Agenda de concertos (carregar no evento para mais informação)

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Mais "produção nacional" #004

LST - Lisboa String Trio com Sofia Vitória - Laranjas com versos


Laranjas com versos (João Monge/José Peixoto) LST - Lisboa String Trio com Sofia Vitória José Peixoto (guitarra clássica/classical guitar) Marc Planells (alaúdes, sitar e percussão/ouds, sitar and percussion) Carlos Barretto (contrabaixo/double bass) Sofia Vitória (voz e percussão/voice and percussion)

terça-feira, 30 de maio de 2023

Mais "produção nacional" #003

CABRITA - 49th birthday blues


"49th birthday blues" is the first advance for Cabrita's new album (out November 2023) by Omnichord Records Music by João Cabrita Drums and percussions by Filipe Rocha Saxophone, programming and synths by João Cabrita Produced by Rui Gaspar Recorded at NTP studio by João Cabrita and at Casota by Rui Gaspar e Pedro Marques Mix and master by Guilherme Gonçalves A video by Bartosz Stępnik Produced by COLA Animation Producers: João Rapaz e Ala Nunu https://www.facebook.com/ocabrita https://www.instagram.com/cabrisax Omnichord 2023

Mais "produção nacional" #002

José Manuel David - A donzela e o cavaleiro

Mais "produção nacional" #001

Afinal, há ou não produção nacional suficiente para aumentar a percentagem de música portuguesa nas rádios? Não será desculpa de gente preguiçosa? Ou a coisa mete outras compensações pelo meio?

Ora então, vamos lá publicar produção nacional! Alinham?

Começamos com a Emmy Curl.


Music video by Emmy Curl Filmed by Aleksi Vähäpassi Edition Catarina Miranda Starring Constança de Jesus as Turquoise, Beatriz Pamplona as Orange, Mariana Pontífice as Yellow, Inês Costa Neves as Pink, Astrid Bramming as Rainbow Creature Choreography by Astrid Bramming Music composed by emmy Curl Music produced by emmy Curl and Hugo Correia Mixed by Hugo Correia Master by Alex Gonçalves Stage Production by Logan Rivers Photography by Andreas Sidenius Made in April 2023

segunda-feira, 27 de março de 2023

Quero Mais Música Portuguesa...

... mas de qualidade, que a que vai chegando de fora deixa bastante a desejar.

Nos últimos tempos, devido à decisão governamental de voltar a baixar a quota de música portuguesa que deve passar nas rádios, de 30% para 25%, temos assistido, por parte dos músicos e de outros sectores da produção artística músical, a um movimento que visa restaurar esses 5% de divulgação que perderam.

Ora, eu penso que este assunto não se pode encarar apenas do ponto de vista artístico. É uma questão de economia e de sobrevivência de muita gente que vive da música em Portugal e deve ser visto por esse prisma. Por esse lado, não é com mais 5% de quota que se vai resolver o problema. O que se passa é que as rádios recebem todo o tipo de "prendas" das grandes editoras e os poucos artistas portugueses dessas acabam por passar bastante nas rádios.

Se achamos que o protecionismo económico é válido na agricultura ou na indústria, com incentivos do Estado à exportação, as mesmas razões deveriam imperar quanto à produção artística e o apoio à divulgação nos vários meios de comunicação deveria ser efetivo. Mas depois temos o problema do orçamento para o Ministério da Cultura, não é?

Se formos ver o problema do ponto de vista meramente artístico, não há nenhuma razão válida para obrigar as rádios privadas a passar mais música portuguesa. A música não tem nação e é boa ou má (embora haja nesta valoração muito de subjetivo) e adequa-se ou não a determinado tipo de programa ou conteúdo radiofónico.

As grelhas e os programas de rádio são concebidos de acordo com os critérios editoriais de cada rádio e nesses critérios estão (ou é suposto estarem) incluídos pressupostos artísticos, estilísticos, comerciais, éticos, jornalísticos, etc., que é suposto responderem a exigências de um público alvo que é estabelecido pela direção, no caso das rádios privadas. Não consta que haja falta de música portuguesa, por exemplo, na maioria das pequenas rádio locais de cobertura concelhia ou distrital, fora das grandes cidades. As pequenas editoras de música popular conseguem acesso e a música passa. Qual música? Supostamente a que agrada ao público alvo destas rádios.

Já o critério das rádios públicas deve ser o serviço público. Ou seja, as rádio privadas decidem o que passam e as públicas, sendo pagas pelos contribuintes de um país, deveriam divulgar, quase em exclusivo, música desse país.

Depois, nestas alturas, surgem-me sempre mais umas dúvidas: todos sabemos que a maioria das rádios se rege por playlists e que estas quotas terão que ser consideradas nessas playlists. Ora, com um incremento de 5%, quem é que nos garante que as playlists, em vez de incluir mais artistas nacionais, não se limitam a passar mais vezes os que já passavam?

O que eu sinto, quanto ao estado da rádio em Portugal, aliás como na televisão, é que há um grande facilitismo na programação e que todas (falo das generalistas) se copiam umas às outras. Por exemplo, não há rádio de cobertura nacional generalista que não tenha um programa da manhã cheio de larachas e com muito pouca música. No meu caso, o que acontece é que entro no carro para ir trabalhar, ouço a TSF até falarem do trânsito e depois desligo e passo a ouvir a música que trago de casa. Mas isso sou eu, que bem vejo o resto do pessoal na fila de trânsito a rir sozinho das piadolas do Markl, do Marques ou da Marques e da Markl...

