande investimento. E eu acho que cada vez mais os músicos têm de fazer esses investimentos. No final, lá está… eu prefiro que as pessoas oiçam a minha música do que não a oiçam. Agora… acho que o único momento em que fazer um download é válido, é quando se tem que escolher entre comer e comprar um disco. Assim prefiro que comam e façam o download. Se não é assim, não há razão.

(Paulo Furtado - também conhecido como Legendary Tigerman - em entrevista no programa "A de Autor" da RTP2)

Mai'nada!!!

10 comentários:

Trabs disse...

Um tipo valente e que sabe o que quer e o que o rodeia. Vamos sendo-o todos, enquanto podemos.
abrassu Muguele

muguele disse...

Tenho ouvido muitas opiniões sobre este assunto, umas mais razoáveis do que outras. Achei que devia divulgar esta.

Abraço

Anónimo disse...

Concordo com a frase relativa ao "único momento" em que um download se justifica (ou não estaria a lutar com falta de espaço para os CDs).

No entanto, a mesma exclui à partida situações em que o download, a meu ver, também se torna válido.

Lembro o caso evidente de "coleccionadores" que desejam ter na sua prateleira uma gravação (ainda que nem sempre de boa qualidade) de um concerto a que assistiram e cuja gravação não se encontra (nem se virá a encontrar) à venda. E caso venha a acontecer, esses mesmos "coleccionadores" podem sempre manter-se fiéis aos seus princípios (e dentro da lei) e adquirir a versão oficial do concerto quando a mesma sair para o mercado.

Um abraço,

Emigras

muguele disse...

Nesses casos suponho que a maioria dos músicos concordará contigo. A mim também me parece que, se não há custos de produção nem direitos comerciais envolvidos, também não haverá grande prejuízo para os artistas.

A ilegalidade nesses casos está no tipo que gravou o concerto sem licença, embora também nesse aspecto haja artistas mais permissivos do que outros.

Abraço

Serjom disse...

para não te colapsar o blog deixo aqui um post do Iblussom, que deixa clara a minha opinião. Além do mais está referida ao "deslize" do ministro da Indústria há uns meses atrás, que lhe valeu um bom puxão de orelhas do chefe. Se te parece interessante podes transcrevê-lo total ou parcialmente.
http://iblussom.blogspot.com/2010/05/o-ministro-e-polemica.html

tsiwari disse...

Controversas à parte, acrescento :

- Há, contudo, cd que merecem mesmo ser comprados - não só pela música (que é o que se tem quando se faz o download) mas também por toda a arte envolvida no próprio "invólucro"... E para quem, como eu, gosta de ter os cd autografados encontra mais uma razão para os comprar.


Hugs!

strange quark disse...

Regressando aqui aos comentários... como sabes também já emiti algumas opiniões sobre este assunto, e a opinião expressa ali pelo Serjom no seu blogue toca exemplarmente no essencial do imbróglio em que isto tudo caíu com a internet e a possibilidade de difusão e distribuição da informação, incluindo a música. Creio que todos nós, uns mais outros menos, teremos feito downloads (que à face da lei são todos ilegais, sem excepção), mas cabe a cada um de nós ter a atitude de rectidão e respeito pelo trabalho alheio para que não transforme o seu acto numa acção de puro terrorismo cultural, que é o que em última análise os milhões de downloads intencionalmente ilegais produzem sobre os artistas. Pegar, como já me aconteceu, em músicas para ver se gosto e decidir se afinal compro ou não, pode não corresponder a um acto de pirataria puro, até porque infelizmente a maioria dos dowloads não se regem por estes princípios. No entanto, a verdade é que uma parte desta profusão de downloads advém também da quantidade de música disponível actualmente. É como chegarmos a um banquete e termos uma infinidade de pratos à escolha. A tendência é provar tudo, sem conseguir saborear nada e saír de lá com uma congestão de todo o tamanho. Com a música actualmente está a acontecer a mesma coisa: uma maioria das pessoas hoje nem sequer ouve música, mas acumula mp3's a granel sem perceber muito bem o que pretende afinal com o assunto.

Um abraço

Serjom disse...

tsiwari tem toda a razão. Por isso nós, por exemplo, e como nós muitas outras bandas e artistas, temos posto empenho em ter colaboradores de peso no intuito de melhorar o aspecto gráfico dos nossos Cds. O Pigma que tem sido um herói desde 2006, o Rui Azul, que além de tocar sax em Louco, no IBLUSSOM, desenhou a "Última cumezaina" que aparece no centro do livro ou, ultimamente, o trabalho fotográfico que o Alberto Almeida está a desenvolver para o próximo álbum, onde figurarão trabalhos de outros profissionais da fotografia. Inclusivamente há uma história autobiográfica a ser preparada para ser editada com o CD. Tudo isto, supomos, irá valorizar a obra editada.

Serjom disse...

e o comentário de Strange Quark, assino-o por baixo. Spot on.

muguele disse...

Ena! Anda aqui um tipo todos os dias a falar sozinho e quando resolve ir espairecer uma semana, aparecem um monte deles.

Espero que seja para continuar...

abraço.