"Existe uma política que eu não consigo compreender nas rádios. Eles são capazes de passar a mesma música de uma banda durante anos. Os Zen têm tantos temas bons e passam sempre os mesmos. É perigoso porque, apesar de fazer com que as pessoas conheçam a banda, por outro lado, pode tomar o caminho inverso, fazendo com que se fartem porque ouvem sempre a mesma música!"
(João Fino - vocalista dos Zen - em entrevista a Hugo Amaral do site Divergências)
Esta é de facto uma maneira inacreditável de fazer rádio.
Nunca percebi qual a utilidade de massacrar as pessoas com a mesma música durante semanas a fio. Em mim tem, de facto, o efeito acima mencionado e não é especialmente com os Zen (banda que raramente ouvi na rádio). Isto passa-se na maior parte das rádios e tem como resultado o mais pobre serviço de divulgação que se pode prestar à música!
Como é que se consegue fazer rádio passando play-lists de 50 músicas dia após dia?
A única explicação plausível seria, à partida, simples preguiça mas, ao que parece, trata-se mesmo de um conceito de rádio existente nos dias que correm.
Como é possível então aos novos artistas penetrar nas rádios se os próprios animadores se vêem obrigados a passar o que os mandam? E como é que eles aguentam as mesmas músicas todos os dias, várias vezes ao dia? Sou mesmo levado a pensar que eles estão de acordo. Se fosse eu, já me tinha despedido por esgotamento.
Há tempos atrás, farto deste constante massacre, passei a ouvir a rádio Radar. Música diferente das outras rádios, menos ouvida e, em muitos casos, melhor música. Estava contente. Estava, até perceber que se começava a passar o mesmo que acontecia nas outras. As mesmas músicas todos os dias. A única diferença era serem outras músicas.
Não há paciência!
Vou voltar aos CDs até encontrar uma rádio que perceba que todos os anos saem muitos milhares de discos em todo o mundo e que cada CD tem em média 15 músicas.
Quanto ao João Fino, não te apoquentes que eu tenho cá o disco dos Zen e ouço todas as canções.
Já agora, agradeço a óptima ideia de o venderem através do Blitz a um preço no mínimo invulgar. Boa música e ainda por cima barata não é todos os dias.
1 comentário:
Pronto! Cá estou eu de novo! :)
Em relação ao que pude ler neste post, concordo plenamente!
Normalmente, não tenho muito tempo para ouvir rádio mas em noites como esta, enquanto leio os blogs do costume e escrevo para o meu, é habitual sintonizar a Rádio Horizonte. Certo é que, para além de já conhecer as letras das músicas, também lhes sei a sequência.
Os Zen, não conheço mas depois da dica, em breve conhecerei.
Em relação ao Blitz... iniciativas como a referida não me espantam... não quando existe um jornalista inteligente como o Pedro Gonçalves a dirigir o jornal!
Beijinho
Maria
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