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domingo, 13 de julho de 2008

Sacrifícios pela causa!


Foto: Blitz / Rita Carmo / Espanta Espiritos

Isto das "posições de força" é uma coisa que se mantém enquanto mais altos valores se não levantam. Assim sendo, foi sem vergonha e sem pingo de sentimento de incoerência que me fiz ao caminho com destino a um dos odiados festivais de Verão. Há poucos músicos com poderes para me levarem a uma coisa daquelas. Um deles chama-se Neil Young. Contra factos não há argumentos por isso... fui.

Para simplificar as coisas poderia escrever simplesmente que foi uma noite de confirmações: que os festivais de Verão são dos piores sítios para se ver e ouvir música e que Neil Young é dos poucos músicos que me poderia fazer esquecer durante duas horas... que estou num festival de Verão.

Sobre o concerto já ouvi algumas opiniões. Uns gostam mais da parte eléctrica, outros da parte acústica, uns são pelo rock, outros pela faceta "cantautor" (como se diz agora), uns espantam-se pela energia, outros acham que 15 minutos é demasiado tempo para uma canção com cerca de 2 minutos de letra (o resto são solos de guitarra). O que eu não ouvi foi ninguém a dizer que não tinha gostado, o que é bastante mais do que estava à espera, sabendo à partida o tipo de alinhamento que o concerto iria ter (sim que eu informei-me). Eu? Pois, lá está, razão não me faltou ao considerar este concerto um valor mais alto. Estou de acordo com as duas facções na parte de que cada uma gostou, ou seja, vou a todas!

Terminado o concerto do senhor Neil, eis-me de volta à terra e aos lagos de cerveja navegados por milhares de copos de plástico e todos os tipos de lixo, a maior parte deles ofertas das várias empresas patrocinadoras que insistem em queimar dinheiro em publicidade massacrante e completamente inútil. Num dia em que todos os músicos que actuaram no palco principal eram portadores de mensagens de defesa do ambiente, dei por mim no meio do recinto mais sujo que tenho memória de ter visto. Dá vontade de dizer que a mensagem foi entregue mas não entendida. Nada que me surpreenda. Ainda faltava o Ben Harper, até gosto... mas vim para casa.

Fica aí a tocar um dos momentos da noite. Old Man? Pois será. Mas também a prova de que idade e velhice são coisas diferentes. Muito diferentes (perguntem ao Bob...).


"Old Man"
Artista: Neil Young
Álbum: Harvest




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