Assuma-se de uma vez: é preciso apoiar a indústria musical em Portugal ou não?

E se é, o Estado está disposto a cumprir a sua parte?

E se não está, a indústria da música (e afins) está disposta a unir-se e trabalhar para isso?

E as rádios privadas? Estão dispostas a entrar no jogo e passar a dispor, a médio prazo, de uma muito maior escolha de música de qualidade para melhorar as suas playlists?

Para já, aumentem lá de volta os 5%, mas com a certeza de que há muito mais do que isso para ser feito.

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

A música do PREC, pá! #1

Nova rúbrica aqui no blogue.

A época do chamado PREC (Processo Revolucionário Em Curso) que (convencionou-se) decorreu entre 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975 estará para sempre envolta em polémica. Por entre as movimentações políticas, tentativas de golpes, intentonas, inventonas, ingerências estrangeiras, ocupações, saneamentos, julgamentos populares, campanhas de alfabetização e outros acontecimentos nasceu e gravou-se muita música, nem sempre com grande qualidade, mas sempre deixando transparecer o que cada artista sentia sobre o que se passava no país. Pretende-se mostrar aqui algumas "pérolas", umas mais cómicas, outras mais polémicas, algumas adaptações de músicas populares pré-existentes, alguns hinos revolucionários, até versões de canções de outras revoluções, mas todas dessa época, ou à volta dela. Vamos lá ver o que é que se arranja aí pelo tubo.

Para começar, fica aqui o Fado de Alcoentre, sobre a fuga da prisão de vários ex-agentes da polícia política do Estado Novo, a PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado). Letra de Ary dos Santos, música de Fernando Tordo, canta Fernando Tordo.


quinta-feira, 1 de julho de 2021

Das surpresas que o cinema nos traz.

É sabido que não sou grande apreciador de música eletrónica. Talvez por isso nunca tenha, até hoje, dado muita atenção à música da Surma. Até hoje, dia em que vi o filme "Snu", da realizadora Patrícia Sequeira.


E que grande banda sonora, a da Surma!

Não há dúvida de que a música certa soa muito melhor no sítio certo.

A partir de hoje vou seguir a Surma muito mais de perto.


sábado, 26 de junho de 2021

Portugal: o Rock antes do Rock #007

Tantra: À Beira do Fim.

Sobre os Tantra e sobre o percurso de Manuel Cardoso na música em Portugal, podia escrever-se um livro daqueles gordos, tal a riqueza e diversidade do que tem produzido até hoje, sem sinais de que irá parar tão cedo. No entanto, no que respeita à escrita de blogues, todos sabemos que há limites para o que se consegue que as pessoas leiam. É tudo uma questão de formatos.

No meu caso, conheci a música dos Tantra antes de os ouvir pela primeira vez, porque tinha um amigo nos escuteiros que, durante um acampamento de verão de uma semana, cantava este "À Beira do Fim" em altos berros, várias vezes ao dia. Terminado o verão, comecei por ver os Tantra num programa de televisão em que também conheci outras bandas, como os Psico ou os Perspectiva, soube da eminente edição do novo álbum "Holocausto" nas páginas da revista "Música & Som" ou no jornal "Se7e" (não me lembro bem qual) e acabei num Coliseu cheio para o concerto de apresentação do novo álbum. Para mim, que não tinha visto os Genesis em Cascais em 1975, por falta de idade, aquele género de concerto ao vivo era todo um mundo novo, uma espécie de peça de teatro com músicos ao vivo e tudo em grande: o som, as luzes, até a bateria do Tó-Zé Almeida (que mais tarde veria nos Heróis do Mar com uma bateria mínima, sinais dos tempos). As máscaras do Manuel Cardoso eram fabulosas. Ele aparecia e desaparecia, umas vezes tocava, outras não, mas as guitarras sempre asseguradas com mestria pelo Tony Moura, que eu já tinha visto nos Psico. 



O Tantra eram, na altura do álbum "Mistérios e Maravilhas", onde está a versão de estúdio do "À Beira do Fim", o Manuel Cardoso (ainda antes da fase Frodo): Guitarras e vozes; Américo Luís: baixo; Armando Gama (sim, o da "Balada que te dou"): teclados e Tó-Zé Almeida, bateria e percussão. Quando os vi no Coliseu, para além da inclusão do Tony Moura na guitarra e vozes, o Armando Gama tinha sido substituído pelo Pedro Mestre e este pelo Pedro Luís (sim, o dos Da Vinci).

Estava eu então no princípio das minhas idas a concertos e aprendi cedo que os de bandas portuguesas também valiam a pena. Tempos depois vi, no mesmo Coliseu, o meu primeiro concerto da Go Graal Blues Band, mas isso é assunto para uma publicação mais à frente.

Para além do vídeo acima em que podem ver como era o "À Beira do Fim" ao vivo (junto com uma versão, penso que em sala de ensaio de "Ji" do álbum "Holocausto", deixo-vos aqui em baixo a versão completa, que tem cerca de 11 minutos, mas é uma viagem ao que se fazia, já em 1977, no prog-rock em Portugal.